Feliz 18 aninhos, Tali!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

  Não consigo acreditar que a maknae do grupo agora é maior de idade (oficial desde o sábado!), eu tento pensar em você como uma adulta e sempre volto para uma versão sua com 15 aninhos, uma bebê ainda! É o dia para você olhar para trás e refletir o quanto caminhou até agora e o quando mudou/amadureceu. Espero que saiba que eu te amo muito, muito mesmo e que você é a minha melhor amiga não importa o que aconteça (não vamos deixar acontecer nada, está bem?), e minha amizade mais duradoura até agora -segura firme ai. Tali, você é a pessoa mais complexa que eu já conheci e a mais volátil também e isso nem sempre foi fácil de lidar como parece agora e você sabe disse, viver ao seu redor é como sempre ter medo de pisar errado, mas saber que cada passo compensa. Todos os seus defeitos apenas te fazem ser alguém mais marcante e espero que perceba que você tem tantas qualidades que não pode se deixar vencer nunca. Você consegue ser extremamente doce uma hora e em seguida ser mais fria que a temperatura corporal de um Cullen, ou seja, nunca é chato ao seu redor, e você é a nossa neném sempre, aquela mais responsável e a que mais precisa de carinho. Você deve estar lendo esse texto achando que estou negativando tudo, mas é extremamente ao contrário, tenho mais memorias boas suas que as ruins e elas fazem a maior diferença. Quero que tenha noção de que é uma das pessoas que mais confio, amo e me importo no mundo, uma das poucas que sempre quis por perto mesmo quando estava com raiva por algum motivo besta. Sua importância para o mundo é muito maior que a sua compreensão sobre isso e você é a personagem principal do próprio livro da sua vida, então escreva tudo de forma interessante para as pessoas tentarem lê-la, NÃO SE ACOMODE, GAROTA. Sempre lembre das vezes que rimos pelo telefone falando besteira ou que pagamos algum mico em algum lugar -sim, pense naquele dia no shopping em especial e no ônibus, e quando criamos um mangá e pensávamos que a vida era como um livro de romance interessante (ou um anime/dorama), pense na vida inocente e nas tardes que treinamos passos de dança em que passávamos mais tempo rindo que dançando, e nas noites em que dormia na minha casa... E pense que nunca foi de verdade a nossa maknae e sim a nossa Ahjuma querida dos cabelos dourados e cachinhos que eram uma verdadeira bagunça adoravel. E é exatamente isso que você é: uma bagunça adoravel. E eu sinceramente espero que isso nunca mude.  

FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA MAKNAE FAVORITA!
Atrasada apenas aqui *fugindo*

*ficou com medo da foto, não é mesmo? u.u*


You belong with me- Capitulo 6

sexta-feira, 25 de março de 2016

You belong with me
Have you ever thought
Just maybe
You belong with me

  -Filha, tenho um vestido perfeito para o baile.- Sua mãe apareceu em seu quarto segurando um vestido branco. Taylor nem ao menos se importou em olhar os detalhes já que não iria. -Não sabia se já tinha comprado um, já que não me disse nada mais sobre o baile.

  -Mãe, eu não vou para o baile.- Ela murmurou, mordendo o lábio. Taylor sabia que isso seria terrível para sua mãe, ela sonhava com o tempo em que Taylor iria a bailes de que ela era uma criança.

  A expressão da sua mãe caiu. -Como assim, querida?

  Ela caminhou até a filha e a abraçou. -Querida, você não tem um acompanhante, não é? Não se preocupe com isso, você sempre pode ir sozinha. Taylor, você não precisa de nenhum menino para ser especial, você já é especial. 

  Taylor não queria dizer para a sua mãe que ela realmente não tinha um acompanhante, era simplesmente um fato que acabava com a sua autoestima. Então disse:

  -Não mãe, é que eu realmente não quero ir. Todo os que irão nem ao menos gostam de mim. 

  Se aproveitou do abraço, se aninhando mais. 

  -Bem, adoraria que você fosse e usasse esse lindo vestido, pareceria um anjo. Mas bem... você pode ficar aqui comigo e a Meredith, assistindo alguma série de adolescente bem dramática e devorando potes e potes de sorvete.

   Sim, ela tinha a melhor mãe do mundo.  Disso ela tinha certeza.

*                 *                *

  Na escola de manhã, Taylor andou pelo corredor com Mike do seu lado, rindo de algo que ela havia dito. Agora que ela sabia que ele gostava dela, pensou que iria ficar cautelosa, mas não. Mike a fazia se sentir extremamente confortável. Ela só esperava não o fazer se sentir tão mal quanto ela se sentia sobre Lucas. A dor de amar alguém e não ser retribuído é algo muito doloroso.

  Lucas passou por seus colegas do time de futebol americanos e os cumprimentou, piscando para ela e sorrindo. Seu coração acelerou e ela respondeu sorrindo também.

  Já se havia passado sete dias que fizeram as pazes, a amizade de ambos retornou firme e forte. Mas Taylor notava que havia algo mais. Lucas estava mil vezes mais carinhoso com ela que antes de brigarem, ele agora passava todas as tardes conversando com ela, a esperava sempre na porta dos fundos da sua casa quando ela ia para o coral. Ela estava sentindo uma atmosfera diferente entre ambos. Esperava que não fosse com medo de que ela o ignorasse novamente, pensou ela se sentindo culpada.

  Hoje era o dia do baile, todos estavam nervosos e a escola estava um inferno com todos os preparativos. Taylor era a unica aluna que parecia não se preocupar com isso e sim com os exames finais, que seria dali a uma semana e um que faria no dia seguinte. Baile era algo fútil, mas ela admitia que algo dentro dela queria muito ir e ser como as outras meninas, que passavam a tarde escolhendo lindos vestidos e sapatos e iam com os garotos que queriam ir. O menino que ela queria ir apenas não gostava dela da mesma forma e agora ela conseguia aceitar isso. Não tinha vontade de ir com mais ninguém.

  Mike olhou para Taylor com pesar, o que ela perceber e alternou o olhar entre ela e Lucas no fim do corredor -Você já pensou em convida-lo para ir ao baile com você?

  -Eu faria papel de boba novamente e é algo que prefiro evitar, afinal ele provavelmente irá com ela.

  A diaba em pessoa era quem estava organizando o baile: Sarah. Ela estava uma pilha de nervos e ameaçando esmagar pobres voluntários organizadores do baile. Apesar dela sempre nunca ter perdido a oportunidade de humilha-la, pareceu ter ficado longe dela o dia inteiro. Até mesmo quando Taylor passou por ela no corredor, foi ignorada e Sarah nem olhou em sua direção. Continuou andando como se nada houvesse acontecido e permaneceu falando com as lideres de torcida de sua equipe. Até mesmo as lideres de torcida ficarem quietas. 

  Taylor achou estranho, realmente estranho e chegou a ficar paranoica. Mas durou pouco até agradecer por essa dádiva a Deus. Logo se perguntou com quem Lucas iria ao baile, será que com Sarah?

