Conto de Terror- Dead girls.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


  -Me siga até o rio, Amy- A menina morta dizia em sua consciência.


  Amy sabia que ela era uma criança morta pelo sangue em sua roupa e seus olhos vazios em sua órbita.



  Ela não tinha medo dela, apesar de tudo. Alice não era má, não com ela. Alice só não existia, não mais. Alice só vivia em sua mente agora.



  A sua mente era muito funda para uma garota de nove anos.



  -Venha comigo, Amy- Alice repetiu sorrindo. Sua voz era como um eco.



  Fazia duas semanas que Alice tentava fazer Amy ir com ela até o rio que tinha atrás de sua casa. Era mais um lago, que tinha uma água muito gelada por causa da estação que se aproximava do inverno.



  -Mas está fazendo frio- Amy choramingou, puxando o laço vermelho em seu cabelo de forma nervosa.



  -Eu quero te mostrar aonde eu estou- Alice parecia triste como em todo o seu cotidiano- Aonde eu moro agora. 



  Amy era curiosa o bastante para querer saber aonde a Alice morava, afinal, Alice era a sua melhor amiga, por mais que todos achassem que ela fosse imaginaria e que era coisa da mente fértil da Amy.



  Mas Amy podia jurar que via uma menina do seu lado ali, sentada no chão de seu quarto, com cabelo loiro escuro e sujo, de olhos pretos, pele pálida e vestido branco ensanguentado. Alice sempre parecia estar molhada, uma vez Amy perguntou o porque, mas tudo o que Alice respondeu é que ela não sabia nadar. Até mesmo uma menina de nove anos sabia que não fazia sentido. Ela era o oposto de Amy, que era pálida também, mas era moreno com cabelos pretos e olhos verdes.



  -Tudo bem, você pode me mostrar, mas só por um momento até os meus pais me mandarem entrar- A menina sussurrou para sua amiga, recebendo um longo sorriso triste.



  Ela desceu os degraus da escada.



   -Mãe, a Alice vai me mostrar um coisa- Disse para a mãe que estava sentada na cadeira olhando para a televisão.



  -Tudo bem, filha. Mas volte antes do almoço- A mãe ignorava totalmente a existência da Alice. Afinal, ela não existia, não é?



  Amy disparou até a porta.



  -Olá. Aonde vai com tanta pressa, mocinha?- Seu pai perguntou quando Amy esbarrou com ele na porta.



  -Vou achar um esconderijo com a Alice- Amy sorriu como se estivesse ganhando uma medalha de melhor escoteira.



  -Quer ajuda?- Perguntou e viu a garota olhar para o lado com incerteza.



  -Não diga a ele, ele não pode ir- Alice ordenou com calma.



  -Não, sinto muito pai- Amy falou antes de correr para fora.



  Alice a guiou até o lago, que era depois da trilha de árvores que tinha atrás de sua casa. Era um lago que a água parecia ser negra, era assustador. Uma vez Amy ouviu sem querer uma criança de sua escolar falar que uma garota havia desaparecido nesta área e que até hoje dizem que seu pai a matou depois de matar a sua mãe e a jogou no rio. Seus pais não a deixavam chegar perto do rio por ser fundo, ela podia se afogar.



  -Eu moro aqui- Alice estava muito triste, com uma expressão calma- É muito frio ai dentro- Sua voz ecoava pelo local.



  -Você mora no rio?- Amy perguntou com incerteza- Como isso é provável?



  -Sim, moro a algum tempo, não porque quero. Não consigo ir para outro lugar.



  -Você poderia morar comigo, você não sabe nadar.



  -Eu não posso, eu tenho que ficar aqui- Disse Alice baixinho- Minha mãe está aqui, ela fica aqui comigo. Ela também está com frio.



  Amy olhou para o rio. Alice sorriu para ela.



  -Você quer conhecê-la? Você pode vê-la se quiser- Alice propôs.



  -Quero, eu quero ver direito aonde você mora. Como eu faço?- Amy estava alegre, sorriu para a Alice entusiasmada com a ideia de descobrir algo novo.



  -Você tem que entrar no rio- Alice só olhou para o rio. E no reflexo haviam duas garotas, mas para quem olhasse veria apenas uma garota na beira do rio.



