(Parte 4) Mini-Fic: Back To December.

domingo, 18 de agosto de 2013



"So this is me swallowing my pride,
Standing in front of you saying
I'm sorry for that night
And I go back to December all the time,
It turns out freedom ain't nothing but missin' you
Wishing that I realized what I had when you were mine
And I go back to December, turn around
And change my own mind
I go back to December all the time"


  Algumas horas depois de eu e o Taylor termos voltado a namorar, combinamos de ir ao boliche. Só pelo fato de vê-lo caindo até a minha porta me fez pular como uma adolescente. Minha mãe estava radiante com o retorno do meu namoro.


  Ela me disse "Eu amo tudo que a faz feliz". Isso me fez sorrir como uma louca, não que eu me importasse. A Meredith dava piruetas como se sentisse a minha alegria.



  -Hey- Taylor disse me beijando. Suspirei quando me separei dele.



  -Que tal irmos no meu carro hoje?- Sugeri- Faz um bom tempo que eu não dirijo.



  -Não sei- Ele sorriu maliciosamente- A mota tem as suas vantagens- Soquei de leve o seu braço.



  -Vantagens como a qual eu não posso me mexer e a minha única alternativa é te abraçar?- Perguntei arqueando uma sobrancelha.



  -Yeah! É a minha parte predileta da noite- Isso me fez rir.



  -Se comporte- Ele começou a rir também.



  Entramos no meu carro, ele nem se preocupou em ligar o rádio nem nada. Liguei o carro e comecei a dirigir. 



  -Quando a sua amiga Demi vai vir para a cidade?- Perguntou quando o meu celular tocou com uma mensagem da Demi.



  -Aqui diz que em dois dias- Sorri, eu sentia muita falta da Demi. Ela é o tipo de pessoa que é ótimo se ter por perto.



  Chegamos ao boliche, era um lugar com paredes vermelhas. Era um local que sempre estava cheio, por causa da falta de entretenimento da cidade.



  Quando estávamos estrando no boliche, um garoto de cabelos escuros quase pretos que era da mesma cor dos olhos cumprimentou o Taylor e sua galera que o acompanhava também. Sorri para a turma.



  -E ai, Joe!- Taylor falou animado. Reconheci o nome e associei ao cara que dava festas loucas, e a festa em que a Kim encheu a cara de bebida.



  -Quem é essa?- Joe perguntou depois de um série de cumprimentos.



  -É a Taylor, minha namorada- O Taylor suspendeu as nossas mãos entrelaçadas e eu sorri.



  -Se deu bem- Sorriu o Joe maliciosamente me analisando- Loira de matar.



  Depois ele xingou assim que o Taylor deu um tapa em sua nuca.



  -Mostre respeito- Falou.



  -Ok cara!- Joe reclamou. Mas instantes depois estava sorrindo novamente- Prazer em te conhecer Taylor, realmente um prazer- Então ele e sua turma saíram antes que pudesse levar outro tapa.



  Eu dei risada, o Joe era o tipo de pessoa que parecia ser sempre bem humorado (o que explica as festas) e o Taylor me olhou com uma expressão divertida depois de alguns segundos. 



  -Sabe de uma coisa?- Perguntei pensando- O Joe me lembra alguém.



  -Um outro garoto? De Nova York?- Ele começou a parecer nervoso e eu gargalhei. Como ele era ciumento!



  -Não- Sem parar de rir- Da Demi. Ela é assim, alegre.



  -Uou, bem no dia da festa de verão- Ele falou olhando para mim- Que é algo que eu queria lhe dizer.



  -Ah. Então... Fale- Sorri.



  -Queria que fosse comigo.



  -Oh, achei que já iriamos juntos- Falei corando.



  -Não pensou errado, mas gosto da ideia de ouvir um sim.



  Meu sorriso se alargou. Tem como se mais perfeito? Esse garoto não era real.



  -Sim, sim, sim, sim e sim. Mil vezes sim- Falei beijando a sua bochecha.



  Em todas as outras vezes eu havia ido com ele, mas ás vezes como "Amiga" e me lembro da única vez em que tentamos ir com outras pessoas. Eu fui com Derek e ele com uma garota chamada Anastácia. Não deu certo. Eu fica preocupada com ele com a garota e ele o mesmo comigo e o Derek, então não nos divertimos e tentávamos roubar várias vezes as danças um do outro.



  Nunca demos certo separados.



  Passaram-se mais alguns dias, estava tudo ótimo, eu e o Taylor não nos desgrudávamos.  Logo após termos jantado em minha casa (com toda a minha família) eu estava no telefone falando com a Demi sobre como o Taylor era perfeito.



  A forma como ele segurava a minha mão, como sorria para mim (O tipo de sorriso que faz um coração parar), da forma como ele ria quando estávamos no boliche, ele bagunçando o meu cabelo e de como colocava os seus braços ao redor da minha cintura. Fomos ao cinema assistir um filme de comedia, eu amava a forma como ele dava risada, e colocava os seus braços atrás da minha cadeira ou me puxava para perto e me beijava.