  Doía só de pensar.

  Superar isso, Taylor. Lembre-se.

  Continuou repetindo em sua mente.

  Acho que uma certa pessoa finalmente tomou alguma atitude.- Mike murmurou ao seu lado após Sarah passar por eles.

  -Hum, como assim?

  Foi respondida com um dar de ombros. 

  Lucas queria tanto convidar Taylor para o baile, ele estava um pilha de nervos. Como dizer a sua melhor amiga que a amava? Ele pensou nisso por um longo tempo. E se fosse ela o rejeitasse e disse que havia passado muito tempo? Será que a amizade terminaria? Ele não podia deixar isso acontecer.

  Olhou pelo refeitório e a encontrou como sempre perto do Mike. Mike realmente gostava dela e a merecia, Lucas sabia que Taylor ficaria feliz com ele, mas era egoísta demais para isso. 

  Ele amava Taylor e ela era dele assim como ele era dela.

  Ele só tinha que fazê-la ver isso.

  Então juntou-se a mesa dos dois, ignorando o seu time o chamando da outra mesa.

  Tratou de sorrir e cumprimentar a todos.

  Taylor estava quase colocando uma batata frita na boca, mas a abaixou para respondê-lo. Ele achou adorável. Droga, ele já estava ficando meloso. 

  -Ei cara, qual foi?- Mike respondeu.

  Taylor sorriu e não respondeu.

  -Só queria saber sobre o plano de vocês para o baile. 

  Mike pareceu desconcertado -Eu ia convidar uma menina, mas acho que talvez fosse melhor não. A uma pessoa que ela quer ir, então não quero rouba-la de quem ela realmente quer. Então convidei a Abigail, ela é uma ótima menina e eu amo o seu senso de humor. Fora que ela ama gatos.

  Taylor riu -A obsessão por gatos sempre ajuda. Você não deveria ser tão obcecado sobre isso.

  -Olha só quem está falando. A senhora dos gatos. 

  Ela deu língua para ele e comeu a batata.

  -E você, Taylor?- Perguntou, tentando não soar evasivo.

  Ela franziu a testa -Tenho um teste muito importante amanhã, não poderei ir ao baile mesmo que quisesse. 

 Decepção o inundou, ele queria dizer que a amava no baile na frente de todos para demonstrar que não tinha vergonha dela de forma alguma. Até Mike pareceu olhá-la com surpresa.

  Quando o sinal da ultima aula bateu, parecia que não havia uma unica garota na escola, já que todas haviam saído mais cedo para se arrumarem para o baile. Taylor ficou desanimado por não ter ensaio do coral nem da banda, então foi para casa.

  Hoje não era exatamente o dia mais feliz do ano inteiro. 

  Ela tinha esperança de que tudo melhorasse na faculdade.

  Chegando em casa, sua mãe estava no hospital, mas chegaria mais cedo já que pediu ao chefe para libera-la mais cedo apenas para arruma-la para o baile. Taylor se sentiu mal por pensar nisso e por desapontar a mãe, ela queria tanto que Taylor fosse.

  Não perdeu tempo e subiu logo para seu quarto, pegando Meredith em seus braços e a acariciando enquanto a mimava. Jogou a mochila no chão do quero e pegou o seu notebook. 

  Lá vamos nós

  Começou a digitar a sua tabela de estudo e a ver vídeo aulas, olhou o seu antigo caderno que costuma se comunicar com Lucas e suspirou. Era o fim do ano, ela não deveria ter mais esperanças sobre isso. 

  Escureceu antes que ela pudesse imaginar, ouviu um barulho de vidro de janela e olhou para cima, para a janela de Lucas. Ele estava perfeito, completamente impecável de terno e gravata. Só conseguia imaginar que quem estaria com ele era a Sarah, o diabo em pessoa. 

  Ele ergueu o caderno de anotações dele e estava escrito:

  Você vai essa noite?

  Tudo o que ela pensou era que se ele tivesse a convidado, teria sido a garota mais feliz que ela poderia imaginar. Mas não... ela estava sozinha e solitária.

  Então ela rabiscou em seu próprio caderno e erguei para ele poder ver.

  Não, estudando.

  Não tinha como se sentir mais nerd que isso. E pior mentirosa também, as provas haviam terminado e todos sabiam disso.

  Lucas leu e franziu a testa, escrevendo uma resposta:

  Queria que você fosse.

  Ele parecia decepcionado, então se virou pegando seu paletó e saiu do quarto, fechando a porta. Taylor deixou o seu caderno cair no chão e folhas soltas acabaram saindo dele, se esparramando por todo o chão. Estava se abaixando para pega-las quando viu a folha que escreveu antes dizendo "Eu te amo."

  Tentou imaginar Lucas daqui a alguns anos terminando a faculdade, se tornando um ótimo profissional, se casando com uma mulher que conheceu na faculdade ou no trabalhando, tendo lindos bebês loiros de olhos azuis ou castanhos, mini cópias suas. Doeu pensar nele tendo uma família que não a incluía, uma em que ele não seria dela. Mesmo ela sabendo que sempre seria dele. 

  Você tem que dizer antes que seja tarde.

  Seu celular tocou e ela olhou para a tela, era Mike. 

  Atendeu no terceiro toque -Oi Mike, o que houve?

  -Oi Taylor, eu só queria ter informar uma coisa. A Sarah não vai com ele!- Mike gritou a ultima parte e o coração da Taylor acelerou.

  -Como assim? Por que? Ela vai com quem então? E Lucas? 

  Ela divagou, sem realmente focar em algo.

  -Calma garota. Bem, ela estava resmungando no telefone sobre o Lucas ter trocado ela por você e que ele estava perdendo, mas que hoje, ela tentaria agarra-lo novamente indo com o jogador de futebol americano Dean.

  Dean era ex namorado da Sarah e estava no mesmo time de futebol americano que Lucas. Dean era invejoso e sempre queria tudo o que o Lucas tinha, desde que Lucas se tornou um melhor jogador que ele e ocupou o posto que costumava ter 

  -Taylor, você me ouviu? Ela disse que Lucas terminou com ela por sua causa.

  Ao invés de ficar alegre, ela ficou quase deprimida -Isso deve ser alguma armação, Mike. Sei que o Lucas me ama, mas como amigo.... 

  Mike ficou em silêncio, até falar:

  -Hum,eu não te contei algo, desculpa... mas o Lucas brigou com a Sarah por sua causa. Eu contei a ele sobre as provocações e ele lidou com ela. Por isso que ela te deixou em paz. E Taylor, só um tolo como o próprio Lucas, não percebe que está apaixonado por você. Ele te ama Taylor, só mostre isso a ele.

  -Pela primeira vez, Taylor se encheu de esperança. Será que era verdade? Será que ele a amava mais do que um amigo?
  -Taylor, você precisa fazer alguma coisa. Se você não tentar nada, vai se arrepender. 