  -Mas está muito frio... E eu não sei nadar.



  -Você é minha melhor amiga, não é Amy? Para sempre?



  -Sim. Para sempre.



  -Então confie em mim, você vai ver como é fácil depois de um tempo. Você não vai mais ter medo- Isso fez a incerteza se dissipar.



  A garota andou até a borda do rio e entrou na água gelada e caiu. Não achava que era tão fundo. A água queimou a sua pele como milhares de farpas entrando em sua corpo, ficou difícil de respirar. Ficou difícil de se mover depois de alguns segundos. Amy também não sabia nadar.



  -Alice, Alice...- Amy engolia a água, sentindo o seu pulmão queimar. Tudo queimava. E seus pés não conseguiam chegar ao chão, ficavam submersos, enquanto elas os batia freneticamente.



  -Você é a minha melhor amiga, Amy. Para sempre.



  Alice observou na borda do rio, enquanto Amy lutava para respirar. Até que seu corpo parou de lutar e ela não conseguia mais respirar e seu corpo pálido e magro afundou nas águas do rio.



  Alice sorriu e sussurrou: -Para sempre.



  Por que ali estava Amy, assim como Alice ao seu lado na borda do rio observando o seu corpo afundar. Amy não existia mais, Amy agora é só um sopro de memória e Amy não estava mais viva. Amy era só uma garota morta. Como a Alice.



  Fim.
  Olá gente, como vocês estão? Hoje na aula de física eu rabisquei esse conto no meu caderno e como está perto do Halloween, resolvi postar, é meio baseado em uma música do The Pretty Reckless- (Depois que eu ouvi, esse conto veio em minha mente). Espero que gostem, achei um pouquinho besta, mas tudo bem, eu normalmente não gosto de nada que eu faço. 

 Beijos.
(Happy Halloween -mesmo ainda não sendo Halloween u.u)

Livro, Playlist, Aniversário e Aviso.

domingo, 27 de outubro de 2013

Sinopse:

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

Desvaneio:

  Hey guys! :) Olha eu aqui novamente escrevendo sobre distrações e indicando um dos meus livros prediletos que eu amo com todo o meu coração. Eu estou escrevendo um capitulo novo e enquanto isso pensei em postar algo que vocês pudessem se interessar em ler ou ouvir. Tem uma música que eu não consigo parar de ouvir, vou colocar aqui para se alguém quiser ouvir, é só dar play ;) É uma música do John Gold- Vampire's Kiss.


  Para quem gosta de séries, também pensei em colocar as minhas prediletas aqui, que estão renovando as suas temporadas agora em outubro: É The Vampire Diaries (para quem gosta de Vampiros e quem curte romance) The Walking Dead (para quem curte ação e Zumbis), American Horror Story (para quem gosta de um terror bem legal) e Glee (para quem gosta de musical, drama e romance).

                                        

  Como eu já havia citado no post anterior, hoje é o meu aniversário de dezesseis anos e eu estou animada com isso e eu nem sei ao menos o porquê. Sei lá, eu sempre sonhei em ter dezesseis anos! Isso só é... Ah, legal, eu acho! Então gente, adeus, espero que tenham gostado das sugestões e espero que leiam o livro porque é incrível. Ps: Acho que escreverei uma mini-fic de novo, ou uma outra fic, para postar junto com as Vampires, vocês aprovam? 

  E bem... Feliz aniversário de 16 anos para mim!
(Dança sexy da Sunny me imitando dançar u.u)

(Parte 6) Mini-Fic: Back To December.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013




But this is me swallowing my pride,
Standing in front of you saying
I'm sorry for that night
And I go back to December,
It turns out freedom ain't nothing but missin' you
Wishing that I realized what I had when you were mine
I go back to December, turn around
And make it all right
I go back to December, turn around
And change my own mind
I go back to December all the time

All the time

  Estava chovendo. E eu estava correndo pelo campus até o meu dormitório  para escapar da chuva.



  Xingando por molhar o meu cabelo, agora cacheado novamente. A franja havia crescido e eu cansei do liso.



