One-shot- I Feel You.

sábado, 7 de outubro de 2017

Ele disse que voltaria.

Ele sempre voltava.

Ele tinha que voltar.

  Vaguei pela sala novamente, a observando se mover pelo cômodo enquanto pegava seus documentos em cima da mesa para ir ao trabalho. Ela estava tão linda como sempre, com seu cabeço preso em um rabo de cavalo com fios pequenos caindo em seu rosto, e um batom rosa em seus lábios fazendo um pouco de sua palidez ir embora. Tudo nela estava perfeito, desde a saia bege à blusa social branca de botões. Eu a conhecia tão bem que sabia que estava triste. E que eu era o motivo dessa tristeza.

  Durante dias, estive por aqui apenas ao seu redor tentando me desculpar por palavras que havia dito sem pensar, quando tudo o que eu recebia era um tratamento de silêncio. Já havia tentando de tudo, até mesmo abraça-la, e ela chorava toda vez que eu fazia isso sem realmente olhar para mim.

  Queria saber se ela havia desistido de mim dessa vez, se queria que eu pegasse as minhas coisas e fosse embora da casa que partilhávamos. Ela até mesmo dormia no sofá agora, não mostrando se importar quando eu tentava pegar as minhas coisas e argumentava que iria embora se ela quisesse e achasse o melhor. Nada nela mudava, ela continuava se movendo como se eu não existisse, sem se alterar. Era uma tortura querer saber o que ela estava pensando. 

  Eu queria ter forças para ir embora, mas ficar perto dela era o que fazia tudo ficar bem. Ficar ao seu redor bastava, mesmo sem palavras. Ela deveria saber disso.

  Cheguei perto dela sentindo o cheiro de morango que vinha de seu cabelo e tracei uma trilha delicada em seu braço, e continuei até que chegasse em sua mão, ao dedo em que a aliança que havia dado a ela estava.

  -Espero que tenha um bom dia querida, ainda estarei aqui quando voltar. Sempre. -Disse quase sussurrando para ela. Nem ao menos esperei uma resposta, ela franziu o rosto como se sentisse dor e seus olhos encheram de lágrimas.

  -Eu te amo.

  Seus olhos foram para a aliança onde meus dedos estavam e ela respirou fundo. -Eu te amo. E estou fazendo tudo isso por você.

  Na maior parte do tempo, havia coisas que eu não entendia a respeito do que ela costumava dizer agora.

  Minha cunhada, que não gostava de mim, apareceu a sala segurando seu filho de dois anos no colo. Ela já não costumava falar comigo antes e agora com minha esposa me dando longos silêncios como resposta para tudo, parecia que havia colaborado para a piora de nosso relacionamento. Ainda mais atualmente com ela morando uns dias em nossa casa.

  Seu filho virou o rosto analisando o cômodo, e eu soube que me procurava. Sorriu assim que me viu, com os dentinhos da frente fazendo barulhos adoráveis que só bebês conseguiam reproduzir. Ele não fazia parte do clube dos que me odiavam.

  -Nossa garotão, como você está lindo com todos esses dentinhos de leite!- Brinquei com ele e ele fez mais barulhos. Ele me ajudava a não me sentir tão sozinho.

  -Você quer que eu vá com você hoje?- Sua irmã perguntou a ela e eu movi meu olhar em direção a minha esposa que parecia perdida.

 -Não, prefiro fazer isso sozinha.- Ela respondeu calmamente. -Irei assim que sair do trabalho.

  -Irei te buscar no trabalho então e iremos juntos, para onde quer que vá. Tudo bem?

  Não houve respostas e engoli a frustração. O silêncio me fazia sentir um sentimento de perda tão grande que eu me sentia como uma criança. Adultos conseguiam se sentir tão perdidos as vezes, como crianças que se perdem de suas mães em supermercados ou parquinhos.

  Fui para nosso quarto que ela havia deixado com a porta aberta e fiquei sentado na cama. Lembrando de tê-la observado todos os dias arrumar meu guarda-roupa escovando os tecidos com os dedos, dobrando e desdobrando todos eles, apenas para guardar tudo da forma como estava antes. Fotos minhas estavam espalhadas pela cama e mostravam que ela sentia a minha falta mesmo quando não conseguíamos nos falar. Observei-a chorar durante dias, deitada na cama e todo esse tempo repassei nossa ultima briga antes de tudo se tornar confuso.