  -Obrigada, Mike.- Sorriu de orelha a orelha -Eu tenho algo para fazer agora, então...

  Ela quase podia imaginar Mike sorrindo do outro lado da linha -Vai nessa garota!

  Taylor desligou o telefone e chamou alto a sua fada madrinha, pulando da cama:

  -Mãe!

*                  *                 * 

  O baile estava chato, parecia que Lucas estava lá a umas três horas, mas só fazia uma. Não é que não estivesse bonito, porque estava. Não tinha tema, haviam luzes e pisca-piscas em todos os lugares, flores de plásticos serpenteando por todo os cantos. Quase tudo era dourado e azul, fazendo uma ótima combinação. Porém, a garota que ele queria que estivesse aqui com ele, não estava. 

  Sarah estava por todo lugar arrastando Dean com ela, como se fosse para feri-lo. Ele não ligava nem um pouco para ela ou Dean, então continuou bebendo ponche. Todo mundo ia falar com ele e as meninas o chamavam para dançar, mesmo que tivessem pares. Ele só dizia não.

  Mike se aproximou com Abigail e o cumprimentou. Ele cumprimentou de volta, observando os dois irem dançar. Estava aliviado que Tay não veio com ele, mas ao mesmo tempo triste, pois pelo menos ela viria.

  Estava conversando com os seus amigos do time e com suas companhantes, quando ficou com sede. 

  Bem, hora de pegar outro ponche. 

  Ele caminho pelas pessoas, se dirigindo até onde a mesa de ponche estava e encheu um copo com a bebida escura, certamente já batizada com todo tipo de bebida alcoólica que se poderia imaginar. 

  Um voz conhecida e odiosa soou atrás dele:

  -Olha quem eu achei. 

  Ele respirou fundo -Você já pode se virar e me perder novamente. 

  Suas unhas rasparam sobre seu peito através de sua roupa. E ele as retirou. Sarah estava vestindo um vestido vermelho sangue que combinava com o seu batom que já era decotado e ainda tinha duas aberturas em cada lado um pouco abaixo dos seios. Nem um pouco revelador, pensou sarcasticamente. 

  Quando se virou, reparou as pessoas olhando sua frente e se virou. 

  Taylor estava parada na porta parecendo um anjo. Usava um vestido branco com detalhes brilhantes em cima, seu cabelo normalmente rebelde estava completamente arrumado em cachos grossos luminosos, sua maquiagem clara destacam ainda mais seus lindos olhos, usava gloss de tom rosado só o fez querer beija-la. 

  Ele sorriu, ela simplesmente estava tão magnificamente linda. Como ele sempre a viu.

  -Com licença.- Disse Sarah, antes de se dirigir a Taylor.

  -O quê?!?- Ouvi Sarah praguejar.

  Lucas se aproximou, assim como Taylor, um do outro. Ambos sorrindo. Mal percebendo que algumas pessoas pararam de dançar para olha-los, já que muitos já estavam olhando para a Taylor. Não que Lucas os culpasse por olhar para ela.

  -Taylor, achei que você não viria.

  -É, eu também. Mas eu tinha que falar algo a uma pessoa ou melhor, mostrar antes que fosse tarde demais e eu me arrependesse. 

  -Quem?- Lucas lutou contra o ciúmes. 

  -Você, Luke, você. 

  Taylor lhe mostrou o papel branco que guardava em suas mãos e o abriu.
  EU TE AMO estava escrito com letras pretas.

  -Sabe o que é incrível?- Ele falou -Eu também tinha algo para mostrar a alguém.

  Tirou o pedaço de papel que deixou guardado em seu paleto, caso ela dissesse mais cedo que viria. O abriu, mostrando a ela o EU TE AMO, que havia escrito uma semana antes para mostrar a ela, porém sem ter coragem. 

  Ela colocou a mão na boca, seus olhos azuis brilhando.

  -Você me ama?- Perguntou animada.

  Ele se aproximou ainda mais dela -Taylor, eu sempre te amei, só demorei para perceber porque fui cego todo esse tempo. Eu te amo desde que eramos crianças. Você é a minha melhor amiga, tudo o que eu sempre pedi. Você me entende melhor que ninguém, entende meu humor, gosta das mesmas coisas que eu e olha que tenho um gosto estranho, você conhece o meu verdadeiro eu, que é completamente nerd- Riu antes de continuar -Você consegue me fazer ficar feliz, apenas sorrindo e rindo, você sempre esteve comigo quando eu mais precisava. Eu te amo, Taylor, desde que eu me lembro e isso tem sido por muito tempo. 

  Isso foi tudo o que ela sempre quis ouvir durante toda a sua vida, desde que era uma garotinha. 

  Se aproximando mais um pouco, Lucas disse: -E eu sempre quis fazer isso- A puxou para um beijo de forma suave, arrancando o seu fôlego. Não era um beijo selvagem e exigente, era doce e lento. Taylor quase podia imaginar como um daqueles beijos de novela, em que a mocinha era puxada pela cintura pelo mocinho em um beijo inesquecível. Um beijo que os ligava.

  Ela era dele e ele era dela.

 Finalmente ambos sabiam disso, pensou ela sorrindo para ele quando se afastaram do beijo.

  Todos ao redor aplaudiram o beijo enquanto ambos sorriam encostando a testa um do outro.

  Quem pensou que isso iria acontecer? 

  -E a Sarah?- Perguntou de forma exitante. 

  -O que é que tem ela?

 -O que houve entre vocês?

 -Somente cegueira da minha parte. Desculpa, Taylor, desfilei por ai com a Sarah porque desconhecia dos meus próprios sentimentos e devo ter te machucado muito com isso, eu nem ao menos sabia de tudo o que você sofria na escola...

  Ela colocou o dedo sobre seus lábios para mante-lo quieto.

  -Isso é passado, eu não me importo mais. Estamos aqui agora vivendo o presente de nossos futuros. Um futuro juntos. E eu te amo, Lucas.

  Lucas finalmente tinha a garota que amava em seus braços. Naquele momento ele tinha certeza que eles nunca se separariam de modo algum e conseguia ver o futuro de ambos terminando a faculdade, se casando depois de formados, tendo filhos e o melhor de tudo...

  Naquele exato momento ele tinha a absoluta certeza de que ele pertencia a ela e ela pertencia a ele.


FIM

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You belong with me- Capitulo 5.

Oh, I remember you
Driving to my house
In the middle of the night
I'm the only one who makes you laugh
When you know you're about to cry
And I know your favorite songs
And you tell me about your dreams
Think I know where you belong
Think I know it's with me

  Logo após a explosão da Taylor, Lucas foi para casa completamente machucado. Ele não conseguia parar de pensar no que havia feito para que ela fizesse aquilo. Ele nunca teve vergonha dela e achava que ela ficava bem sobre o fato de ele ficar com os amigos na hora do intervalo. Vê-la chorando e saber que era sua culpa o havia arrasado. 

