I'll smile even if hurts... for you RiSe.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Embora eu não possa acreditar
Eu sinto como se eu fosse capaz de vê-la
Eu sinto que é uma mentira
O fato de que você me deixou
Seu belo rosto que está sorrindo na foto
Apesar de ter deixado de estar ao meu lado de repente
Eu não quero chorar, de modo que você não tenha que se desculpar
Vou tentar viver um dia sem você agora


Não importa o quanto dói, e mesmo se as lágrimas continuarem a se formar eu vou sorrir
Eu quero sorrir enquanto eu pensar em você
Mesmo quando eu disser que eu estou bem agora
E agir como se nada tivesse acontecido, eu continuarei pensando em você


Mesmo admitindo que as lágrimas continuam caindo
Eu não quero chorar, para que você não tenha
Vou tentar viver um dia sem você agora
Não importa o quanto dói, e mesmo se as lágrimas continuarem a se formar eu vou sorrir
Eu quero sorrir enquanto eu pensar em você


Para que você não tenha que sentir pena
Sempre que meu coração doer e eu tiver um tempo difícil
Pessoas ao meu redor tentarão me consolar


Eu espero e espero por isso, por favor, seja feliz
Eu não quero chorar, para que você não tenha que sentir pena
Vou tentar viver um dia sem você agora
Não importa o quanto dói, e mesmo se as
lágrimas continuarem a se formar eu vou sorrir
Eu quero sorrir enquanto eu pensar em você
E vou sorrir mesmo que doa.
Do hoje para sempre


  16 de agosto passou e com ele seu aniversário, e novamente você não estava mais aqui para comemorar e foi triste o quanto só conseguia pensar que a apenas alguns anos você comemorou seu aniversário em um meeting e usou chapéu de festa com formato de cone, com todas as meninas ao seu redor te parabenizando. Você estava tão feliz. Nesse ultimo dia 7 de setembro, se fez 4 anos que você se foi para sempre e eu nem ao menos pude perceber o tempo passar tão rápido. Espero sempre o mesmo para você: que esteja feliz onde quer que esteja, recebendo muito amor, afeto e cuidado, porque era tudo o que recebíamos de você. Eu te amo, RiSe. Hoje e sempre. E vivo desejando que eu tivesse te conhecido antes do acidente da forma como consegui te conhecer melhor depois de tudo, infelizmente. Nem mesmo quero imaginar como deve ser para quem conviveu com você da forma como eu não convivi. Muito obrigada, little RiSe ♥ Você nunca será esquecida, nem você e nem a EunB

Oneshot- Como não esquecer você.


 Titulo da postagem: Como não esquecer você.

  Lembra quando nos conhecemos? Foi como ódio e simpatia mutua a primeira vista. Eramos da mesma classe desde a quinta série e nunca havíamos realmente trocado palavras um ao outro até nosso primeiro ano em que fomos pareados como parceiros de classe e tivemos que sentar juntos durante todo o ano. Quando o professor terminou de dizer isso, você levantou e me chamou de frigida, se recusando na época a sentar-se ao meu lado. 

  Fiz deboche de sua negatividade destinada a mim e até lhe dei um sorriso sarcástico, mas o que você não sabe é que doeu, sabia? E muito. Você sofria as mesmas pressões dos pais ricos quanto eu para ser o melhor em tudo. Nas notas, comportamentos e na vida em geral, e deveria saber que ser julgado por ações que não são próprias de seu próprio ser. Era injusto demais ser julgada por agir como fui determinada a ser e quando não era algo que podia mudar por mais que quisesse. Então revirei meus olhos e disse que também me recusava a sentar com um fracassado como você e ambos sabíamos ao que eu me referia, nossos pais eram amigos de negócios e quem era desse meio sabia que havia tentado se matar por não aguentar mais a pressão de seus pais. Acabamos sentando juntos de qualquer modo apesar da relutância.

  No primeiro mês, nos evitávamos e você sempre me machucava com palavras enquanto eu fazia o mesmo despejando meu veneno em cima de você. Até o dia em que marcamos de fazer um trabalho em dupla e eu não compareci ao local, você me esperou por minutos a mais se preocupando com o comportamento não tipico meu que fez você correr até a minha casa e evitar meus pais e seguranças, que te deixaram passar por ser conhecido, e evitando que eu me machucasse após minha mãe ter me dado um tapa forte no rosto por eu ter dito que não queria seguir a carreira de meus pais. Você me visitou todos os dias no hospital enquanto eu me recuperava e me levava leite de morango todas as vezes. Eu passava o dia esperando você chegar e quando chegava, meu coração parecia que iria explodir de tão rápido que batia. Você nem ao menos contou a ninguém sobre a minha situação, pois sabia que eu odiava parecer fraca. Poderia ter dito a todos e ter se vingado por eu ter feito o mesmo com você. 

  Foi rápido eu me apaixonar, você passou a ser o meu tudo. Seu sorriso era o que me fazia melhor. Você era o meu remédio. Queria que percebesse o quanto você era lindo, incrível, amável e forte mesmo naquele tempo em que eramos crianças. Quando eu melhorei, passei a ocupar meu tempo com você e você fazia o mesmo. O vazio ia embora quando você estava por perto. 

  Sofrer punições de meus pais, hematomas, xingamentos, horas estudando até meu nariz sangrar pela pressão, regimes rígidos de minha mãe que me fazia comer pequenas refeições por dia e fazer meu estômago doer até conseguir com que eu chorasse. Valia a pena aturar todas essas coisas apenas para te ver sorrir para mim. 

  Mudamos um ao outro, não eramos mais solitários frios infelizes e todos passaram a notar isso. Era bom passar tempo com você, lembra de nosso lugar que apelidamos de "Terra dos solitários"? Era em um dos espaços no ultimo andar de nossa escola e você como líder e primeiro aluno da sala e eu como segunda melhor aluna tínhamos a posse das chaves e íamos lá sempre, até mesmo decoramos colocando luzes, plantas e até um sofá para ficar confortável e agradável. E foi lá a noite que lhe contei que queria ser escritora e sua reação foi dizer "escreva sobre nós algum dia, conte a todos como nós eramos cores vibrantes em um mundo cinzento." Naquele dia tive certeza que eu te amava e que nunca haveria alguém em minha vida como você. 

  Tivemos todas as nossas primeiras vezes juntos.. Ir a um parque de diversão, brincar em um playground, jogar vídeo game, beijar e até mesmo aquela primeira vez.  

  Duas crianças enjauladas libertando um a o outro

  Quando seus pais te forçaram a ir para o exterior em nosso ultimo ano escolar para aumentar seu currículo, eu achei que morreria sem você e de alguma forma eu morri. Não tinha você me segurando sempre que eu desabava. Tudo era tão infeliz mesmo que nos falássemos e nos víssemos de modo virtual. As obrigações e tarefas faziam com que conversaremos cada vez menor e nosso lugar se tornou apenas o meu. Ficava imaginando o que fazia sem mim.

  Me perguntava se era tão difícil para você também como era para mim. Você era meu único amigo quando todos na escola e em minha vida me odiavam e só me tratavam bem por causa do meu poder e dinheiro. Finalmente o período escolar acabou e eu era a primeira no ranking escolar já que você não estava mais, e ainda sim não voltou.

  Comecei a faculdade de direito e minha vida era vazia, nossas conversas eram carregadas desse sentimento. Havíamos mudado tanto que não nos reconhecíamos mais. Você fazia medicina agora e havia se tornado mais sério e focado. Eu estava mais dura, adulta e mais vazia que nunca. Tudo o que havíamos tido havia se finalizado sem que precisássemos dizer alguma coisa.