 Eu estava doente e ela não sabia, tinha câncer e não conseguia contar a ela. Suas reclamações haviam sido sobre o quanto estava distante e que ela não aguentava mais, ambos gritamos um com o outro e eu havia saído dizendo que era o bastante. Agora eu só queria que ela soubesse que era a mulher mais bela que já havia visto e que a amava mais que tudo, que temia que fossemos separados até mesmo pela doença. 

  E ás vezes quando ela olhava minhas fotos á noite, ela dizia o meu nome antes de dizer que me amava. Suas amigas a visitavam e a pegava evitando falar sobre mim quando elas diziam "temos que conversar sobre seu marido e sobre o que aconteceu." e eu fingia que esse silêncio não me magoava. Queria tanto dizer que não havia nada entre nós além do meu medo.

  Estava acontecendo o que nunca esperei antes. Ela e eu não estávamos mais juntos. Nenhum de nós imaginava um rompimento. 

  Lembrava de quando tínhamos dois anos de namoro e éramos jovens apaixonados.

  -Como você se vê daqui a 10 anos? - Perguntei a ela alisando fios de seu cabelo e os enrolando em meus dedos, ela sorriu e era tão linda que me fez sorrir também antes de olhar para o céu novamente.

  Estávamos deitados no quintal de minha casa em cima de um cobertor. 

  -Eu me vejo formada em publicidade, morando em uma casa que dividirei com um homem lindo que irá ser psiquiatra, ele será meu marido e vou que acordar todos os dias ao lado dele toda manhã e me dirá doces bom dias, recheado com beijos delicados. Me vejo sendo o mundo de alguém, e ele será meu mundo - Ela respondeu e me virei para dar-lhe um beijo suave. -E você?

  -Consigo me ver sendo psiquiatra, comendo torradas de café da manhã, acordando cedo e vendo minha esposa publicitária responder aos meus doces bom dias com beijos nada delicados em nossa cama e casa, percebendo todos os dias em que ela é o meu mundo e eu sou o mundo dela.

  Ela ainda continuava sendo todo o meu mundo. 

  Sempre seria.

 Fiquei brincando com meu sobrinho enquanto sua mãe conversava ao telefone com uma amiga e me sentia aliviado por não ter alguém me ignorando. Ele me respondia fazendo pequenos barulhos, gestos, poucas palavras e pequenos acenos com a cabeça. 

  Quando finalmente deu o horário da saída do trabalho de minha esposa, a esperei na porta de seu trabalho. Ela não disse nada para mim quando passou ao meu lado na calçada. Reparei em seu andar cabisbaixo através de seus ombros. Era como se ela quisesse me torturar.

  Ou como se eu lhe causasse tanto dor, que ela mal conseguia me ver.

  -Um dia, quando tudo o que houver de minha parte seja silêncio, você sentirá falta de todo o meu barulho. E isso lhe incomodará mais do que qualquer palavra mal dita. - Ela me disse isso uma vez quando brigamos. Agora eu sabia o quanto isso era verdade.

  -Você consegue me sufocar de um modo contrário a realidade. Me sinto sufocada quando não me liga e não manda mensagens, quando sai para trabalhar sem me avisar, quando me evita e se recusa a conversar comigo. Eu me sinto tão presa a você por não conseguir ir embora, por te amar tanto a ponto de aguentar tudo isso. Se você está tendo um caso, deveria me contar logo de uma vez.

  -Se você está tão cheia de mim, porque ainda está aqui? Por que diabos se tortura e me tortura no processo? Eu sou o único aqui saturado.

 No momento em que lhe virei as costas e sai de nossa casa, o percurso de minha vida mudou tragicamente. Parecia que ela nunca me perdoaria por isso.