  De noite, já em seu quarto ele olhou para a janela de sua vizinha e a viu fechada pela primeira vez em tempos e sentiu um longo vazio. Ela o perdoaria, certo? Ele não poderia imaginar uma vida sem a sua melhor amiga, sem a Taylor.

  No dia seguinte, Taylor havia saído mais cedo para a escola novamente e na escola, ele mal a viu. Ela parecia estar fazendo um bom trabalho em ignorar-lo, pois ele a todo momento fitava os locais da escola a procura dele e não a encontrava e finalmente quando o intervalo bateu e ele a viu, ela não olhou para a sua mesa nem um momento.

 Sarah avaliou a situação tensa com um sorriso gigantes. A ratinha finalmente havia recuado. Ela estava amando toda a tensão entre os dois.

   Taylor nem uma vez olhou para a mesa do Lucas, em todo momento ela conversava com o Mike e ele lhe dava forças. 

  - Taylor, a sua expressão e o seu humor estão me deixando aflito. Vamos menina bonita, deixa de tristeza.- Disse Mike, realmente sério. 

  -Mike, eu só não consigo nesse momento.

  -Um coração partido doí, mas você vai se recuperar. Eu não aguento mais te ver dessa forma.

  -Como você sabe que é um coração partido?- Taylor cochichou, corando.

  -Taylor, eu não sou nem um pouco cego e sei que você ama o Lucas.

  Taylor deixou cair a cabeça por entre as suas mãos e choramingou.

  -Eu sou tão patética! Todo mundo percebeu que eu gosto do Lucas. Eu sou a garota nerd ridícula que se apaixonou pelo seu melhor amigo que é um garoto super gato e popular, um clichê americano. - Ela realmente queria morrer naquele momento.

  -Não, você não é!- Mike suspendeu o seu rosto e colocou amba as suas mãos sobre o seu rosto, alisando as maçãs do rosto -Você é linda, destemida, doce, engraçada e altruísta, você fez com que eu me apaixonasse por você de forma fácil e rápida. Não se menospreze, só porque um garoto não consegue enxergar isso. 

  -Você está apaixonado por mim?- Taylor perguntou surpresa, olhando-o com seus lindos olhos azuis arregalados.

  -Isso não é importante. - Mas era, Mike tinha que fingir todo dia que não tinha um coração partido toda vez que via que nunca poderia ter a garota pelo qual sonhava. Ela pertencia a outro e esse cara era extremamente sortudo por ter algo que ele nunca queria e isso também era outro clichê. Ele era o cara que era apaixonado pela garota que no final ficaria com o cara que não era ele. -O importante agora é você perceber o quanto é maravilhosa e magnifica, não se reduza a menos.

  -Não... isso é importante.- Ela guinchou e então escondeu o rosto em suas mãos novamente -Meu Deus! Eu sou tão cega e cruel, nem ao menos percebi que você gostava de mim e estou aqui triste por causa de outro garoto e você ainda está me consolando.- Soluçou, se quebrando aos poucos.

  -Shhh, não aqui.- Pegou sua mão, a guiando para fora do refeitório lotado, indo até um canto vazio no corredor. A tirando de perto dos olhares curiosos. 

  -Mike, eu sinto muito. Muito, muito mesmo. - Ela chorou e ele a abraçou- Provavelmente te magoei sem perceber e...

  Ele colocou um dedo sobre os seus lábios, a calando.

  -Taylor, não se preocupe comigo.- Murmurou, a observando e odiando ver a profunda tristeza em seus olhos -É um privilegio estar apaixonado por você. Não vou dizer que não doí, porque doí para porra, mas eu irei sobreviver. Eu sempre soube que gostava do Lucas, mas não pude parar de te amar aos poucos, só conseguia mais e mais.Antes eu pensava que poderia transferir esse sentimento que você tem pelo Lucas para mim, mas é impossível. Eu estarei aqui se me quiser, mas sem que não tenho chances.

  Assim que ele tirou o seu dedo de seus lábios, Taylor o respondeu:

  -Mike, eu não sei se consigo pensar em você como nada mais que um grande amigo. Eu te amo muito, mas não estou apaixonada por você. Eu lamento por ter te machucado mais do quê pode imaginar e eu... sinto muito. 

  -Tudo bem, Tay.- Mike sorriu, apesar de tudo -Isso não era mais do que eu já esperava e estou feliz em ser só o seu amigo, então não preocupe. 

  Isso fez Taylor sorrir.

  -Eu já te disse que você é o melhor?- Perguntou, o abraçando realmente forte. 

  -Hum... talvez um pouquinho.- Disse fazendo bico enquanto Taylor ria.

  -Abusado.

  A primeira semana sem ter Taylor falando com ele, Lucas ficou extremamente triste. Ele se sentia vazio, como se uma grande parte dele tivesse ido. Ele tentava se aproximar dela, mas ela o empurrava, o ignorava e  tentava seguir em frente sem ele. Ele a via na escola, sempre com o Mike e se perguntava se estavam juntos e ele tinha que admitir que doía o inferno. 
  
  Sarah o estava irritando, puxando assuntos na escola, sempre achando uma desculpa para toca-lo e se aproximando o tempo todo. Ela até foi a sua casa uma vez e ele teve certeza de ter visto uma luz na janela da Taylor quando Sarah esteve ela. Taylor parecia ter olhado a cena dele colocando Sarah para fora. 

  Durante a semana inteira, a janela da Taylor permaneceu fechada e ela só a abria de dia, quando estava no ensaio da banda. E deus, ele sentia a falta dela.

  A segunda semana se passou e o silêncio por parte dela era insuportável, ele queria que ela quebrasse o silêncio e falasse com ele. Qualquer coisa. Apenas para afastar o pensamento de que ela o odiava, ele não sabia como viver com esse pensamento. Taylor significava o mundo para ele, afinal, não era atoa ela ser sua melhor amiga. Ele sentia falta de tudo sobre ela, de seu doce sorriso, de seus comentários espertinhos, da forma como ela falava, se movia, a forma como sua personalidade era extremamente adorável e até mesmo de seus óculos horrorosos que apesar de tudo, ficavam fofos nela.

  Foi simplesmente na terceira semana que ele percebeu que podia estar apaixonado pela sua melhor amiga. 

  Ele começou a perceber que sentia falta dela em tudo, até mesmo em pequenas ações. Sentia tanto a sua falta, que mal conseguia fazer as coisas que fazia antes com ela, pois não pareciam ser mais tão legais assim. Como ir ao lago aos domingos, coisa que ele fazia com a Taylor desde que tinham seis anos e aprenderam a nadar.

  Lucas passou por ela pelo corredor e a olhou fixamente, esperando que ela o olhasse. Seus cabelos rebeldes estava uma bagunça adorável e fio estava caindo em seu rosto, ele lutou contra o impulso de tirar-lo de seu rosto. Pela primeira vez em três semanas, ela o olhou de volta e seu olhar tinha tanta dor que tirou o seu fôlego.