  Percebi que perdi meu melhor amigo quando paramos de nos falar todos os dias e as ligações viam semanas após semanas até virarem meses, você não me chamava pelo meu apelido e sim por uma abreviação de meu nome, e quando você não me pedia para ficar, apenas me dizia uma saudação antes de desligar, eu desejava que tivesse pedido para que eu ficasse todas as vezes. Ficava até mesmo receosa de te chamar para conversar quando te observava online e me machucava ver que não falava comigo.

  Dois anos se passaram sem contatos a não ser por mim mesma olhando seu perfil e ver que você namorou nesse tempo uma linda mulher que era enfermeira e eu também namorei um estudante de direito de minha classe. Tentei duramente conseguir me apegar a ele, porém isso não aconteceu.

  Sem perceber eu fazia uma lista de coisas para fazer para não te esquecer, como comprar o perfume que usava, guardar presentes que havia me dado, manter um cachecol e uma jaqueta sua em meu próprio armário e nunca apagar mensagens antigas suas. O que eu não sabia era não conseguiria te esquecer nem se tentasse. Era meio patético isso, eu sei. 

  Você retornou para a Coreia pouco tempo depois e eu escutei sobre isso através de fornecedores da empresa de meu pai. Tentei agir normalmente e continuei vivendo fingindo estar confortável. Seus pais fizeram uma festa de boas vindas para te apresentar a todos da empresa de seu pai e meus pais como amigos negócios dos seus foram convidados e eu tive que ir com eles. Estava nervosa e minhas mãos tremiam, o vestido em tom pastel que eu usava de dois mil dólares parecia apertado demais. Me sentia completamente sufocada, prestes a ter um ataque de pânico.

  Você apareceu nas escadas com roupas sociais pretas e eu sabia que não poderia olhar o tempo todo para você sem disfarçar toda a minha frustração. Eu estava me retirando da sala quando senti seu olhar em mim, fazendo com que me apressasse mais e sim, estava fugindo. Com passos longos, segui pelo corredor após subir as escadas para evitar fornecedores de meu pai me bajulando ou dando em cima de mim, assim que vi um deles no mesmo corredor, abri a primeira porta adentrando lá. Atrás da porta arfando pesadamente, escutei os passos do homem ficando cada vez mais longe e fiquei aliviada.

  Menos um.

  Então senti um perfume familiar e me virei já sabendo onde estava, ligando a luz apenas para confirmar a suspeita. Paredes bege, um tapete maciço e caro sobre um piso ainda mais caro, com móveis importado eram um verdadeiro deboche. Tudo ali era familiar, inclusive o quadro na parede que havíamos pintados juntos em tons em azul após eu ter te dito que era a minha cor favorita. A única coisa que eu não esperava eram fotos nossas e até minhas sozinha em cima de prateleiras com objetos que você costumava colecionar. Fotos nossas na escola, com nossos rosto colados e fazendo aegyo, sorrindo e até beijando sua bochecha seguiam extensões. Então havia fotos minhas sozinhas, em todas eu estava distraída. Em apenas uma eu olhava direto para você sorrindo largamente e dava para perceber tudo o que eu sentia através de meus olhar.

  "Essa é a minha favorita." Você havia dito atrás de mim se referindo a foto, me assustando e eu a deixei cair, você pegou do chão e a analisou sorrindo. E finalmente ali enquanto te encarava, percebi o quanto senti realmente sua falta. Eu estava arrasada e com o coração partido. Não troquei uma palavra quando resolvei caminhar para longe de você, até que segurasse pelo pulso e me puxasse para um abraço. Lágrimas encheram meus olhos. Meu melhor amigo estava ali, mas ao mesmo tempo não era mais ele. "Me desculpe.". E foi nesse momento que você me quebrou como se eu fosse uma promessa. "Senti tanto a sua falta.". Eu não sabia o que dizer, então expressei tudo com lágrimas e você ficou lá comigo sem nunca me soltar. 

  Você queria conversar e eu sentei com você em sua cama um pouco afastados um do outro, tentei escondei meu embaraçamento. Então começou a falar de como ficar longe de mim havia sido ruim, que você sentia tanto a minha falta que era difícil de respirar e que ficava tentado a voltar todos os dias, e que o primeiro ano havia sido o pior. Foi quando percebeu que estava me privando de ter um relacionamento com outra pessoa quando não sabia quando voltaria, que se preocupava que eu nunca me esforçasse socialmente já que em minha cabeça tinha você e só isso bastava. Então resolveu diminuir o contato mesmo que doesse namorou alguém pensando ter superado. Mas não havia. 

  Ele fazia tudo exatamente como eu em matérias de seguir em frente, sempre procurando saber de mim e quando visitou meu perfil online um dia e percebeu que eu estava em um relacionamento sério, ele odiou a si mesmo por ter me empurrado para longe. Demorou um pouco, mas finalmente percebeu que não poderia mais ficar longe de mim.

  Fiquei sem saber o que pensar na hora. Eu queria te odiar. Eu queria te amar mais que nunca. Eu estava queimada. Sussurrei um "Irei sair primeiro. Não me siga, por favor."  e você me deixou ir com um breve murmuro. Não desistiu quando não te liguei mais e foi até a minha casa. Depois de uns dias querendo manter distância e sentindo muito a vontade de responder a todos os seus avanços, dei meu braço a torcer e tivemos um encontro em um parque de diversões. Era como se eu fosse adolescente novamente.

  Naquele dia eu pude sorrir de verdade, pude rir como uma criança e me sentir inteira de novo. Você não reclamou nem mesmo quando te arrastava para brinquedos infantis e até me faz comer alimentos que normalmente evitaria como cachorro quente e algodão doce. E não pense que não vi seu sorriso quando toquei seu braço para que fossemos ao carrossel. 

  Não sei quando te perdoei exatamente e talvez não tivesse nada para perdoar, entretanto nada entre nós havia mudado. Eramos os mesmo de sempre, só mais endurecidos pelo tempo. E quando você me beijou no topo da montanha russa, me senti em um dorama e em minha cabeça teve até trilha sonora. Foi perfeito. Estávamos juntos novamente, isso era tudo o que importava e tudo o que eu queria. 

  Mantivemos nosso relacionamento para nós mesmos por um mês por minha vontade até que todos ficaram sabendo e aprovaram, já que seria uma ótima junção de negócios. Esse era o mundo frio que conhecíamos e eu me sentia sortuda por nos amarmos, crianças tão quebradas como nós dois eram difíceis de conseguir algo de tamanha magnitude. Lutamos contra o mundo e conseguimos nosso próprio negocio desvinculado de nosso pais, eles eram pessoas terríveis e nunca haviam tido algum sentimento materno em relação a nós dois.  

  Só lamentava que tivemos demorado tanto para nos sentirmos livres dessa forma. Eles não podiam mais nos machucar.

  O dia que mais gosto de lembrar foi o que recebi uma ligação sua me pedindo para subir até o telhado de nossa antiga escola, e eu não fazia ideia de como havia conseguido a chave ou permissão e muito menos o que queria, mas fui mesmo assim. Você havia preparado tudo da forma como era a "Terra dos solitários" de quando eramos adolescentes, com luzes de pisca-piscas decorando tudo, iluminando a noite e uma mesa pequena destinada a um jantar romântico no meio de tudo. Então depois de tudo você disse "Quando fui embora fiz uma lista de Como não esquecer você. Levei milhares de fotos suas, guardei um moletom que havia pego em sua armário e um cachecol com seu perfume, e lia suas mensagens antigas para mantê-las em minha mente. Mas era impossível te esquecer, eu não precisava de nada para saber disso. Você estava lá comigo, em todo lugar que eu olhava.