  A seguindo, reparei que ela havia parado em um cemitério e soube que ela estava indo visitar a mãe. Ela havia falecido a três anos e a minha esposa durante dois anos, nunca deixou de visita-la um único dia, até uma dia perceber que isso não diminuía a dor ou a conectava mais a sua mãe, ela estava viva nas lembranças e não embaixo daquele solo de modo material. Então só visitava em ocasiões especiais ou quando estava se sentindo muito cabisbaixa. 

  Quando ela começou a caminhar todo o caminho pelas lápides, um caseiro olhou para ela com pesar. Deveria conhecê-la de vista pelas visitas constantes e saber que havia perdido a mãe. Minha mulher e eu o cumprimentamos, e ele acenou para nós dois. 

  Olhando pra ela, quase me distrai quando tomou um caminho diferente. Ao invés de ir até onde o túmulo de sua mãe estava, ela continuou andando.

  Onde ia? Talvez visitasse algum tio. Foi então que ela parou em um dos cantos mais floridos do cemitério, a primavera mostrava toda a vida sobre os mortos. Em frente a uma lápide preta, se abaixou. Sua tristeza me tocou, seus ombros caíram e seu corpo se movimentou em uma pequena ventania. Aproximei-me dela, tocando seu ombro e ela soluçou. 

  Lendo a lápide, todo o meu mundo desabou e a realidade me inundou.

  "Henry Thompson.
   Filho, amigo e marido muito amado.
   Que a paz esteja contigo.
   O sol, a lua e as estrelas de alguém.
  1982 - 2015

  Memórias começaram a preencher espaços vazios em minha mente, e eu comecei a lembrar. Eu, Henry, desmaiando no chão da cozinha sozinho e sendo levado por um ambulância quando fui encontrado inconsciente por Rose, minha mulher. Havia a mim mesmo em uma cama de hospital, recebendo remédios para dor e ela tentando não chorar sem sucesso algum ao descobrir meu segredo, nunca saindo do meu lado. A quimio não estava adiantando mais com o passar dos meses, e sabíamos disso. Natal passou e eu estava careca agora, o médico havia me liberado para ficar em casa e isso não era uma boa noticia. Eu estava morrendo, e agora poderia ao menos aproveitar da normalidade ao meu redor e me despedir. O problema era que a dor, os enjoos e o meu corpo massacrado pela doença não me davam descanso algum. Os remédios me faziam dormir muito, e as vezes desistia delas apenas para olhar a minha esposa dormindo ao meu lado da cama. Era o meu bem mais precioso e era terrível para mim vê-la definhar comigo. Quando acordava me agraviando com seus olhos castanhos e me pegava olhando-a, ela me abriu um sorriso tão lindo. Eu tive o bastante desses sorrisos, até o dia em que o vi pela última vez. Foi três meses depois dela descobrir a minha doença, eu estava tão fraco e com uma pequena gripe fechei meus olhos por um momento. Naquela manhã, Rose não sorriu. 

  Agora eu entendia o motivo de nunca ser visto por ninguém, de estar sempre observando e não participando. Eu estava sempre falando, e nunca sendo respondido. Minha esposa não me odiava, ela estava de luto. Por mim.

  -Eu te amo, Henry- Minha esposa disse tentando conter os seus soluções. -Desculpe por ter demorado tanto para vir aqui. Eu só não consigo imaginar que você esteja aqui. Toda a hora eu te sinto por perto, e é apenas tão recente. Eu queria te contar algo que você sempre quis.

  -Eu estou grávida de três meses. Ainda não sei como farei isso sem você, mas saiba que a nossa filha vai saber o homem e o marido incrível que você era. Você sempre estará presente em nossas vidas de algum modo. Você foi e sempre será o amor da minha vida, e o meu lar. Como eu posso viver sem nunca me sentir em casa? 

  -Apesar de tudo, vou voltar a trabalhar semana que vem e tenho frequentado o meu médico por causa da gravidez. Aos poucos estou despertando novamente para a vida.

 A vida. Ter consciência do meu estado, fez-me consciente de que precisava ir. Eu precisava me despedir e dar um encerramento a minha esposa e a vida carnal. Enquanto seguisse ao seu lado, ela sentiria a minha presença e jamais seguiria em frente em questão da ausência. 

  Estava pronto para ir.