  O que ele havia feito? Ele queria tanto saber! 

  No dia do lago, ele sabia que algo havia acontecido e não era sobre o dia em que acabou gritando com ela. Provavelmente alguém havia dito algo a ela, algo ruim sobre ele e ele estava triste só de pensar que Taylor acreditou e pensou mal dele. Ele teve uma ideia.

  Ele iria falar com Mike. Mike e Taylor eram como partículas de um mesmo corpo, pensou Lucas com nojo, provavelmente eram confidentes. 

   Então ele esperou Mike ter a sua aula separada da Taylor, para cogitar-lo quando saísse.  Assim quando o sinal tocou, ele apareceu na porta da sala de Mike. 

  -Preciso falar com você.- Os outros alunos olharam para ambos como se esperassem uma briga.

  -Se é sobre a Taylor, o que eu tenho certeza que é, você é um idiota por ter demorado tanto tempo para correr atrás.- Mike respondeu ácido. 

  O pior de tudo era que era verdade.

  Ele sabia que iria machucar Mike se soubesse que ele a havia manipulado contra ele.

  -Eu sei...- Suspirou- Será que podemos falar isso em um lugar onde não tenha malditos fofoqueiros?

  Mike o olhou e depois, como se resolvesse ajuda-lo, se moveu para fora da escola -Não quero que a Taylor nos veja.- Falou -Ela ficaria magoada por trair a confiança dela e isso eu não arriscaria.

  Taylor era importante para o Mike, Lucas podia ver isso. Mas ele era egoísta o suficiente para não deixa-la ir, mesmo tendo-a negligenciado por um tempo. Agora que ele sabia que a amava, se sentia um tolo por ter deixado-a de lado, por te-la deixado ir. 

  -Eu já sei sobre o que você quer falar ou melhor, perguntar.- Mike falou completamente ácido.

  Ele amava a Taylor também e iria defende-la sempre. Mesmo sabendo que ela não iria ficar com ele pois seu coração pertencia a outro. Ele não podia ser egoísta, não com ela, então ele iria ajudar Lucas a tomar a iniciativa certa e se ele não tomasse, ai sim Mike lutaria pela Taylor, pois Lucas não se mostraria digno.

  -Só quero saber o que houve para que ela se afastasse de mim. Ela me disse coisas sem nexo.- Lucas falou duramente -Ela não me deu exatamente um explicação e eu acho que alguém a envenenou.

  -Deus... você é tão cego. Essa pessoa foi a minha irmã, Sarah, aquela que você chamava de namorada até um mês atrás. 

   Lucas o olhou surpreso.

  -Durante anos, Sarah tem perturbado a Taylor dos piores modos possíveis. Todos apenas observaram sem realmente interferir . Ela a machucava tão psicologicamente quanto fisicamente e até lhe deu um apelido, ratinha.

  Cada palavra era como um soco no estomago de Lucas. 

  Todos esses anos, Taylor tentou falar sobre como Sarah era cruel e ele sempre havia sido rude com ela, achando que era apenas ciumes de melhor amiga. Lucas começou a pensar em todas as vezes que ele a viu machucada enquanto iam para casa. Havia sido alguém que a machucou na escola? Havia sido Sarah?

  Ele serrou os punhos com raiva. Ele queria machucar alguém e pior, a si mesmo. Como pode ser tão cego?

  -Lucas, eu não ia te dizer nada, mas você realmente estragou tudo.- A voz de Mike era suave agora, como se entendesse como tudo era difícil para ele -Eu prometi não contar, mas você precisa saber e fazer algo sobre isso... Taylor te ama, Lucas, e não como melhor amigo e sim de forma romântica. Sarah disse coisas horríveis a ela sobre não ser digna e de que você ou qualquer pessoa nunca gostaria dela e apesar das coisas que disse a ela, nada mudou a sua mente. Ela realmente acreditou no que Sarah disse.

  Lucas ficou em silêncio.

  Taylor te ama, Lucas, e não como melhor amigo e sim de forma romântica.

  -Eu só estou te contando isso, pois quero a antiga Taylor de volta. Ela está parecendo um zumbi agora, sem ter realmente emoções sem serem destrutivas e eu estou preocupado com ela.- Ele fechou os olhos e passou as mãos em seu cabelo -Sei que a ama, Lucas, vi como ficou para baixo esse mês, então soube que podia te contar isso. Eu a amo também, você sabe. 

  Então ele passou por Lucas e começou a caminhar para longe.

  -Tente não quebrar o coração dela ou eu irei quebrar a sua cara.- Ameaçou antes de ir embora.

  Lucas sabia exatamente o que fazer agora. 

  E ele iria começar por Sarah.

  Ela tinha que pagar.

  Lucas foi até o treino das lideres de torcida e não esperou que terminassem. Entrou no ginásio a mil e assim que avistou Sarah, correu em direção a ela.

  -Lucas!- Ela abriu um grande sorriso. Antes ele costumava pensar que ela era tão lindo, agora tudo o que ele podia ver era uma garota tão maligna, que não havia espaço para a beleza. Ela era podre por dentro.

  -Preciso falar com você.- Falou rudemente -Agora!

  Suas irmãs de torcida olharam para ambos com confusão.

  -Claro.- Sarah saiu com ele do ginásio.

  Provavelmente achava que ele iria pedir para que voltassem.

  Patético.

  -Você maltratou ou não maltratou a Taylor no colegial?- Ele precisava ouvir isso dela e o mais rápido que pudesse.

  -Hum...- Ela mordeu o lábio -Como assim? Quem te disse isso?- Se fez de desentendida.

  -Merda!- Gritou, fazendo-a pular para trás -Você fez ou não fez? 

  Sarah pareceu com medo por um momento.

  -Ok, ok, eu posso ter feito uma brincadeira ou outra. Nada muito pesado.- Confessou dando de ombros, como se não importasse -Era só diversão.

  Era só diversão. Que tipo de garota ele havia namorado? Como ele não a conheceu de verdade nesses anos que namoraram? 

  -Como eu pude ser tão cego, meu Deus!- Ele gritou, passando a mão pelo cabelo, completamente exasperado -Como pude namorar alguém como você? Ou pior, como pude não ver que tudo o que a Taylor falou era verdade? Você é tão patética. 

  Sarah enrugou o nariz.

  -Não, você que é. Fala sério? Você está realmente me trocando pela ratinha?  Sério mesmo? Olha para mim, eu posso fazer muito melhor. Deveria me agradecer por ter te livrado dela.

  Ele queria tanto bater nela agora, mas nunca bateria em uma mulher. Respirou fundo e rezou para se controlar.

  -Nunca mais a chame assim, droga! - Disse cada palavra lentamente em um breve rosnado -Não olhe mais para ela, não diga nada mais a ela ou sobre ela, maldição, nem ao menos respire perto dela novamente. Me entendeu?

  -Ou o quê?- Desafiou.

  -Ou eu vou fazer você pagar, Sarah e acredite, irá doer. 