  Então você pegou uma pequena caixinha em seu bolso e a abriu, revelando um lindo anel de ouro com uma esmeralda no meio. "Você é a cor mais vibrante que existe nesse mundo cinzento." então me pediu em casamento enquanto eu gritava sim e corria para pular em seus braços.

  Esse foi o verdadeiro inicio de nossas vidas. 

  Hoje relembro de tudo o que aconteceu como se não tivesse se passado anos e olho para nossos filhos e vejo você neles, vejo força e beleza, somos os pais e heróis deles como os nossos nunca haviam sido. Todos os dias, você é a ultima pessoa que vejo ao dormir e a primeira que vejo ao acordar, e isso nunca fica velho. Difícil lembrar que eu havia sido uma garota fria, mimada que fazia o que queria por ter dinheiro e poder, extremamente infeliz e odiada, e você um garoto depressivo que havia se deixado vencer. Conseguimos ser completamente diferentes dessas versões antigas e frustradas de nós mesmo, versões antigas que todos esperavam que continuássemos sendo quando estivéssemos adultos. 

  Guardei suas palavras e escrevi sobre nós dois como me disse para fazer, e talvez não seja o texto mais perfeito, nem mesmo está impresso em um livro e sim em uma postagem em um blog, mas o que importa é que está escrito aqui. 

  E todos os dias eu tenho certeza de uma coisa. Eramos realmente cores vibrantes, sempre havíamos sido, mas agora nosso mundo não era mais cinzento.

  Desde que tínhamos um ao outro, nunca havia sido. Só não sabíamos disso antes.

                       FIM

Feliz 18 anos PARA MIM!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015


  Passei uma boa parte da minha infância imaginando como seria quando eu tivesse 18 anos e desejando isso tão duramente que seria como "De repente 30", piscaria e chegaria a parte em que era adulta. E adivinha? Não me sinto adulta. Talvez só com muito mais responsabilidades e uma noção maior do mundo do que quando era criança. Mas no fundo, no fundo, ainda sou uma criancinha que segura a mão da mãe para atravessar avenidas, a que tem medo de escuro e de ir a lugares sozinhas, e com certeza sou a mesma menininha que chora por qualquer coisa. Ao mesmo tempo ocorre uma imensa antítese, porque me sinto tão adulta! É meio sufocante pensar que responderei por mim mesma e não aos meus pais, é apavorante e excitante ao mesmo tempo! Espero que seja uma idade cheia de ótimos momentos, que eu consiga aproveitar sem me arrepender e que seja completamente feliz, quero muito conseguir ser mais sociável e parar de tentar fazer as pessoas gostarem de mim quando sei que não gostam. Espero me amar mais e ser mais feliz, com certeza espero estar bem por dentro e por fora. Me desejem boa sorte pessoal e parabéns (apesar de ter sido dia 27 e eu estar atrasada por alguns minutos), porque estou desejando tudo isso a vocês, hoje e sempre! 


TAG: 50 fatos sobre mim.

domingo, 13 de setembro de 2015



(Essa carinha dela, scrr)

Vi essa tag em um dos blogs que visito diariamente e a autora havia se autonominado si mesma, então pensei "por que não fazê-la também?" e pronto, já me encontrava aqui digitando fatos que ninguém quer ler sobre a minha encantadora pessoa. Tentei pensar em uma foto para capa e não consegui pensar em ninguém com que a personalidade parecesse com a minha além da Krystal Jung. Não consigo explicar o porque disso. Me identifico muito com ela. Principalmente quando o cabelo dela estava assim (x).  
  •   1.  Não tenho cor favorita, mas se tivesse seria azul esverdeado. 
  •   2. Sempre quis ser psiquiatra, porém não me acho inteligente o bastante.
  •   3. Odeio matérias de calculo e estudar em geral.
  •   4. Sou muito dispersa e só me concentro em algo quando é de meu interesse.
  •   5. Tenho medo de escuro e de ficar sozinha.
  •   6. Quando fico nervosa, acabo ficando tonta e quase sempre desmaio.
  •   7. Queria conseguir me dedicar a religião que acredito.
  •   8. Meu número da sorte é o número 7.
  •   9. Gosto de livros de romance mais que qualquer coisa.
  •   10. Não sei o que faria sem minha mãe.
  •   11. Minha fruta favorita é maça.
  •   12. Queria que as pessoas gostassem mais de mim.
  •   13. Tenho 1,60 de altura, sou baixinha (cry)
  •   14. Meu gênero preferido de filmes é terror, mas tomo cada susto e nunca consigo dormir depois.
  •   15. Tenho mania de encarar as pessoas sem querer.
  •   16. Não suporto frutas como manga, caju, maracujá e laranja.
  •   17. Tenho dificuldade em me aproximar das pessoas, então sempre me acham indiferente.
  •   18. Associo alguns nomes a cores e frutas. 
  •   19. Sempre quis ser escritora (pena não ter talento).
  •   20. Tenho aversão forte a relógios, e isso é meio (????)
  •   21. Sou alérgica a refrigerante, mas mesmo assim continuo bebendo.
  •   22. Meu vicio em Coca-Cola é tão forte que fico irritada quando não bebo.
  •   23. Queria ser cantora e tenho mania de cantar o tempo inteiro sem nem perceber.
  •   24. Gosto de dançar, mas não danço bem.
  •   25. Aprendi inglês por conta própria e desde criança conversava sozinha em inglês.
  •   26. Nunca me interessei por músicas nacionais.
  •   27. Não suporto agulhas.
  •   28. Meus desenhos animados favoritos são Lilo & Stitch, Anastácia e Cinderela.
  •   29. Morro de medo de nunca me apaixonar e não ser correspondida.
  •   30. Pretendo ficar uma ano descansando após terminar a escola esse ano.
  •   31. Detesto que mexam nas minhas coisas.
  •   32. Odeio estar errada.
  •   33. Sempre sou a primeira a pedir desculpas.
  •   34. Pareço a Sawako de Kimi Ni Todoke em quase tudo fisicamente, é frustrante.
  •   35. Prefiro chocolate branco ao preto.
  •   36. Minha comida predileta é lasanha.
  •   37. Fico doente fácil.
  •   38. Não gosto de comer em público.
  •   39. Nunca consigo entender gírias.
  •   40. Música eletrônica me irrita.
  •   41. Se ficasse milionária, a primeira coisa que faria seria construir uma biblioteca imensa.
  •   42. Passei a amar gatos depois que virei Swiftie.
  •   43. Não gosto de insegurança.
  •   44. Coisas fofas demais me dão medo.
  •   45. Roupas largas são muito amores.
  •   46. Necessito de óculos, mas só os usei por um ano quando tinha 13 anos.
  •   47. Sempre quis fazer uma tatuagem de lua.
  •   48. Acredito fielmente em signos e horóscopos.
  •   49. Não gosto da cor amarela.
  •   50. Meu maior desejo é ter poderes sobrenaturais.


 Enfim, quem se sentir a vontade, pode se autonomear e fazer essa tag também e até quem não tem blog pode apenas dizer 5 fatos sobre si mesmo nos comentários ou algo assim, seria divertido. Até a próxima postagem pessoal! ♥ 

ChanBaek- O casamento do melhor amigo.

Chanyeol

  A pior noite da minha vida foi no dia em que meu melhor amigo disse que iria se casar.  Lembro que estava sentado em seu sofá olhando para frente e vendo a sua namorada sentada ao seu lado, com um sorriso tão grande que mal cabia em seu rosto. Eu odiava aquele sorriso e odiava a mulher que usava trajes finos e falava de forma doce, aquela pelo qual Baekhyun sorria com tanto afeto. Na verdade, não a odiava, só o que ela representava.

  Ele olhou para mim, com seus olhos com um estúpido brilho que eu costumo achar adorável em qualquer tipo de situação, porém não nessa. Eu estava adivinhando as palavras que ele iria dizer e sabia que seriam tudo o que eu nunca iria querer ouvir, pelo menos não direcionado a ela.