  O medo real era de uma gripe. O tempo estava tão fria, que os respingos da chuva eram como farpas entrando no meu corpo. Correr então, me deixava em agonia.



  Demi abriu a porta do quarto que eu compartilhava com ela. Eu entrei, me sacudindo feito um cachorro.



  -E... garota- Ela comentou rindo- Parece que a chuva te pegou em uma hora desprevenida.



  -Yeah! O meu guarda-chuva meio que saiu voando- Falei azedamente. Era realmente verdade, passou um vento e eu meio que deixei o meu guarda-chuva sair voando. E eu que não iria atrás dele nesse frio.



  Isso fez Demi rir mais ainda.



  O celular da Demi tocou e ela atendeu.



  -Hey amor!- Eu sabia que era o Joe. Desde o dia da praia, eles estavam juntos.



  E isso fazia cinco meses.



  Eu nunca havia visto Demi apaixonada antes, era um porre, mas eu gostava de ver a minha melhor amiga feliz.



  A deixei falando com Joe e fui tomar um banho quente. Eu tinha aula no primeiro período de química, uma aula pela qual eu tinha me inscrito porque gosto de química. 



  Vesti uma roupa de frio azul. Uma blusa grossa e uma calça jeans, amarrei um cachecol em volta do meu pescoço e coloquei luvas em ambas as mãos.



  Eu me sentia um pinguim, mas pelo menos estava quente.



  -Demi, estou indo para a minha aula de química- Berrei.



  -Ok!- Ela berrou de volta. A sua aula era diferente. 



  Meia hora depois eu estava sentada em uma cadeira, ouvindo sobre Ligação covalente. Algo que eu sabia de cor.



  Meu caderno estava aberto sobre a mesa, percebi que eu tinha desenhado um par de olhos pretos.



  Eu sabia a quem pertencia. Eu desenhava bem, muito bem e todos me diziam isso, era quase como se a figura fosse real.



  Meu coração ainda não havia se recuperado, então eu tentava não lembrar. Lembrar era ruim para mim, eu me sentia mal e sufocada.



  Só de pensar nele, lágrimas vinham aos meus olhos. E já faziam três meses, mas parecia que o meu coração havia parado no momento em que lhe virei as costas e andei para longe da praia.



  Havia passado noites sem dormir, imaginando-o com alguém, me esquecendo. Talvez com a Kim.



  Então pensei em quantos garotos eu havia dito não, por que não conseguia seguir em frente.



  "Eu te amo"- Sua voz me assombrava com esse doce sussurro. 



  Todas as noites eu me arrependia de ter terminado com ele. Eu sabia que isso havia acabado com ambos. Então eu volto e penso que já dei o passo e seria desleal voltar e fazer Taylor se sentir mal e desconfortável.



  Eu não aguentaria se ele dessa vez não quisesse me ver e me ignorasse. 



  -Taylor?- O professor Snape me chamou me tirando do meu desvaneio bem a tempo.



  -Hum?- Perguntei, fechando o meu caderno e assim afastando o meu olhar dos olhos bem desenhados do Taylor.



  -Já que estava prestando atenção- A voz do professor era de um sarcasmo puro, e os outros alunos riram. Levantei o rosto sem qualquer tipo de humilhação- Pode dizer o que uma ligação covalente? Ou me diga uma forma de geometria molecular.



  Para a insatisfação do professor, eu sabia e assim lhe dei uma boa resposta. Ele não me perturbou mais. 



  Assim que a aula acabou, filei as outras aulas e fui para o meu dormitório  Demi não estava e eu respirei fundo.



  Sentia falta de casa, da minha família e da Meredith.



  Eu tinha um gatinho de pelúcia que eu dormia abraçada, só para conseguir dormir. Eu fingia que era a Meredith, a minha bolinha de pelos predileta.



  Minha mãe me ligou e eu atendi. Conversamos animadamente sobre as coisas que me aconteciam, como verdadeiras amigas que eramos. 



  -Sinto a sua falta, querida- Mamãe falou.



  -Yeah- Sussurrei, sentindo um bolo em minha gargante, me fazendo querer chorar- Eu também sinto muito a sua falta.



  Depois disso, eu desliguei. Resolvi andar um pouco pelo Campus.