  Ambos sabiam que ele não estava mentindo. Sarah fez cara de nojo e foi embora.

  -Você que escolheu, Lucas, não eu. Você irá se arrepender, pode escrever isso.

  Ele estava se arrependo só de ter namorado com o satanás em pessoa.

  Precisava encontrar a Taylor agora e fazer as pazes com ela.

  Taylor não tinha ensaio hoje, então permaneceu em sua casa. Estava trabalhando em uma melodia que a professora falou que os alunos poderiam usar em algum concerto. Ela amava escrever partituras, era o seu grande dom.

  Meredith estava enrolada em uma bola em seus pés gelados por causa do tempo frio. Taylor agradecia por isso, ajudava a aquecer os seus pobres pés. 

  A campainha da casa tocou e Taylor amaldiçoou. Só havia ela na casa, então ela teria que atender contra sua vontade. Saindo da cama e de seu quarto, desceu as escadas e se dirigiu a porta.

  Assim que abriu, se repreendeu por ter aberto sem olhar no olho mágico. Se ela tivesse vistou, nunca teria aberto. 

  Lucas estava parado em sua frente. Seus lindos olhos azuis a analisando. Ele alisou o cabelo com a mão como se estivesse nervoso e só para mata-la mais um pouco, mordeu o lábio de leve.

  Deus, como ela sentia falta dele. Durante quase um mês ela fugiu dele, ignorando os lugares que costumava ir e sabendo que ele estaria lá, evitando ele nos corredores da escola e nem ao menos olhando em sua direção. Foi muito difícil fazer isso, mas preciso. Lucas havia quebrado o seu coração, mesmo que não tivesse percebido isso. 

  -Taylor.- Disse suavemente -Preciso falar com você?

  -Hum... agora?- Ela queria achar um modo de contorna-la para não ter que conversar com ele. 

  Lucas tem pena de você

  Você achou que podia ficar com ele, não foi?


  Urgh! As palavras de Sarah permaneciam como punhais em sua vida.

  -Sim, agora. Eu estava errado, Taylor, sobre tudo, inclusive sobre a Sarah.

  Ela deu espaço para ele entrar. 

  -Vamos conversar melhor aqui.- Ela falou, apontando para a sala.

  -Claro.- A seguiu, sentando ambos no sofá.

  Taylor sentiu que ele a estudava. Ela sabia que estava bagunçada e que seus cachos estavam por todas as direções, pois ficava mexendo nele enquanto escrevia, estava vestindo uma blusa de tema geek e usando o seus óculos. Lucas estava familiarizado com essa aparência dela. Será que a achava desleixada? Será que sempre achou? Era horrível agora reparar em suas manias estranhas e pensar se elas envergonhavam o Lucas, se o faziam sentir pena.

  -Taylor, eu te devo milhares de desculpas.- Lucas falou pesadamente, sentando no sofá bem ao lado dela com seus ombros se tocando -Nunca quis acreditar em você sobre a Sarah e parece que nunca lhe dei a confirmação de que realmente me importava com você. Eu falhei como melhor amigo, fui uma droga em tudo isso.

  Taylor permaneceu calada, esperando-o continuar.

  -Todos esses anos em que você aguentou as provocações calada, eu nunca te defendi... sempre achei que era uma implicância sua. Lamento Tay, realmente lamento.- Lucas conseguia finalmente perceber o peso do tempo que não voltaria mais. Ele deveria ter protegido-a, havia sido um péssimo amigo. Tay era uma das pessoas que ele mais amava e mal tinha cuidado bem dela. 

  Ele passou a mão em seu cabelo, um hábito de quando estava nervoso.

  -Tay, você é uma das pessoas que mais me importo no mundo. Tem sido assim a muito tempo, por favor, me perdoe.- Ele murmurou -Nunca acredite que você não tem valor, pois você tem. Você é incrível, Taylor. É linda, doce, inteligente e realmente divertida, qualquer pessoa é sortuda por ser seu amigo ou por se apaixonar por você. As pessoas que ousam rir de você, são apenas invejosos, nessa cidade, a maioria das pessoas não tem um futuro e você, Tay, tem obviamente um grande futuro em sua frente. Não deixe ninguém te rebaixar. Nunca! 

  Ela conseguia sentir um aperto em sua garganta e a vontade inconfundível de chorar. 

  -Eu te amo, Taylor. Você é a minha melhor amiga de sempre e eu preciso de você- Ele estava olhando diretamente para ela e limpou a lágrima que escorreu de seu rosto suavemente -Sei que te magoei bastante, mas diga, por favor... você pode me perdoar?

  Taylor estava cansada de suas semanas sem o Lucas, ela sentia tanta falta dele todo dia de manhã a esperando para a escola, dele andando ao seu lado na rua e conversando besteiras de seus cotidianos, sentia falta até do cheiro de seu perfume e de suas mensagens idiotas que a faziam rir de madrugada. Ela não podia ficar sem ele e isso a assustava. Durante a sua segunda semana sem ele, ela já sabia que não estava brava com ele, não conseguia, ela tinha apenas um coração em milhares de pedaços.

  -Luke, eu te perdoo. Também te devo desculpas, eu apenas parei de falar com você e não lhe expliquei nada muito concreto. -Ela fungou, de uma forma que parecia um filhotinho de cachorro -Sinto muito, sério. 

  Lucas a abraçou, como vinha querendo fazer nessas ultimas três semanas e meia.

  -Eu te amo também, Luke- Ela murmurou, enterrando seu rosto em seu peito -Desculpa se realmente fiz entender que você foi um péssimo amigo para mim. Você sempre foi bom para mim. 

  Ela conseguia se lembrar de quando teve catapora aos 12 anos de idade e ninguém a visitava com medo, então ela deixava sua janela aberta para que Lucas pudesse entrar escondido e ele sempre aparecia, eles conversavam por horas e ela dividia a cama com ele, depois que ela ficou boa, uma semana depois, Lucas teve catapora. Também lembrava de quando sua gata Marley morreu, Lucas desmarcou o seu encontro com uma menina que gostava muito, e que havia demorado um ano para aceitar seu convite para ir a um encontro e a ajudou a fazer o enterro, a ouvindo chorar e a abraçou por horas, ele até se recusou a sair de seu lado. Quando um menino perturbava a Taylor na escola roubando seu lanche e machucando-a, Lucas descobriu e brigou com o menino, conseguiu um olho roxo e um lábio machucado, e também que o menino a deixasse quieta. Lucas até mesmo já a levou para a inauguração de uma loja de gibis, sendo que era bem onde sua turma estava se reunindo, ele foi zoado por um ano inteiro e nem ao menos se importou.

  Ele sempre fez coisas por ela na mesma intensidade que ela por ele. Era o seu melhor amigo desde sempre. 

  Ela sabia que ele nunca iria ser dela da forma como ela queria, mas que tipo de amiga ela seria se ela se afastasse dele por um motivo que ela não podia culpa-lo. Não era culpa dele o fato de não poder retribuir o seu amor da forma como ela queria, ele pelo menos a amava. Era melhor ser amada como melhor amiga, do quê não receber amor nenhum de sua parte.