  Ela era tudo o que sua família e ele queriam, era até mesmo coreana como nós. Tinha tamanho mediano, cabelo curto na altura do ombro e claro. Poderia até soar invejoso, mas ela era tão perfeita que eu tinha certeza que havia feito cirurgia plástica.

  Eles estavam conversando entre si e ela riu de algo concordando. Eu estava fingindo escutar enquanto encarava o tapete sem nenhum vestígio de poeira, correndo os meus pés por ele. Definitivamente evitando o casal. Ela colocou a cabeça na curva do pescoço do Baek quando ele disse as palavras que me atingiram como um grande terremoto:
  
  -Iremos nos casar- Ele soou tão alegre, isso piorou tudo, ver o sorriso dele me matou. Ambos mostraram seus anéis.

  Eu implorei que fosse um pesadelo, que ele não estivesse pensando realmente em se casar com ela.

  Por favor, não deixe isso acontecer.

  Por favor.

  Por favor.

  -Não está cedo para um casamento?- Tentei soar menos decepcionado do que estava.

  Ambos fizeram negaram com a cabeça e Eun Bi, sua noiva, olhou sorridente para mim.

  -Também está sendo uma grande surpresa agradável para nós.- Eles eram o tipo de casal que tinha que se incluir em um "nós". Olhei entediado para ela. -Escolhemos a primavera como a estação perfeita, então será breve.

  Primavera, já estamos na primavera. 

  Desde os meus doze anos de idade, eu amei o Baekhyun. Eu estava na aula quando o vi entrando na sala de aula, todo mundo ficava comentando que seu rosto era tão impecável que ele parecia uma menina pois tudo nele era suave. A professora entrou na sala, os alunos fizeram referência e depois com a ordem da líder da sala se sentaram novamente. O resignaram a se sentar na cadeira desocupada ao meu lado. Fiquei contente ao saber que ficaria perto de mim por todo o ano. Ao contrario de todos na sala, ele não era idiota, mesmo com uma idade não avançada, ele sempre sabia o que queria. Nem precisava dizer que logo ele foi chamando a atenção das meninas.

  Viramos melhores amigos depois que o salvei de três valentões na escola. Bem, eu não o salvei, salvei, mas também apanhei e ambos ficamos bem machucados. Mas se não fosse por mim, sua situação teria sido pior. Então desde ali, ficamos inseparáveis, mesmo quando ficávamos em turmas diferentes permanecíamos juntos. 

  Comecei a vê-lo de outra forma aos dezoito anos, ele estava virando um homem, apesar de seus traços nunca terem deixado de serem suaves. Entretanto que acho que foi até antes, mas mantive para mim como sempre. Afinal, Coreia sempre foi um país muito tradicional, dois homens juntos seria um escândalo e apesar de nossas famílias sempre terem sido compreensivas sobre tudo, não acho que seriam a isso. 

  Mas agora ele havia encontrado uma menina/mulher a altura dele, uma que não o envergonharia e que seus pais aprovariam. E eu não podia odiá-la por isso, porém não conseguia evitar. Era natural que o fizesse.

  -Queremos que apoie a gente, Chanyeol. Como se fosse um padrinho, já que na Coreia não temos madrinhas e padrinhos.- As palavras foram ditas por ela em um longo sorriso e eu me sentia complemente fora de toda a cena. E eu como um tolo aceitei e os observei comemorar, fingindo que ainda estava ali enquanto minha cabeça e meu coração estão completamente fora do apartamento.

   Fui embora com o passar de alguns minutos e permaneci em meu próprio apartamento, sentado no chão encarando a parede cor de creme por tempo o suficiente para sentir-me um idiota.

  Naquela noite, sonhei com uma recordação nossa aos 15 anos voltando da escola.

  -Chanyeol, onde você acha que estaremos daqui a 10 anos?- Baekhyun me perguntou, enquanto com vergonha mantinha a cabeça abaixada. 

  Segurei a minha mochila com mais força, observando uma outra turma mais velha que a nossa em seu ultimo ano do ensino médio, todos indo para casa juntos conversando animadamente e rindo. 

  -Não sei, Baekhyun. Mas quero ser como eles- Apontei para o grupo.

  Baekhyun pareceu curioso e zombou -Eles não são tão mais velhos assim que a gente. 

  -Mas vejo eles daqui a alguns anos se formando e mantendo contanto- Apontei para as duas melhores amigos com pingente iguais em suas mochilas -Gosto de imaginar que aquelas duas amigas permaneceram juntas, encontraram os amores de suas vidas, casaram e terão filhos e ainda serão melhores amigas, uma ligando para a outra e se encontrar para falar sobre coisas do cotidiano. E aqueles outros quatro ali...- Apontei para o quarteto de garotos rindo alto olhando outras garotos -Consigo ver todos tomado rumos diferentes, e ainda sim unidos. Penso que pelo menos três deles ou dois manterão contanto.

  O menor olhou para o grupo com outros olhos -Gosto de pensar que nós também iremos ser assim, que tomaremos rumos diferentes. Mas que ainda estaremos aqui, juntos. 

  Byun Baekhyun sorriu para mim e eu sorri de volta, sentindo meu coração se encher de um sentimento perturbador que embrulhava o meu estômago. Naquele momento jurei que nunca tomaríamos caminhos contrários. Ele sempre seria meu melhor amigo.

  -Promete?- Perguntou a mim e eu ergui o meu dedo mindinho.

  -Prometo. -E juntei nossos dedos mindinhos, os juntando.  

  E eu mal sabia na época que seria meu primeiro e único amor.

  Acordei atordoado com a lembrança. Era normal lembrar de algo em um sonho? Meu coração batia forte e eu estava começando a lembrar do presente.

  Baekhyun estava se casando, não importa o quanto eu lamentasse, ou o quanto doesse. 

  Eu estava sentindo um vazio tão grande que chegava a ser doloroso. Tudo o que eu podia fazer ali no silencio de meu próprio apartamento era gritar e chorar. 

  Os preparativos para o casamento começaram semanas depois e em dois meses, tudo estava completamente pronto. Baekhyun estava radiante e sua adorável noiva estava mais ainda, já até havia comprado um vestido de noiva. Ambas as famílias faziam festa. Afinal, ali estava o arranjo perfeito, o marido perfeito e a noiva perfeita. 

  O vazio nunca foi embora.

  Quando mais tempo se passava, mais ele aumentava. Era como um buraco negro sugando tudo em seu caminho, criado por uma estrela morta e iluminado por pura destruição, destruindo qualquer possibilidade de fuga a não ser, ser arrastada para a escuridão.

  Quando se tem a certeza que se ama alguém e sabe que a pessoa nunca  irá corresponder, um pouco da sua alma morre, é como se o seu amor fosse um pedaço dela e ela apodrecesse. Você vive incompleto. Eu estava incompleto. 

  -Senti sua falta, Yeol.- Baekhyun sorriu para mim quando entrei em seu apartamento após ele ter me chamado. 

  Ele ia se casar em duas semanas.

  -É, sumi por alguns dias por causa do meu trabalho, meu chefe está sendo rígido.- Isso era uma completa mentira, mas eu não iria dizer que estava o evitando.

Ele riu -Você deveria descansar um pouco. Pensei que estava me evitando. 

 Jura? Você pensou? Pensei ironicamente.

  -Como conseguiria tal dádiva?- Tentei soar brincalhão -Não consigo te evitar quando sempre te acusam de perturbação de paz e eu sou seu melhor amigo e advogado.

  Ele deu de ombros e riu.

  -Só foram quatro vezes, então nem me venha com isso.