  Eram pequenos lindos detalhes. Era como se eu nunca tivesse ido.



  Demi tinha novidades e era que se tivesse me permissão, viajaria hoje mesmo para a minha cidade.



  -Claro que pode, sua louca. Mas por quê?- Eu estava preocupada.



  -Nada, eu só quero sair um pouquinho daqui de casa, sabe? Passei toda a semana aqui e eu amo a minha família, mas a cidade é chata, as pessoas são chatas e as coisas são chatas. E ai na sua cidade tem...- Ela começou a listar- Desconhecidos, praia, boliche, aquele restaurante legal  e festas legais. 



  -Hum... Você falando assim faz esta cidade parecer realmente legal, mas nem tanto ok?-Suspirei- Vai ser ótimo ter você aqui, vai ser divertido.



  A Demi deu um grito de felicidade e disse "De madrugada eu estou ai, já tinha até feito as malas".



  Sorri.



  -Traga um vestido para a festa e um para mim- Falei antes dela desligar na minha cara.



  Essa era a Demi, com a sua sempre agitação.



  Minha mãe me ouviu rindo alto e foi até o meu quarto.



  -Qual é o motivo da animação?- Perguntou divertida.



  -A Demi talvez venha mais cedo, talvez venha amanhã? Tem algum problema? 



  -Claro que não, você sabe o quanto estamos felizes em conhecer a sua amiga.



  -Você vai gostar dela- Minha mãe era tão positiva quanto a Demi, tinha o mesmo espirito de nunca ficar para baixo. Era "festa" todo dia para as duas, só que cada uma com sua forma. Eu não tinha duvidas de que se dariam bem.



  -Só por ela ser a sua amiga, já gosto dela. Nunca tive dúvidas sobre o seu bom gosto para amigos- Minha mãe comentou sorrindo.



  -E é por isso que você é a minha melhor amiga- A abracei.



  Minha mãe era muito baixinha em comparação a mim, baguncei o seu cabelo e ela saiu do meu quarto resmungando, mas com um sorriso gigantesco no rosto.



  De madrugada já estava tudo arrumado para a Demi, o seu quarto era do lado do meu e de frente para o do Austin. Era um quarto do mesmo tamanho do meu com uma janela grande, uma cama preta em seu centro, uma mesinha encostada na parede e um papel de parede roxo.



  Como a Demi só apareceria de tarde, eu pensei em ir a praia. O Taylor havia me mandado um mensagem dizendo que estava concertando a sua moto. Eu sabia que ele queria passar todos esses meus últimos dois dias comigo. Pois eu voltaria para a faculdade essa semana. Depois da festa de verão, eu iria para a faculdade.



  Então fui para a praia, não para nadar, mas para ficar na areia olhando o sol.



  Cheguei lá e olhei a minha volta, se tinham adolescentes, pessoas com cachorros e surfistas. Sentei na areia e encarei a água.



  Senti alguém sentado na areia ao meu lado e vi que era quem eu menos esperava.


  Kim me olhava com um misto de dor e compreensão. 


  Olhei para ela quase esperando insultos, eu já estava pronta para revida-los, pois eu sabia que ela gostava do Taylor e até chegava a ama-lo. Mas ela não se moveu, ficou olhando a areia sob seus pés com uma concentração assombrosa.



  -Eu amo o Taylor- Foi só o que disse.



  -Eu também- Falei com sinceridade.



  -Eu sei, por isso que vim falar com você- Seu tom de voz era baixo, quase em um sussurro- Você precisa saber.



  -Saber do quê?- Confusão me inundou.



  -De como ele estava depois que você o largou, acho que eu mereço lhe contar isso, de lhe deixar saber- Kim aumentou a voz um pouco- Depois que você deixou ele a quase dois anos atrás, ele mudou. Ele mudou muito.


  Fiquei em silêncio, esperando que ela continuasse. E ela assim o fez:


  -Ele ia mal em tudo o que fazia, quase se matava de beber, se metia em brigas, tinha péssimos amigos e se metia com milhares de meninas; A sua mãe ficava preocupada sobre o que podia acontecer.



  Eu congelei, eu não sabia que ele havia ficado tão mal. A culpa podia me matar naquele momento. Haviam me dito que ele havia ficado mal durante um longo tempo e até mesmo ficada rebelde, mas eu não sabia que havia sido tão grave.



  -Eu via ele andando pela praia a noite, bêbado resmungando sobre uma menina que chamada Taylor. Eu ficava com pena. Eu imaginava quem teria sido a garota que havia quebrado o seu coração. Era você.



  -Eu não sabia disso- Falei enquanto uma lágrima escorria pela minha bochecha- Ele ficou assim tão mal?



  -Sim. Eu comecei a me apegar a ele a quase um ano atrás, quando paramos para conversar e vi o quão doce ele era. Falei para ele parar de beber e ele disse que não podia, pois beber fazia ele esquecer um pouquinho. Acho que ele queria te esquecer. Aos poucos conseguir fazer com que mudasse e sua mãe tentou faze-lo ficar ocupado.