  Demi me mandou uma mensagem na hora em que resolvi fazer isso:



  Vamos comer? Estou com fome.



  Dei risada. Demi estava sempre com fome, isso era atribuído ao fato de ela ter curvas.



  Claro! Também estou com fome, morrendo, na verdade!



  Sendo assim, soltei o meu cabelo do coque desajeitado que eu havia feito e coloquei os meus sapatos. Peguei a minha bolsa, colocando dinheiro dentro e sai do dormitório.



  Fui até o refeitório da universidade. Um garoto loiro passou por mim, segurando a mão de uma menina morena. 



  Reconheci ele. Lucas. 



  Ele franziu o rosto para mim, como se eu lamentasse ter terminado comigo e que ver ele com uma garota nova, era como lamber as minhas feridas. Ele estava enganado.


  Eu não dava a minima para ele antes, e dou menos ainda agora.


  Imbecil.



  Continuei andando com a cabeça erguida. Quase até rindo. 



  Encontrei Demi sentada na cadeira, inclinando a cabeça contra a mesa enquanto digitava em seu celular.



  -Hey, do quê está rindo?- Perguntou curiosa, suspendendo os seus olhos de seu celular.



  -Do Lucas- Respondi- Ele é muito idiota. Chega até a ser engraçado.



  -Yeah! Eu vi ele andando com a nova namoradinha. Ele não tem do que se gabar- Ela deu risada- Ele saiu perdendo. Sinceramente!



  Eu sentei ali e comi um pouco, conversando com a Demi. Ela me contou o quanto amava o Joe e o quanto ele fazia bem a ela e eu estava feliz por ela.

  
  Então minha mente divaga para a época em que eu era feliz. E eu lembrava do que queria esquecer... Lembrava de dezembro. O tempo todo.


  -Taylor?- Demi me chamou- Está me ouvindo?- Perguntou. 



  -Desculpa- Balancei a cabeça. Demi pareceu triste, sabendo o motivo da minha distração.



  -Está pensando nele, não é?- Sua voz era de pesar. Ela havia me aturado chorando por semanas e tentando juntar os meus pedaços. Demi havia ficado do meu lado todo o tempo em que eu sentia falta do Taylor.



  -É- Suspirei- Fazem cinco meses e ainda... Nunca é fácil. Nunca vai ficar realmente fácil.



  Meus olhos arderam com lágrimas que eu não queria libertar. Eu não iria chorar.



  -Olha Taylor, eu tenho que te contar uma coisa, eu estava falando com Joe e ele disse que o... - Demi começou a falar antes de alguém gritar o meu nome.



  Eu virei a minha cabeça para trás, ao som do grito e Demi parou de falar.



  Era uma garota chamada Nina veio andando até mim. Lembrei que estávamos fazendo dupla em Física.



  -Hey- Falou educadamente, jogando o lindo cabelo castanho para trás.



  -Hey -Eu e a Demi respondemos.



  Ela se dirigiu a mim:



  -Taylor, você tem as anotações de Física com você? Por que temos o projeto para criar.



  -Claro, está no meu dormitório, vamos buscar- Falei.



  -Ok, deixa eu só falar com as minhas amigas que vamos fazer o projeto- Nina disse antes de se virar e andar até um grupo de garotas.

  
  -O que você estava me dizendo antes da Nina nos interromper?- Perguntei a Demi.


  -Nada- A resposta me fez arquear a sobrancelha.



  Depois daquele dia, a Demi não disse mais nada.

                                                                 
     -Hey? Demi?- Perguntei entrando na aula, Demi estava sentada na cadeira que era á sua habitual, já que era do lado da minha cadeira.


  -O quê?- Perguntou curiosa.



  -Joe me mandou uma mensagem, acho que por engano ao invés de mandar para você.



  Joe havia virado o meu amigo também, e me mandava mensagens engraçadas, mas aquela realmente era para Demi.



  Demi engasgou e seus olhos se esbugalharam.



  -Como assim?- Gritou, tentando um momento de desespero. Olhei para ela pelo canto do olho- Quer dizer... Você leu? O que tinha escrito?- Demi disfarçou o pânico.