 Me movi pela sua sala de estar e sentei-me em seu sofá branco impecável, tentando ficar o mais longe o possível dele. Seu perfume doce estava embriagando o ambiente e me fazia pensar em como costumava amar o seu antigo perfume. Era um que lhe dei de presente, ele passou a usar e gostou, então em seguida o aderiu.

  Agora, ele usava um que ela havia lhe dado de presente.

 -Por que me chamou hoje, Baekhyun?

  -Não esperava que ficasse tão distante de mim duas semanas antes do meu casamento.- Ele levantou e então se sentou próximo a mim, nossos ombros se encostando. 

  A vontade de me afastar era tão forte quanto a de ficar ali, bem perto dele, sabendo que ela tinha o que eu nunca teria. O amor dele. Ele.

  -Sinto muito, acho que não será possível que eu fique por perto apesar de tudo. Talvez eu me mude de Seol por alguns meses a trabalho. 

  Após um tempo, finalmente percebi que não poderia ficar perto do casal perfeito e mesmo depois que voltassem da lua de mel, seria difícil vê-los. Poderia ser um pouco egoísta, mas eu iria me proteger de toda a situação. Então decidi aceitar a proposta de meu chefe de me mudar para a China por um tempo para resolver um caso de uma grande corporação e eu poderia ficar três meses lá da forma que eu quisesse.

  Seria uma boa férias longe de tudo.  

  O único empecilho agora era achar um outro advogado para me ajudar com a causa, já que o processo era muito importante.  

  -Como? Você não vai ficar?- Baekhyun franziu a testa e olhou para mim confuso -Achei que iria querer ficar até o casamento.

  -Eu irei partir logo após o casamento.

  No momento em que ele olhou para mim, pensei que havia conseguido enxergar algo que nunca disse, até que ele disse as palavras erradas:

  -Sei que não gosta da Lee Eun Bi.- Fiz careta ao ouvir seu nome, acho que se parecia com a expressão de alguém que comeu algo azedo e foi completamente involuntário, um simples reflexo não pensado. -Percebi isso a muito tempo, sempre que ela está por perto, você fica bastante irritado e distante. Mas ela é uma boa garota e bastante amável. 

  Demorou um tempo para eu conseguir raciocinar exatamente o que ele estava dizendo, até conseguir arranjar uma resposta sincera.

  -Eu sei, ela realmente é uma boa garota.- Eu não a odeio por ser apenas ela, eu a odeio por ser sua.

  -É um alivio ouvir isso, não quero que você fique distante de mim, Chanyeol.- Essas palavras não me faziam bem algum, mas me deixavam aliviado -Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, se não é a mais importa, não quero te perder. 

  Por favor, pare.

  Pare de doer.

  Doí tanto.

  -Você não vai me perder, Baekhyun. Eu só vou ficar distante por um tempo, depois sou todo seu.- Brinquei, querendo que fosse realmente verdade.

  Se eu me adaptasse a China, iria permanecer lá... longe dos dois. Porém, isso era algo que eu ainda não havia decidido. Ficar longe do meu melhor amigo seria algo complicado e doloroso, eu precisava dele por perto e era essa conexão que eu precisava quebrar, ou a única coisa a se quebrar seria o meu coração.

  Nunca seria dele.

  Ele riu e colocou os seus braços sobre os meus ombros, me dando um abraço.

  -Fico feliz em ouvir isso, espero que cumpra o que diz. Você prometeu que estaria sempre aqui, lembra?

  -Eu lembro sim, mesmo tendo se passado anos assim como planejávamos.- Dei um sorriso de lado, lembrando do sonho que tive.

  Baekhyun levantou seu dedo mindinho e eu o meu, os entrelaçando. Isso era algo que fazíamos sempre, era como um "batimento" ou "comprimento" da amizade. 

  Já em sua casa depois do café enquanto conversávamos, ouvimos o barulho de uma porta se abrindo e passos ecoando, até a preciosa noiva aparecer com sua amiga Kyungri, que aparecia bastante em todo lugar onde ela costuma estar. O olhar que Kyungri dá a Lee Eun Bi sempre que pensa que não tem ninguém olhando é algo que compreendo. Era a mesma forma como eu costumo olhar para o Baekhyun. 

   E as vezes, conseguia ver a EunBi olhando da mesma forma para Kyungri. Comentei isso uma vez para Baekhyun, mas ele não ligou muito e falou que ambas era amigas de longa data.

  Eu até poderia pensar que era paranoia minha, mas eu sabia que não era, por mais que no fundo eu pudesse ter sentimentos egoístas sobre isso. Apesar de tudo, não queria que o Baekhyun fosse feito de bobo e se machucasse.

  Elas nos cumprimentaram e ambos respondemos, EunBi se moveu para perto do Baekhyun, envolvendo a sua cintura com o braço em uma espécie de abraço de lado, essa era a única forma de afeto deles com pessoas ao redor. 

  No inicio de namoro deles, eu implicava com ela e gostava de ficar distante, ela sempre teve uma personalidade luminosa e gostava de brincar com o meu cabelo e minhas orelhas, que são um pouco grandes. Um dia briguei com ela e o Baekhyun apareceu e ela se escondeu atrás dele rindo, realmente não captando a minha irritação e pensando certamente ser uma brincadeira. Baek disse uma piada sobre isso e eu sorri para ele e a ouvi rir, então fiz careta para ela.

  -Então, hum... já vou indo.- Murmurei especialmente para o Baekhyun -Tem um caso que precisa de bastante atenção.

  Isso era um mentira deslavada. Como advogado, me acostumei a contá-las.

  -Por favor, fique para o jantar.- Lee Eun Bi disse suavemente, sorrindo.

  Tentei esboçar um sorriso -Obrigado, mas não posso, é importante.

  -Também tenho que ir.- Kyungri falou pegando sua bolsa que estava ao seu lado do sofá e movendo-se para perto de mim, que já me encontrava perto da porta.

  -Posso te dar uma carona se quiser.- Sugeri, sabia que ela não dirigia e não a deixaria pegar um táxi sabendo que podia leva-la. Além do mais, já passava das nove da noite, seria perigoso para uma menina bonita como ela pegar um táxi aquela hora, ainda mais em uma cidade movimentada como Seol.

  Kyungri sorriu largamente para mim -Aceito a carona, obrigada.

  Notei EunBi franzindo a testa para ela. 

  Kyungri me seguia em silêncio pela rua, conseguia ouvir o barulho de seus saltos pela calçada. Ela era o tipo de mulher sofisticada que usava sapatos de salto alto o tempo inteiro sem reclamar e era advogada também, porém não era séria assim como eu, gostava de sorrir.

  Abri a porta do carro para ela e ela agradeceu, mas antes que ligasse o carro, ela me disse para esperar.

  -Precisava falar com você, pois sei quem me entenderá.- Seu semblante era triste -Sei que você sabe que amo a Lee Eun Bi, assim como sei que ama o Baekhyun.

  Olhei surpresa para ela, mas antes que pudesse esboçar uma reação além de espanto, ela continuou:

  -Não precisava ter medo, não contarei a ele. Eu só queria contar isso a alguém, o quanto gosto dela.- Sua voz obtinha um pesar intenso, eu conseguia sentir a sua dor -Sei que nossas histórias se parecem um pouco, apesar de não conhecer a EunBi a tanto tempo quanto você conhece o Baekhyun. Mas eu a muito e meu coração dói de vê-la se casar com alguém, um homem e não só isso... se casar com alguém que não sou eu. 

  Vê-la me contando aquilo ascendeu toda a minha simpatia. Coloquei uma mão em seu ombro, lhe confortando. 