  Taylor sentiu Lucas respirando profundamente.

  -Senti tanto a sua falta.

  Era tudo o que precisava ouvir no momento. 


Continua.
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You belong with me- Capitulo 4

If you cold see
That I'm the only one
Who understands you
Been here all along
So why can't you see?

  Quando  Taylor acordou de manhã, conseguia se lembrar de como Lucas a tratou de modo rude por causa da Sarah e do que ela havia feito. Então ela decidiu que deveria parar de chorar por alguém que nunca iria realmente enxerga-la, que nunca a colocaria em primeiro lugar em nada. Ela se sentia ridícula e patética por ter ficado lá, engolindo tudo o que ele disse. Somente quando chegou em casa e se permitiu chorar que percebeu.

  -De agora em diante, estou em primeiro lugar em minha própria vida- tentou dizer a si mesma, olhando para o espelho.

  Ela não esperou pelo Lucas aparecer e foi para a escola com sua antiga bicicleta. Era bastante longe, mas era melhor que ter que encarar Lucas quando estava magoada com ele.

  Ele a colocou em primeiro lugar, escolheu Sarah, quando Taylor, sempre o colocava em primeiro.

  Lucas havia levantado de sua cama se sentindo pesado, havia pensado na forma com havia descontado sua raiva em sua melhor amiga. Raiva que não merecia.

  Ela provavelmente estava magoada, ele havia levantado a voz para ela. Não deveria ter feito isso de modo algum, porém estava tão irritado. Depois que se arrumou para a escola, foi direto para a sua casa como todos os dias dar carona para a Taylor.

  Porém não foi ela que apareceu em sua porta e sim sua mãe.

  -Lucas, bom dia!- ela respondeu parecendo surpresa em vê-lo.

  -Bom dia, senhorita Swift- ele sorriu confuso para ela -Taylor está?

  Dessa vez sua mãe olhou confusa.

  -Ela já saiu, acordou até mais cedo para se arrumar.

  Com essa resposta, Lucas não conseguiu parar de pensar no motivo pelo qual Taylor teria ido sem ele. Talvez porque tinha ido com Mike, mas sua mãe lhe disse que não, então era por causa de ontem e ele se sentiu mal.

  Ela não queria nem ao menos lhe ver. Havia ido embora para não falar com ele,  e ele merecia.

  Indo para a escola, tentou procurar indícios de Taylor e viu sua bicicleta roxa -que era a cor favorita de Taylor- droga, ela havia pedalado até a escola! Sendo que o caminho era longo.

  Entrando na escola com raiva de si mesmo e de Sarah, por ter fito explodir em ninguém menos que sua melhor amiga que não era culpada de ninguém. Porém ele sabia que não era culpa de Sarah e sim dele, por ter gritado com Taylor. Agora ela estava magoada e tinha pedalado três quilômetros só para não vê-lo.

  Ele estava indo falar com ela, mas logo foi cercado por seus amigos do time. 

  Taylor conseguiu ficar longe das vistas de Lucas por três horários. Seu dia escolar havia sido um inferno, ela não conseguia ficar na sua sem ser agredida por alguém ou pelas lideres de torcida. Elas estavam tentando o seu melhor para deixar ela na pior, e só podia ser ordem de sua líder, Sarah. 

 Saiu para seu quarto horário com seus livros firmemente em seus braços pressionados contra seu peito para ninguém o derrubar como sempre fazem. Taylor mal viu a ação até que não conseguia ver nada, alguém havia tirado os seus óculos.

  -Consegue enxergar bem ratinha?- Ouviu uma voz que ela conhecia perfeitamente perguntar e logo risadas atrás delas.

  Taylor não sabia como reagir a esse assedio, ela queria socar o pequeno esnobe e venenoso rosto da Sarah, porém mal podia ver nada. Ela queria apenas chorar.

  Antes que ela pudesse abrir a boca para dizer algo, ouviu a voz do Mike.

  -Que diabos?!- Soou furioso- Devolva seus óculos, Sarah, agora!

  Depois da sua exigência, Sarah entregou os óculos a ele e ele o colocou de novo no rosto da Taylor que parecia querer fugir.

  -O que quiser irmãozinho, a ratinha já tem os seus óculos.- Mais risadas e ela se virou e foi embora.

  -Obrigada.- Ela agradeceu envergonhada por parecer e ser tão indefesa.

  Mike a abraçou, pegando-a de surpresa -De nada, ninguém deveria ter que aturar o veneno da Sarah. Muito menos você.

  -Você é irmão da Sarah?- Perguntou incrédula. Eles não tinham nada a ver, fora que ela já tinha ido a sua casa e não havia avistado nada da Sarah.

  -Sim, infelizmente.- Ele franziu o nariz- Nossos pais são separados, eu fiquei com a minha mãe e ela com o papai. Morar com o meu pai foi a pior coisa que ela já fez, ele conseguiu arruiná-la e deixa-la fria como ele. Apesar de ela sempre ter sido assim...

  -Nossa, estou até em choque com essa noticia.

  -Sim, mas eu sou o irmão bom.- Deu risada. 

  -Fico feliz que seja o irmão bom. 

  Ele a encaminhou até a aula, eles não tinham aula juntos até o ultimo horário. Ela queria ele perto dela, ele era um ótimo amigo e estava fazendo um ótimo trabalho a fazendo sorrir, ela se sentia segura perto dele. 

  Era aula de química, Taylor sentou em sua cadeira ao lado de sua amiga Abigail, que era a sua parceira de química. Todos os demais alunos encontraram as suas carteiras e o professor entrou na sala. 

  Sarah estava nessa aula e a todo tempo Taylor conseguia ouvir as risadas que vinham dela, e sabia que era sobre ela.

  -Essas meninas acham que são tão legais em tudo o que fazem.- Abigail disse, franzindo o nariz -Olha para elas, é patético. 

  Taylor concordou.

  -Ela sempre irá fazer tudo para te atingir.- Continuou -Ela tem ciumes da sua proximidade com ele.

  -Ciumes de mim? Sobre o Lucas?- Taylor perguntou surpresa- Lucas é o namorado dela, não tem porque ela ficar assim sobre mim. 

  -Ninguém é cego, Taylor, dá para ver que gosta dele.- Ao ouvir Abigail dizer isso, corou o máximo que podia, envergonhada.

  -É tão obvio assim?- Cochichou, se sentindo humilhada.

  -Um pouco, e também dá para perceber que Lucas é cego.

  Depois da escola, havia ensaio da banda. Taylor passou horas treinando a mesma parte da melodia, porque alguém sempre errava, porém valia a pena. Ela realmente amava fazer parte de algo assim.

  Mike falou com ela o tempo todo e a ajudava com dicas quando errava, era fácil sorrir perto dele. Ele era definitivamente o oposto da cascavel da irmã.