  Com todo o pesar do mundo, olhei pelo rosto da única mulher que havia amado toda adolescência e vida adulta. Toquei seu rosto e beijei sua bochecha levemente, não querendo esquecer de como ela era quando me fosse definitivamente. Capturei o momento quando uma de suas mãos voou até sua bochecha. Ela realmente me sentia. 

  -Rose, eu também não quero ir embora, mas preciso. Não desejo que continue sentindo tristeza ao lembrar de mim, está tudo bem sorrir agora. Saiba que estou orgulhoso de você como sempre, e te amo, assim como amo esta menina que nós sonhávamos desde novos em ter. Sei que será uma ótima mãe. Me perdoe por não estar com você ajudando a cria-la, tive que ir primeiro. Estarei sempre com vocês da minha forma e mesmo que não me ver, sei que vai me sentir.

  Ambos ficamos um ao lado do outro, eu a observava falar com a minha lápide enquanto gravava seus traços. Quando ela terminou, e se levantou, eu tive que deixa-la ir pela ultima vez. Uma paz me tomou e apesar da tristeza, eu sabia que ir embora era meu destino agora.   

  E pela segunda vez em minha vez, eu adormeci novamente tomado por tanta luz. Essa luz me envolveu e se fundiu a mim, esse era meu verdadeiro adeus. E eu sorri, porque sabia que Rose ficaria bem. Esse era o motivo de eu ter esperado tanto para ir. 

  Um último vislumbre sobre ela e seus cabelos esvoaçantes, e em um piscar, eu havia ido.

                                                          *                       *                       *

 Quatro anos depois 💘

  Ao observar sua filha sorrir para ela, o peito de Rose parecia pesar tanto. 

  Era noite de natal, e elas iriam para a casa de seus pais. Doía lembrar que a quatro anos, ela não se sentia como se a família estivesse completa e que anos atrás, ela e seu marido estariam comemorando juntos. Aqueles foram seus anos mais felizes, e se não fosse por sua filha, não sabia o que teria feito de sua vida após a morte dele. Quando ela olhava para Lux, a cópia de seu marido Henry, ela sentia seu coração quebrado ficando inteiro novamente.

  Sua fiha era muito esperta e conseguia captar facilmente o que a mãe estava sentindo e pensando. Era como se Rose fosse um livro aberto para ela, o que a surpreendia sempre.  Era assim com Henry também.

  -Lux, desça para irmos até a casa da vovó- gritou para sua filha do primeiro andar da casa, olhando para as escadas e a esperando sair de seu quarto. Quando Lux desceu com seus cabelos douradas e olhos cinzas alegres, logo desconfiou. Sua filha aprontava algo.

  Olhou curiosa para sua mão fechada. 

  -Mamãe, antes de irmos tenho um presente pra você- disse docemente e ela não pode deixar de levanta-la e a segurar em seu colo. Seu bebezinho estava crescendo tão rápido. Isso as vezes a surpreendia.

  -É mesmo? 

  -Sim! Fecha os olhos e abre a mão
  
  Fez o que a filha lhe pediu, estendendo então a sua mão direita. Sentiu algo frio tocar sua pele. 

  -Pode abrir!- Assim que Lux disse, abriu os olhos e se pegou surpresa, olhando para o anel de casamento de Henry.

  O que ele havia perdido a quase cinco anos atrás.

  -Onde você achou isso, Lux?- Perguntou com a voz embargada. Se lembrava do quão irritada havia ficado naquele tempo por ele ter perdido o anel. Sempre o acusou de ter perdido quando saiu com os amigos para beber.

  Henry estava certo. Tinha estado na casa o tempo todo. 

  Lágrimas encheram seus olhos ao olhar a aliança dourada. Ela sentia tanto a sua falta. Todos os dias. A dor nunca diminuía. Nunca ir embora. Só se fazia surda as vezes. 

  -Papai disse que finalmente se lembrou de onde havia colocado, mamãe. Disse que em parte, você estava certa. Ele perdeu no dia que saiu com os amigos. Foi trocar o óleo do seu carro e não queria sujar a aliança, então a retirou e as colocou sobre as ferramentas na garagem. Foi por isso que não encontrou.