  -Eu... realmente compreendo.- Falei suavemente e ela me encarei, com os olhos cheios de lágrimas não derramas, eu não sabia como lidar com aquilo a não ser falar o que eu sentia -Também amo o Baekhyun, tentei enterrar esses sentimentos, mas é difícil quando ele está arrastando por ai a noiva por tudo que é lugar.

  Ela deu uma risadinha amarga -Me sinto egoísta, mas eu apenas quero ficar longe deles. É como se esfregasse em meu rosto o quanto não sirvo para ela. Sua família até mesmo o aceita de modo que sei que nunca me aceitariam. 

  O preconceito era o pior inimigo para pessoas como eu e Kyungri, medo de não sermos aceitos ou de nossos próprios amores não nos amarem da mesma forma. Como agora.

  Eu sentia uma empatia por ela, pois estávamos em sintonia com nossas dores. 

  -Talvez devesse fazer isso, não acho egoísta se proteger emocionalmente. Tenho uma proposta para você.

   -O quê? Uma proposta?

  -Depois do casamento, resolverei um caso de uma grande corporação na China. Como é um caso delicado, precisa-se de mais de um advogado.- Era bem simples, eu precisava de um advogado urgentemente e Kyungri precisava de férias longe do casalzinho

  Eu odiava estar me tornando amargo. 

  Principalmente sobre isso. 

  -Demorará um tempo para o processo terminar, então poderá ficar um tempo por lá e melhor, a empresa pagará a estadia e as despesas, fora que você ainda receberá muito dinheiro. Então... topa?

  Eu não estava preparado para o seu abraço, ela me envolveu timidamente com os braços, me enchendo com seu perfume doce. Fiquei completamente parado até a envolver também com meus braços seu corpo magro. Ela poderia ser uma ótima amiga. Acho que isso significava um sim.

  Senti um olhar a distância e reconheci a sensação que se apoderou de mim, Baekhyun

  Olhei para cima e encontrei o olhar do Baekhyun olhando diretamente para mim. Suas mãos estavam uma punhos ao seu redor e ele parecia com dor, perdido em pensamentos. Seus olhos encontraram o meu e seu rosto pareceu suavizar. Kyungri ainda abraçada a mim se moveu e sentou-se em seu  lugar, não olhando para cima liguei o carro.

  Ainda podia sentir o seu olhar. 

  Demorou uma semana para me contatar. 

  Chanyeol, por favor, me encontra na cafeteria em frente ao prédio da sua empresa em seu horário de almoço. Nem pense em se atrasar ou te buscarei em casa. Em uma doce ameaça: Baekhyun. A mensagem dizia.

  Ele sabia que eu sempre almoçava na cafeteria em frente ao meu prédio. Era frustrante o quanto ele me conhecia, pois provava como eramos próximos e o quanto iria ser horrível viver sem ele por perto. 

  Fui para o trabalho e tentei me concentrar em tudo o que eu fazia, entretanto, minha mente vagava no fato de que o Baekhyun queria conversar comigo e eu estava curioso sobre qual seria o tema do assunto. Meu chefe me perguntou se estava tudo certo sobre o caso da China e o informei sobre ter encontrado um segundo advogado para defender o caso e ele ficou contente com a informação. Fiquei aliviado por tudo estar em seu devido lugar e Kyungri não ter recuado na decisão.

  Kyungri me ligou a uns dois dias e havia me pedido para levá-la ao casamento, não queria ir só e ter que lidar com sua antiga turma fofocando sobre o fato de estar solteira, já que todos iam acompanhadas e ela não. Eu aceitei, também não queria ir só e Kyungri era uma companhia agradável, além de bonita. Havia se mostrado uma ótima amiga. 

  Caminhei até a cafeteria e avistei Baekhyun, antes ele costumava pintar seu cabelo e deixa-lo castanho, mas agora estava em sua coloração natural e eu preferia assim, era mais natural. Seu rosto suave até mesmo se tornava mais viril. Ele sempre sorria quando me via, mas dessa vez parecia tenso. 

  Nos cumprimentamos e eu o avaliei assim como me avaliou. Não eramos mais próximos como antes do anuncio de seu casamento e ele sentia isso, provavelmente se perguntava o por que. 

  Começamos a conversar sobre coisas cotidianas e ele finalmente relaxou e começou a rir e sorrir como sempre fazia. Baekhyun tinha um espirito infantil e isso era o que mais me agradava nele, já que eu também era assim. Em alguma parte da conversa, ele ou eu colocou a mão dele sobre a minha, e entrelaçamos os dedos por debaixo da mesa, isso era tão comum nosso. Seu polegar acariciava minha mão. Eu sentia quase como se sentíssemos ambos do mesmo modo, mesmo que no fundo soubesse que não era assim... era tão errado e bom ao mesmo tempo. Acho que Baekhyun também não pensava sobre isso, era involuntário.

  -Soube que irá viajar para a China com Kyungri.

  Parei de comer e olhei para ele, engoli antes de falar.

  -Sim, ela será a segunda advogada da causa que estou resolvendo.

  -Então irão permanecer na China por mais de dois meses? Juntos?- Ele parecia chateado.

  -Sim, ou até mais, se houver um processo mais longo que o esperado.

  Ele tirou a sua mão da minha e passou-a em seus cabelos, isso e o fato de estar franzindo a testa entregavam o seu nervosismo. O que me indicava isso, é que ele coçava a cabeça por trás, não na frente como realmente fazia.

  -Ei- Chamei sua atenção suavemente -O que você está pensando?

  -Você... você gosta dela? Como mulher?

 Sua voz era como um sussurro fino e suas bochechas aderiram um tom rosado. Era adorável. 

  Engoli a minha vontade de rir -Não sei, mas por enquanto somos apenas amigos com assuntos em comum. 

  -Assuntos em comum? 

  Estarmos apaixonados pelas pessoas erradas, talvez.

  -É, do nosso caso na China.

 Depois disso, nossa conversa continuou normalmente, porém Baekhyun permaneceu tenso. Dois dias se passaram e até mesmo o acompanhei na ultima prova do terno, ele pareceu feliz. Ele estava feliz e eu apesar da minha dor de cotovelo, gostava de vê-lo feliz. Para a minha própria desgraça.

  Até que chegou o dia. 

  Era um dia lindo e ensolarado, o casamento seria na mansão dos pais do Baekhyun. 

  Me arrumei com a maior calma do mundo, tentando não me apressar. Ajeitei até mesmo a minha gravata e depois fui até o apartamento da Kyungri buscar ela, já que ela era a minha acompanhante. E ela estava deslumbrante, seu vestido era longo e de um rosa pastel, seu cabelo estava em ondulações grossas. Provavelmente havia chorado a madrugada inteira, assim como eu.

  -Amamos os dois o suficiente para os querermos felizes.- Kyungri sussurrou para mim, olhando para a frente.

  Como não seriamos.

  A mansão era linda e o jardim mais ainda. Estava fabuloso, com flores, laços, mesas bem enfeitadas entre outras coisas e um tapete vermelho no meio que dava ao altar deslumbrante. Havia pétalas de brancas por todo o lugar. Como daqueles de filmes de contos de fada. Kyungri se moveu e sorriu tristemente.

  -Eu a ajudei com a decoração, a única parte egoísta foi que tudo está da forma como eu imaginei que seria nosso casamento. Era exatamente assim.

  Coloquei uma mão sobre seu ombro em um abraço de lado e ela enterrou o rosto na curva do meu pescoço. Era de uma intimidade que nunca havia tido com outra mulher. 

  -Finalmente achei vocês.- Baekhyun estava em pé em nossa frente, olhando para nós. Eu respirei fundo e sai de perto da Kyungri, retirando meu braço de seu ombro.