  O que tinha de errado com as pessoas hoje?


  Demi andava estranha desde o dia em que a Nina nos interrompeu.



  -Claro que eu li, foi para mim que ele enviou- Respondi confusa. E mostrei a tela do celular para ela:



  "Demi, está tudo pronto, falta só meia-hora para eu chegar."


  -Eu não entendi, mas... Não vou me meter nos assuntos do casal.


  -Yeah... Taylor, não tem nada demais nisso. O Joe está vindo me visitar- Ela sorriu.



  -Que amável- Respondi, sorrindo. Até que o meu sorriso congelou.



  Poderia ser eu e Taylor. Ele me visitaria e diria que me amava.



  Mas não era ele. Nunca seria ele. E esses cinco meses sem nem ao menos uma ligação me dizia que ele havia seguido em frente.



  Meus olhos queimaram.


 Eu o amava demais para seguir em frente. Sempre amaria.


  -Taylor, não fique triste- Demi falou exasperada- Por favor...



  -Eu não vou assistir a aula hoje, vou para o dormitório.



  -Eu...- Demi tentou argumentar, mas só abaixou a cabeça tristemente e assentiu.



  -Está tudo bem, só estou cansada- A tranquilizei, sorrindo largamente.



  E como a minha melhor amiga, ela não acreditou. Mas me deixou ir.



  Andei até o meu dormitório novamente. Abri a porta, e a bati.



  Fui até a minha cama, arrastando o meu ursinho de pelúcia comigo. Logo então eu consegui chorar.



  Uma batida na porta me acordou.



  -Demi?- Resmunguei- Eu estou bem!



  Até que eu me dei conta de que Demi nunca bateria na porta, nem mesmo se esquecesse a chave. E já que eu estava vestida ainda, com o meu vestido branco, eu me levantei e andei até a porta descalça.



  E entrei em estado de choque ao abrir a porta.



  Ok, era uma boa era para alguém em acordar. Eu obviamente estava tendo um lindo sonho.



  O tipo de sonho que te faz chorar quando você acorda.



  Olhei para o garoto moreno em minha frente, seus olhos negros me encarando com uma expressão séria que não consegui disfarçar a saudade, seu sorriso lindo e largo dedicado a mim. 



  Eu mal pude dizer algo até ele me envolver em um abraço quente.



  -Eu senti a sua falta- Foi tudo o que ele falou em meu ouvido. Seu hálito quente me causou cócegas. 



  -Ok, esse é um ótimo sonho, que ninguém me acorde, Deus! Por favor!- Resmunguei, o abraçando com força. 



  Ele deu risada e me separou um pouco dele para sorrir e tentar dizer:



  -Taylor, você não está...



  -Shhhh- Falei suavemente- Deixa eu aproveitar.



  Ele gargalhou, até eu estar totalmente lucida.



  -Ai meu Deus!- Gritei, dando um pulo para trás quando ele beijou o meu rosto- Você realmente está aqui?



  -Yeah! Realmente estou. Pode se aproveitar disso- Falou maliciosamente.



  Eu corei.



  -Oh! Eu meio que te ataquei, desculpa. Eu estava meio que sonâmbula.



  Ele se aproximou de mim e tocou o meu rosto, aonde queimava em brasas.



  -Tudo bem, me faça um favor- Sussurrou em meu ouvido- Toda vez em que estiver sonâmbula, me procure- Sorriu e meu rosto queimou mais ainda.



  -Ok, Taylor- Mantive a minha compostura, mas eu queria abraça-lo. E não ajudava ele ficar sussurrando em meu ouvido- Por quê está aqui? Na faculdade? 



  Lembrei da mensagem do Joe, ele veio com Joe.



  Demi iria me pagar, ela sabia.



  -Por quê você acha? Eu estou aqui por você.



  E o meu mundo parou com simples palavras que significavam tanto.



  -C-como A-assim?- Engasguei.



  Não fazia sentido. E ele ainda me dizia que não era um sonho.



  -Desde o dia em que terminamos, eu sabia que você estava errada- Sua voz era grave- Taylor, eu nunca estive infeliz com você, pelo contrário- Afirmou.