  Rose nunca nem passava perto das ferramentas do carro. Antes Henry era quem fazia toda a manutenção de seu próprio carro, e atualmente, ela levava o carro a oficina, mas não havia sido capaz de jogar fora as ferramentas velhas de seu antigo marido que ainda estavam na garagem. 

  Como era possível que sua filha de quatro anos tivesse encontrado esse anel e soubesse dessas coisas? Cada vez mais, a cena ficava confusa.

  -Como assim seu pai?

  Lux sorriu, mostrando seus dentes de leite. -Ele está aqui, mamãe e costuma vir ver como eu estou. Diz que não pode ficar muito, ele tem que ficar no céu agora e ajudar as coisas por lá. Sempre diz que nos ama muito e que sente saudades. Quer que saibamos disso.

  Escutando sua filha, sentiu uma presença como havia sentido todos os dias desde a perda de Henry. Seria ele na sala com elas? 

  -Henry?- Perguntou ao nada, querendo vê-lo pelo menos uma vez.

  -Está tudo bem não vê-lo, mamãe. O importante é senti-lo. Ele diz que sente o seu amor e que sabe que o sente também. 

  Nesse momento, não aguentou. Rose desatou a chorar.

  -Oh meu Deus! Henry, eu te amo tanto e sinto tanto a sua falta. Todos os dias, Henry, eu juro que te vejo, escuto e sinto. Você está realmente aqui?

 Nesse momento, a mais leve das brisas soprou em seu rosto e foi como se algo tocasse sua bochecha. Como um beijo sucinto em sua bochecha. Tão rápido e se foi. Já havia sentido isso antes. 

 -Está tudo bem, mamãe, não precisa ficar triste. Papai me disse que não gosta de te ver assim- Sua filha disse parecendo tão calma.

  -Como você está, Henry? Está bem?- Por mais louco que soasse, ela acreditou em sua filha. Ela lhe entregar a aliança e saber de tudo aquilo provava que Henry de algum forma estava aqui. As observando. As amando.

  -Ele disse que está tudo bem com ele e que o céu é tão lindo como alguém nunca pode descrevê-lo, ele se sente em paz lá e não sente mais dor. E que não tem problema em retirar suas roupas da gaveta para ter mais espaço. Ele não se importa com isso. 

  Seus olhos se enxergam de lágrimas ao escutar sua filha de 4 anos citar algo que não poderia saber sobre o que pensava em fazer. Era possível Henry ainda a observasse?

  -Papai disse que ama muito a nós duas e vai estar por perto quando precisarmos dele. 

  Rose não conseguia mais parar de chorar, era uma tristeza misturada com pura alegria. Ele estava bem agora. Ver como a doença se arrastou sobre ele o debilitou anos atrás, foi terrível para ela. Ainda tinha pesadelos com isso. Ver seu marido com dor todos os dias, destinado a morrer, foi a pior coisa que passou na vida. E agora ele estava bem, sem dor algum e feliz por elas.

  Essa realização a fez sorrir por entre as lágrimas e abraçar forte a filha. Olhou a aliança em sua mão novamente, a levantou com a mão fechada e a pressionou em seu peito.

  Henry estava com ela. Sempre esteve de um modo ou de outro, em seu coração. E quando olhava nos olhos cinzentos de sua filha e em seu sorriso doce com lindas covinhas enxergava seu marido ali.

  E todo esses sentimentos... Todo esse amor. 

  Eles eram eternos.


FIM




 Olá pessoas lindas! Como estão? I'm back 💃 e foi um trabalho imenso terminar isso aqui pra postar. Tudo sem computador é complicado, estou chorando. Sei que leram isso e pensaram "AI que meloso, Gabriella." "que piegas", mas vocês não sabem como chorei escrevendo. Apesar de que as osts de doramas que estou escutando tem suas parcelas de culpa. Enfim, espero que gostem. E queria colocar em GIF de um dorama que estou vendo (while you were sleeping), entretanto não vai de modo algum. Então até a próxima galera. Se tiver algum erro ou algo sem sentido, quando conseguir entrar aqui por um computador decente, eu arrumo. BEIJÃO PRO CÊS, AMORES ❤
  
PS: consegui ajeitar o gif depois de meses, que amorzinho!