  Eu mal conseguia olhar para ele, então dei uma desculpa e entrei na casa cumprimentando cegamente os convidados, tinha garçons por toda parte servindo bebidas, peguei duas taças em uma bandeja quando um garçom passou por mim. Virei a primeira taça e então a segunda. Não fez muito efeito, o que era um total desgosto. Kyungri para se torturar escolheu subir as escadas e ir para o quarto onde EunBi se arrumava. Não sei quanto tempo passei na sala da casa encostado contra a parede em frente a escada. Bebi mais dois copos e depois me parei. Eu estava bem.

  EunBi apareceu na escada com um sapato de salto alto de cor bege, usando seu vestido de noiva. Ela estava linda. Seu vestido não era longo, era um pouco acima do joelho e apesar de ser simples, era perfeito e tinha uma cauda curta atrás. Seu véu era uma especie de tiara, prendendo seu cabelo para trás. Usava um colar simples, com um pingente pequeno.  Ela acenou para mim. 

  -Como eu estou? Bonita?- Perguntou extremamente feliz para mim, sorrindo de orelha a orelha.

  Fiz um sinal de ok, tentando sorrir e consegui com mais facilidade que achava. -Você está deslumbrante, EunBi. 

  Ela desceu as escadas -Obrigada, Chanyeol! Aprecio a sua opinião. Você acha que combinou com o meu anel? 

  Erguendo sua mão e seus dedos, me mostrou o anel.

  Olhei para o final da escada -Totalmente. Onde está a Kyungri? 

  -Disse que precisava de algo lá em cima.


 Eu sabia que era uma maldita desculpa

  Ela olhou para trás de mim e fez um barulho, era Baekhyun atrás de mim. EunBi correu até ele e o abraçou, ele colocou uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. Desviei o olhar e disse:

  -Vou atrás da Kyungri. 

 Encontrei-a em um quarto, sentada no chão chorando enquanto abraçava os olhos.

  -Ela está realmente fazendo isso. Casando-se hoje. Com outra pessoa que não sou eu.

  A embalei como uma criança pequena.

  -Shhhhh, calma.

  Seu choro continuou frequente.

  -Não temos que ver, podemos ir.

Ela concordou, mostrando que queria ir. Limpei uma lágrima de seu rosto de seu rosto e saímos do cômodo. Descemos as escadas e nos movemos pelo mar de pessoas.

  Então ouvimos a musica. Aquela sem graça que sempre toca para anunciar que a noiva estava se encaminhando até o altar.

  Kyungri saiu de perto de mim -Não posso não ver a minha melhor amiga se casando, seria horrível. Desculpa.

  Olhei para ela, observando-a de perto, seus olhos vermelhos enquanto ela fungava e tentava secar as lágrimas -Eu ficarei também, mas sairei após o casamento. Não ficarei até o final. Então irei para casa e a encontrarei no aeroporto. Tudo bem? 

  Suspirei enquanto ela assentia, entrando novamente na casa. Fui logo em seguida. Byun já estava ao altar e pareceu aliviado ao me ver, sentei-me ao lado de Kyungri. Tudo o que aconteceu depois pareceu um borrão. A música começou quando Lee Eun Bi caminhou até o altar, ficando ao lado de Baekhyun. Não prestei a atenção na cerimonia, peguei a parte em que trocaram as alianças e deram um beijo casto. 

  Sabia que havia terminado. Estava feito.

  Ambos estavam radiantes e por um momento, eu conseguia ver o quanto eles mereciam a felicidade que sentiam. Não havia duvidas que se amavam. 

  Peguei Baekhyun me observando pelo canto do olho quando me virei e fui até a casa novamente. Parei na varanda, o tempo estava bonito. O sol brilhava forte e a primeiro, minha estação favorita, deixava tudo ainda mais especial. Senti uma mão tocar o meu braço cerca do quinze minutos depois.

  -Por que está se escondendo aqui, dumbo?- Reconheci a voz de Byun antes de me virar para vê-lo.

  -Apenas pegando um ar, baixinho. Tomei mais champanhe do que deveria. -Menti sorrindo.

  -Você sempre exagera em tudo o que faz.- Disse rindo. -Passei pelo menos uns cinco minutos tentando te encontrar.

  -Por que motivo?- Arqueei a sobrancelha e Byun apenas me olhou como se eu devesse saber pois era muito obvio.

  -Achou mesmo que iria escapar hoje sem tirar foto alguma?

  -Eu... não quero tirar não, não me sinto muito bem. 

  Byun não me ouviu e logo eu estava no jardim novamente tirando foto com ele e  jovem agora esposa. Não lhe disse adeus depois quando fui embora, eu apenas fui.

   Liguei meu carro e dei partida. Dirigi pelas ruas de Seol, até parar em frente de meu apartamento. Finalmente me senti pronto para ir embora. Entrando no apartamento, peguei minhas malas, arrumando outras coisas que fui lembrando de levar. Deitei no sofá quando terminei de arrumar tudo de forma confortável suspirando fortemente e fechando os meus olhos. Eu me sentia tão cansado, como se as minhas decisões fossem pesos reais. O cansaço era esmagador...

  Olhei para o relógio em formato de gato em minha parede, a essa hora o casamento já devia ter acontecido. Peguei todas as malas e um boné, colocando-o em minha cabeça enquanto me movia até a porta ajeitando meu cabelo. Alguém tocou a campanha assim que levantei minha mão pra abri-la. Encarei a porta confuso.

  Todos que conhecia estariam no casamento, menos meus pais que estavam no interior da Coreia em uma viagem para ficar como minha avó doente. Meus amigos não costumavam vir a minha casa sem visitar. Abri a porta e fiquei ainda mais curioso com o que encontrei.

  Byun Baekhyun estava em minha frente, vestido propriamente com a roupa de seu casamento em uma combinação maravilhosa de preto e branco. Ele estava suado como se tivesse vindo as pressa. Seu olhar era determinado e afiado. Logo me preocupei.

  -Baekhyun? Você está bem? O que houve?- Derrubei as minhas malas no chão, indo até ele e checando se havia algo errado. Ele segurou meu braço com um sorriso de orelha a orelha, era um pouco assustador, mesmo que ele estivesse tão bonito. O sorriso não contradizia com  a situação.

  -Chanyeol, recorda do que prometemos um ao outro aos 15 anos?- Quebrou o longo silêncio, me sondando com seus olhos escuros. 

  -Claro que me recordo. -Respondi, sem saber onde aquilo iria dar. 

  Baekhyun se moveu para mais perto de mim, suspendendo sua cabeça para olhar para mim já que era mais baixinho que eu. 

  -Juramos um ao outro que sempre estaríamos juntos, não foi?- Falou e eu assenti -Mas o quão juntos? Já parou para pensar nisso. 

  Espera, ele havia dito o que disse? Juntos? A confusão apenas aumentou em uma quantidade astronômica. 

  -Não estou entendo nada, Baekhyun.- Respondi apressado e ele riu -O que houve no casamento?

   -Eu e Lee Eun Bi decidimos não nos casarmos. 

  Como ele poderia dizer tais palavras ainda sorrindo? Ele estava bem? Nada soava coerente.

  -Como assim, Byun? Vocês já se casaram, lembra? Eu estava lá. Você nem mesmo trocou de roupa ainda- Apontei o obvio, gesticulando apressado para suas roupas.

  Caminhei até minha cozinha deixando Baekhyun para trás sabendo que me seguiria e fecharia a porta. Peguei uma garrafa d'água na geladeira despejando-a em um copo transparente de vidro que peguei em cima da peça e entreguei ao baixinho que por sua vez estava estranhando minha reação. Peguei um copo para mim também, bebendo aos goles.

  -Para quê a água?- Encarou o copo como se fosse algo que nunca havia visto antes. 