  Antes que eu percebesse estava chorando. Lágrimas escorreram pela minha bochecha na mesma hora em que em que ele me abraçou.



  Taylor começou a sussurrar para mim, enquanto minha cabeça estava apoiada em seu ombro e seus braços enlaçados em minha cintura. Eu chorava de forma silenciosa, ensopando a sua blusa.


  -Eu te amo, Taylor- Ele murmurou- E  tenho te amado por muitos anos. Não sei porque pensou que não ficaria triste com a sua partida, não da faculdade, mas da minha vida. Você só andar para longe e esperar que eu a deixe ir. 


  Como ele poderia estar aqui? Me pedindo para não deixar ele? Me dizendo que me ama? Era tudo tão inacreditável. Tão surreal.



  -A Kim me disse o que havia te dito e eu lhe dei uma bela de um bronca- Sua voz parecia ferida- E era verdade, eu me perdi um pouco por algum tempo sentindo a sua falta. Tentei falar com você, mas você havia me empurrado. Mas isso é passado e eu me recuperei, aquele menino de antes foi embora. Você não consegue ver? Agora tudo está mais claro, até o que eu sinto.



  Eu abri a minha boca para argumentar e ele me ignorou.



  -O maior erro da Kim era pensar que você é substituível e você não é. Ela pensou que se você se fosse, ela iria ocupar o seu lugar, mas ninguém pode Taylor. Não consigo amar ninguém além de você.



  Ele tocou o meu cabelo com a mão e me separou dele para limpar as minhas lágrimas.



  -Você é tudo o que eu vejo, Taylor. Tudo o que eu quero e tudo o que preciso- Eu suspendi o meu rosto e vi que os seus olhos também continham lágrimas- E tem sido assim desde que eramos pequenos. Você é a minha melhor amiga, e a única garota que eu amo. Você é única e especial. E eu não vou deixar você me empurrar de novo, porque eu não estou indo embora e nem vou deixar que você vá- Sendo assim ele me beijou.



  Sua boca encontrou a minha. Eu instantaneamente parei de chorar e correspondi o beijo. Era selvagem, sensual e lento, como uma promessa.



  -Diga que vai ficar comigo, diga que me ama- Pediu depois que nos separamos.



  -Eu te amo- Respondi ferozmente- E nós nunca estivemos separados. Todo esse tempo- Seus olhos negros brilharam e ele voltou a me beijar.



  -Ótimo- Taylor respirou fundo, olhando para mim- Porque eu não iria medir esforço para te fazer mudar de ideia- Sua voz era maliciosa e me fez dar risada.



  -Eu senti a sua falta, sinto muito ter feito isso, por ter terminado com você- Sussurrei para ele- Em todos esses meses eu senti a sua falta e desenhei você em cada página do meu caderno. Eu acordava e dormia pensando em você, vivendo pela metade e chorando pelos cantos. Tudo o que eu conseguia fazer era ficar voltando até dezembro... Ficar voltando até você- Ele sorriu ao ouvir as palavras que escapavam da minha boca.



  -Não precisa mais baby, estou aqui agora, estou aqui com você- Taylor me beijou de novo e eu passei os meus braços pelo seu pescoço e uma das minhas mãos foi parar em seu cabelo e eu puxei. 



  -E como nós estamos?- Perguntei um pouco receosa.



  -Juntos. 



  -Brigamos muito...- Constatei o abraçando.



  -E amamos fazer as pazes- Sorrimos entre o beijo.



  E por vários minutos me deixei levar pelo seu calor, pelos beijos e pela sua mão em minha cintura, me fazendo sentir cada parte dele. Nos fazendo nos encaixar como peças de um quebra-cabeça. Até que eu pensei em algo que me deixou confusa.



  -Taylor... Como vamos sobreviver ficarmos longe um do outro? Porque eu mal posso aguentar manter as minhas mãos afastadas de você agora, imagina por um ano- Murmurei, parando de o beijar para olha-lo nos olhos.



  -Eu tenho uma resposta perfeita: Skype, Mensagens, Videos, Cartas... A muita forma de nos comunicarmos. Mas tenho outra alternativa- Seu tom soou conspiratório e ele me entreolhou com um brilho em seus olhos negros.