  -Você já está indo?- Mike perguntou sorrindo depois que o ensaio terminou- Te dou uma carona até em casa.

  -Não precisa, estou com minha bicicleta.- Respondeu sorrindo agradecida.

  -Está bem, mas não demore muito aqui então, a escola está vazia.

  Assentiu.

  -Vou embora assim que guardar os matérias.

  Seu telefone tocou, ela o pegou e leu: Lucas. Ele estava chamando-a, mas ela não queria falar com ele ainda, então desligou o celular.

  -Olha que bonitinho.- Uma voz venenosa soou atrás dela, já que estava de costas.

  Taylor se virou e viu Sarah a observando com escarnio, sozinha.

  -Ele até já a está a chamando. O que ele fez para merecer essa sua frieza?- Deu risada, dando passos para frente, chegando mais perto dela -É uma jogada sua para tentar conquista-lo?

  -Nada disso é da sua conta.- Respondeu Taylor.

  -Oh, sim... é da minha conta.- Seu sorriso era cruel, debochador -Eu vejo você por ai, se fazendo de boazinha, cercando o Lucas.

  Sarah estava tão perto, que apenas um passo bastaria para que seus corpos se chocassem.

 -Ele nunca vai querer você, ratinha!- Gritou em seu rosto. -Olhe para você e seus ridículos óculos, vive se escondendo em bibliotecas e usando roupas que nem são do seu tamanho. Que tipo de menino iria querer você? Você é tão sem graça e ridícula.- Despejou.

  Taylor tentou argumentar, mas o veneno da Sarah entrou nela e ela quase concordava. Era isso que pensavam dela? Que ela era ridícula?

  -Lucas tem pena de você.- Continuou -Mas a pena não é maior que a vergonha, ele nem ao menos almoça com você na escola. Você achou que podia ficar com ele, não é? Mas nunca irá acontecer, ratinha. Você não está no mesmo nível que ele. E melhor, você não sou eu. Você não pode tomar o posto de namorada do Lucas, porque eu o ocupo e eu não sairei dele nunca, pois o Lucas me ama.

  Suas palavras se finalizaram e Taylor estava tão humilhada como nunca, seu rosto estava tão vermelho. Ela queria chorar, mas não daria esse gostinho para a Sarah.

  -Lembre-se disso, ele nunca irá gostar de você.

  E foi embora, saindo pela porta com tanta satisfação que deixou Taylor doente. 

  Ela era realmente patética, vivendo por um garoto que nunca a enxergaria. Ele sempre ficaria com uma Sarah... Ela nunca teria vez.

  Ao sentir o choro chegar, saiu da escola e foi até a sua bicicleta. Pedalou até aonde se sentia a vontade, até o riacho dentro da pequena floresta perto da escola. Ela costumava ir lá com Lucas, seus nomes até estavam cravados em uma das árvores.

  Taylor deitou no chão, se apoiando na árvore de frente para o rio e chorou. Chorou como nunca antes, sentindo a humilhação a adentrar. Ela se sentia horrível. Nem mesmo tinha noção de quanto tempo estava sentada ali chorando.

  Sentiu alguém a abraçando.

  -Shhhh, Taylor.- Ouviu a pessoa dizer, antes que ela pudesse se assustar, reconheceu a voz: Lucas.

  -O que houve?- Perguntou aflito- Por que está chorando?

  -C-como m-me a-a-achou?- Taylor tentou falar, gaguejando.

  -Você não me atendia, então esperei na porta da sua casa mas você não apareceu. Então pensei que estaria aqui, é o que sempre faz quando está estressada. Agora por favor, me diga por que está chorando.

  Em vez de explicar, o choro piorou e Taylor continuou chorando em meio ao abraço mortal que Lucas lhe dava e com seu rosto abafado contra seu pescoço, ensopando a sua camisa.

  Quando finalmente parou, ficaram em silêncio apenas observando o rio. 

  -Você vai me contar o que houve?- Tentou, sentindo que poderia matar quem a fez chorar.

  Taylor negou com a cabeça. Ele não acreditaria nela se contasse, como não acreditou em todas as vezes que tentou. É como ela sempre pensou antes... ela sempre estaria em ultimo lugar na lista dele e ele sempre em primeiro na dela.

  -Tay, eu senti muito por ontem. Eu gritei com você, descontei a minha raiva em você e você não merecia.- Suspirou, a culpa o corroía por dentro e vê-la chorando não ajudava -Hoje de manhã, quando fui na sua casa e percebi que você não estava, eu me senti um idiota. Você pedalou até a escola só para me evitar.

  Ela queria negar, mas não podia. Era verdade.

  -Só... me desculpe, Tay.

  -Eu te desculpo, Lucas... mas apenas não quero ficar muito perto de você no momento.- Ela admitiu, realmente se atrapalhando nas palavras e ao mesmo tempo fazendo-as soarem duras -Em toda maldita coisa eu te coloco em primeiro lugar, em toda vez na minha vida. Eu nunca pedi para você em colocar em primeiro lugar na sua vida, mas eu não sou a segunda, nem a terceira ou a quarta, eu sou a ultima Lucas. Sempre a ultima.- Ela estava começando a chorar novamente -Até mesmo na escola, doía ver que você não sentava comigo na hora do intervalo, mas eu relevava... mas então comecei a pensar que provavelmente você não queria ficar perto da nerd por muito tempo. Talvez eu esteja sendo injusta e que isso não seja verdade, mas não deixa de doer. 

  Lucas não sabia o que dizer, apenas olhou para ela. 

  -Quem te falou isso, Taylor? Quem te fez pensar assim? Eu não entendo... 

  -Lucas, se você precisa de mim para fazê-lo entender o motivo das minhas palavras.- Ela o cortou, falando suavemente -Então você realmente não merece entender. Eu até tentei te dizer, mas você nunca ouviu e talvez nunca vá, porque eu não tentarei te mostrar nada novamente.

  Sarah permaneceria pisando nela como sempre fez. Como no dia em que derrubou os seus livros, machucou o seu braço ou a fez cortar o cabelo depois de ter colado chiclete nele, o que foi doloroso, já que seu cabelo era imenso e agora estava na altura dos ombros, teve uma vez em que a fez tropeçar nas escadas, ou que jogou comida nela no refeitório, fazendo parecer acidente. Em todas as vezes, Lucas acreditou nela. Sempre na Sarah, nunca ela... que foi sua amiga por toda a vida.

  Ela estava farta disso.

  Se levantou e andou até a bicicleta deixando Lucas parado perto do lago, olhando para ela. Provavelmente a achava louca por ter surtado e não explicado exatamente um motivo, mas ela sempre lhe mostrou o motivo.

  Naquela noite, ela chorou até dormir tentado colocar na sua cabeça que sempre mereceu algo melhor que isso. Do quê ao nada que ela se dedicava. E ela precisava começar a criar algo concreto, e não seria com Lucas...
  
Continua.
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