  -Para você tomar com um remédio de tarja preta, pois nada que diz está fazendo sentido. Ou pelo menos se acalmar e ficar lúcido.- Voltei a beber água novamente olhando para ele.

  Baekhyun franziu o rosto -Chanyeol, eu estava realmente falando sério. O casamento foi anulado. Lee Eun Bi e eu nem estamos juntos mais. 

  E essa foi a parte em que cuspi em sua cara.

  -O QUÊ? COMO ASSIM NÃO ESTÃO MAIS JUNTOS?- Gritei bem perto de seu rosto molhado.

  -Que nojo, Chanyeol!- Baekhyun resmungando com o rosto enrugado enquanto tentava secar seu rosto com as costas das mãos inutilmente. Olhou para sua roupa completamente molhada. Não tinha como secar aquilo. Mas nem ao menos dei importância.

  -Baekhyun, me diga os detalhes pelo amor de Deus!- Desespero era meu nome do meio, o que havia acontecido para que tal decisão acontecesse? Deveria te sido algo muito sério.

  Ele voltou a sorrir como um sociopata. 

  Quem sorria após terminar o casamento apenas alguns minutos depois de se casar? Baekhyun parecia de forma sincera, muito feliz. Muito mesmo.

  Eu voltei a ficar apreensivo.

  -Quando estávamos após a cerimonia, percebemos o quanto o sentimento de termos nos casado parecia apavorante e vazio. Decidimos que gostávamos de outras pessoas. -Falou calmamente -Lee Eun Bi ama a Kyungri e eu... eu amo você, Chanyeol. 

  O copo escapuliu de minhas mãos e se quebrou em minhas de pedaços grandes e outros pequenos, formando uma 'poça' de objetos pequenos, pontiagudos e brilhantes pelo piso de branco de minha cozinha. 

  Algo definitivamente estava errado.

  Ou extremamente certo.

  -Você vai ser cortar, dumbo!- Baekhyun gritou, olhando meus pés- Está até mesmo descalço. 
  
  -O que você disse?

  -O quê? Que você vai se cortar...

  -Não! O que você disse antes?

  Ele corou, olhando para o chão para evitar o meu olhar -Eu gosto de você, Chanyeol. Amo na verdade.

  -V-você me a-ama?

  -Sim, amo. Apenas me sinto um total idiota por ter ido tão longe com alguém que não me fazia sentir nem um décimo da forma como me sinto por você. Lee Eun Bi percebeu a mesma coisa depois que Kyungri apareceu com o rosto vermelho que deixava obvio que estava chorando, ela estava se despedindo para viajar com você para a China quando Eun Bi finalmente percebeu assim como eu.

 -Não podia te deixar ir. Não podia ficar longe de você. Não podia apenas não te ver todo dia. Porque eu te amo, Park Chanyeol. 

  -Não diga palavras precipitadas...

  -Não são. Eu já sinto isso a bastante tempo, antes era um sentimento confuso e estranho, eu não sabia o que era. Desde que entrei nala de aula pela primeira vez na escola nova, eu estava morrendo de medo e o seu rosto foi o primeiro que eu vi, eu senti um alivio grande. Você me defendeu, você foi o meu herói. Eu te seguia para todos os lados porque amava estar ao seu redor, assim como ainda o faço. Entretanto, você sabe como são as coisas aqui na Coreia, ainda mais para nossos pais. Eu iludia a mim mesmo fingindo que não era nada demais, que era apenas amor de amigo, de irmão, mas nunca foi. Acho que a Lee Eun Bi foi uma maneira que meu subconsciente de fingir que estava tudo bem. Mas não estava.

  -Eu sonhei com isso tantas e tantas vezes como você dizendo essa mesmas palavras. 

  -Desculpa por não ter dito isso antes.

  Eu mal me importava com as palavras, tudo o que eu conseguia enxergar era como ele era lindo e como seus olhos transpassavam o amor que dizia sentir por mim. Seu olhar era exatamente o de sempre quando me olhava e tive certeza que ele realmente me amou todo esse tempo, mas até do que imaginava. 

  -Você é lindo, poste de orelhas.- Baekhyun disse sorrindo, tirando de minha mente as palavras que desejava ter dito primeiro. Mãos envolveram meu rosto e Baekhyun ficou na ponta dos pés, então eu soube. Ele iria me beijar.

  O beijo me pegou de surpresa com seu inicio casto, seus lábios quentes encostaram no meu e ficamos assim até perdemos um pouco do medo ao desconhecido. Então o beijo foi de morno a completamente quente. Quebramos o beijo apenas para nos movermos para longe dos cacos de vidro. Agarrei as coxas dele que tanto amava apertando com força e senti ele gemer, ele parecia gostar então fiz novamente. Ele me beijou cada vez mais urgente e eu não queria lembrar que precisava respirar. 

  Aquele momento era tão perfeito, tão certo, que não havia duvidas. 

  Envolvi meus braços ao seu redor, apertando-o contra mim. 

 Não sei exatamente em que momento terminou, quando dei por mim já estávamos olhando um para o outro como se tivéssemos descoberto algo incrível. 

  -Eu te amo, Byun Baekhyun. Para sempre.- Disse perto de seu rosto e ele alisou um lado de meu rosto.

  -Eu também te amo, Park Chanyeol. Para... -Então sua voz começou a ser abafada por um barulho estranho.

  Noc, Noc, Noc.

  Então novamente.

  Noc Noc Noc. 

  As imagens em minha frente começaram a desbotar como páginas de um livro na chuva. O desespero tomou o meu corpo, olhei a minha volta tentando entender o que estava acontecendo. O barulho se tornou cada vez maior.

  -Baekhyun, o que está acontecendo?- Gritei aflito, tentando tatear meu caminho até ele. Porém em minha frente, não havia mais ninguém. Baekhyun havia sumido.

  E eu acordei.

  Pisquei no escuro tentando me acostumar e ao meu redor constatei que estava sozinho. Levei um breve momento para em choque perceber que tudo havia sido um sonho. Baekhyun havia se casado e ele não me amava da forma que eu queria que ele amasse. Eu estava indo para a China com Kyungri. 

  Meu coração estava partido em mil pedaços, entretanto eu sobreviveria. Meu celular vibrou com uma mensagem e uma foto apareceu, havia sido Baekhyun a enviar. Provavelmente havia percebido que eu havia ido embora durante a festa após o casamento.

  Observei a foto em que Lee EunB estava no meio entre eu e Baekhyun segurando o seu buquê de rosas brancas com a cabeça apoiada em seu ombro. Eles estavam sorrindo enquanto meu sorriso era forçado. 

   Encontrei Kyungri no aeroporto e já no avião, enquanto ela escrevia em seu diário rosa no assento ao meu lado, liguei meu celular e observei a foto por mais um momento olhando apenas para ele. Apenas para ele.

  Por muito anos, eu apenas tinha olhado para ele. Protegendo-o, zelando por ele e o amando. E agora ele não precisava mais que eu fizesse isso. Ele tinha alguém que faria essas coisas por ele, com ele. Ele sempre seria as estrelas que deixavam o céu mais belo quando tudo estava escuro e eu era o céu. 

  Talvez eu tenha imaginado e me apegado aos gestos, aos seus toques e a cada palavra dita como se fosse algo mais, querendo que secretamente ele me amasse como eu o amava. Eu mesmo me sabotei me agarrando a algo inexistente. Baekhyun me via como seu melhor amigo, apenas isso. E ele sempre me veria assim. 

  Já estava escuro quando espiei pela janela e finalmente entendi duramente o que estava fazendo.

   Jamais haveria alguém como Byun Baekhyun na minha vida. Eu tinha certeza disso.

  Eu estava deixando o meu primeiro e único amor para trás.


F I M
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