  -E qual é?- Perguntei curiosa.



  -Sabe por que demorei cinco meses para vir até aqui?- Quando viu que balancei a cabeça, continuou:



  -Porque por mais que eu quisesse vir atrás de você no momento em que terminou comigo, eu tive que aguardar o momento certo. Você precisava de espaço e eu lhe dei. Mas além de tudo, resolvi as coisas comigo mesmo, está na hora de crescer e virar o homem que você merece. Então resolvi que era hora de me formar- Seu tom de voz me deixou orgulhosa.



  -Sério?- Eu estava eufórica. Queria saber se tinha ouvido corretamente, isso tudo parecia bom demais. Em alguns minutos atrás eu estava chorando porque sentia falta dele e agora ele estava aqui, falando que me amava e que ia fazer a faculdade.



  -Sério. Parei de trabalhar na oficina e resolvi fazer algo que realmente me dá uma noção de futuro, eu peguei todo o dinheiro que havia juntado trabalhando e meu pai me ajudou. Decidi esperar esse tempo e juntar mais dinheiro e consegui entrar para a faculdade aqui em Nova York. 



  Meu sorriso cresceu tanto que pensei que meu rosto ia se partir. 



  -Eu vou fazer faculdade aqui, Taylor. Na mesma faculdade que você- Eu trouxe o seu sorriso até o meu, e o beijei.



  Eu mal podia acreditar que íamos ficar juntos. Mas era como eu sabia que isso iriamos acabar: Juntos. Eramos fortes o bastante para não quebrarmos com a distância.



  Meus pais e os pais do Taylor já sabiam que iriamos ficar juntos desde crianças. Quando brincávamos juntos e nunca implicávamos um com o outro, apesar de ambos sermos teimosos. Eu sabia que ele era especial desde sempre, inclusive quando me protegeu de um garoto que puxava o meu cabelo na minha oitava serie. Eu sabia que o meu coração era dele pela forma como segurava a minha mão, como me beijava e como me segurava em seus braços. Eu sabia que ele era meu pela forma como o frio na minha barriga não parava, mesmo quando eu estava separada dele. Ele era meu da mesma forma como eu era dele. E nada, nunca iria nos manter longes um do outro.



  Porque eu estava apaixonada pelo meu melhor amigo, o garoto de pele bronzeada, de sorriso doce e uma linda alma. O mesmo garoto que eu sentava ao meu lado enquanto eu tocava violão ao doze anos e o mesmo garoto que estava ali de pé me beijando e dizendo que me amava.



  E pela primeira vez em meses, eu me sentia bem novamente.


  
  -Sério,Taylor?- Perguntou Demi - Você quer me matar ainda?

  -Não- Respondi sinceramente. Estamos, eu, Taylor, Joe e Demi, sentados em um dos banco no Central Park, quanto pela primeira ver o sol de Nova York estava realmente bom para ser apreciado- Eu realmente gostei da surpresa, acho que foi melhor você não ter me contado ou eu teria surtado. O resultado foi bom, muito bom- Olhei para Taylor maliciosamente.

  E ele me respondeu com o mesmo olhar. E todo nós ficamos ali conversando por um tempo até que a Demi viu um carrinho de sorvete e arrastou o Joe com ela, deixando eu e o Taylor sozinhos. Estávamos de mãos dadas.

  -Você algumas vez pensou nisso? Nós dois juntos, na mesma faculdade, sentados em um banco da faculdade e imaginando como será a vida daqui a alguns anos?- Perguntei encostando a minha cabeça em seu ombro.

  -Sim, muitas vezes. Eu sonhei com isso por um longo tempo, não importava aonde fosse, por tanto que estivéssemos juntos.

  -Eu já disse o quão incrível você é?- Cara, eu amava esse garoto!

  -Nunca é ruim continuar falando, baby- Demos risadas e ele me beijou. E eu não podia imaginar algo melhor... 

Fim
Hey Guys! Acho que eu vou chorar, sério! :'(
Minha primeira mini-fic...
Eu amei escrever essa mini-fic (Não achei o final digno ,mas tudo bem).
Espero que tenham gostado da Mini-fic da mesma forma que eu gostei.

Beijos