  -Ela fez com que ele trabalhasse na oficina e o afastou de seus "amigos"- Kim franziu a testa ao falar a palavra amigos- Taylor começou a ficar bem, ai então você chega.



 Sua voz ficou triste, muito triste.



  -Trazendo a esperança de novo, e ele volta a ser aquele menino alegre novamente. É a primeira vez que o vejo feliz em dois anos. 



  -Tem algo errado com isso?- Perguntei com a voz rouca de chorar.



  -Sim, porque você vai embora- Ela falou- Você sabe disso e ele também. Mas ele fingi que não sabe disso, agora ele vai ficar infeliz de novo quando perceber que ele vai perder isso de novo.



  -Eu não...- Comecei a falar, mas ela me cortou.



  -Eu sei disso Taylor. Eu sei que você e o amo da mesma forma que ele te ama. Ele nunca te esquece e todas as garotas... Todas nós parecemos com você- Claro que sim, todas inclusive Kim pareciam comigo: Pálida, Cabelos loiros com olhos azuis- E sei também que se você o ama, vai dizer a ele para viver a sua vida.



  -Você está dizendo que para ele seguir a vida dele e ser feliz, eu tenho que terminar com ele?



  -Você sabe que esse é o certo. Ele acha não vive sem você, você precisa dizer a ele que ele pode.



  Mas eu não vivo sem ele- Eu queria dizer isso, mas eu sabia que a egoísta ali era eu.


  Então eu me levantei da areia e comecei a anda, deixando a Kim sentada ali sozinha. Ouvi ela dizer "É o certo a se fazer".


  E eu sabia que no fundo, se era mesmo.



  Fui para casa limpando as lágrimas e sentindo a dor queimar em meu peito. Eu iria embora em dois dias e o Taylor... Ele iria se conformar com isso? Eu ainda tinha três anos de faculdade, três anos longe daqui. Ele não podia ficar todo esse tempo me esperando. Eu não deixaria mais isso continuar, a Kim estava certa.



  Uma mensagem da Demi me fez parar de chorar.



  "Já estou na cidade"



  Sentei no degrau da minha casa por alguns minutos, até ver um carro preto parando ali perto.



  Então uma garota baixa, de cabelos longos e ruivos (Cabelos vermelhos e não do tipo ruivo de Abigail), usando um vestido preto e um coturno preto abriu a porta do carro com um sorriso imenso tão lindo que só poderia ser da Demi.



  -Demi- Eu gritei e fui para abraçar a minha melhor amiga.



  Ela me abraçou feliz. Eu já tinha até me esquecido o quanto ela era baixinha comparada a mim. 



  Minha mãe, o meu pai e o meu irmão apareceram na porta e todos abriram um sorriso. Especialmente o Austin.



  Austin ajudou a tirar as malas do carro alugado da Demi e os levou para casa.



  Eu e a Demi neste momento já conversávamos e riamos.



  -Gente, essa é a Demi, a minha melhor amiga- Apresentei todos.



  Em meia hora fizeram perguntas a Demi e ela dava risada e as respondia com naturalidade,  jogando o seu longo cabelo pelo ombro.



  -Vamos, venha ver o seu quarto- Libertei ela das garras dos meus pais gargalhando.


  -Claro- Como previsto, ela amou o quarto.


  -Eu meio que esperava decorações de gatinhos- Ela desabafou, o que fez nós duas rimos.



  -Senti tanto a sua falta- Falei a abraçando de novo.



  -Corta essa- Me abraçou com um sorriso malicioso- Eu que senti a sua falta, aposto que você ficou beijando o seu namorado.



  A menção do Taylor fez com que o meu rosto se enchesse de sombras obscuras. Demi percebeu.



  -Ah não- Balançou a cabeça furiosa- O que foi?



  -Nada, sério- Eu que iria fazer uma coisa, eu iria quebrar o seu coração novamente.



  -Então... Eu sei que eu acabei de chegar, mas eu quero conhecer o lugar. Já que amanhã tem a festa e logo em seguida faculdade- Ela franziu a testa.



  -Yeah! Deixa as suas malas aí, vamos caminhar um pouquinho.



  Ela abriu um sorriso imenso.



  -Seu irmão pode ir junto?- Perguntou inocentemente.



  -Infelizmente, meu irmão já tem dona- Apesar de ele não ter admitir, eu sabia (e todo mundo também) que ele gostava da Abigail.



  Mas eu conhecia alguém que a Demi gostaria de conhecer.



  -Ok, aonde você quer ir?- Perguntei enquanto eu avisava a minha mãe que estava saindo.



  -Eu não sei, acho que a praia e depois eu quero comer um grande hambúrguer.



  -Então vamos para a praia- A aquele momento o Taylor provavelmente estaria surfando, mas me lembrei de sua moto e suspirei aliviada, eu não queria lidar com ele ainda.



  Então lá estávamos nós depois de trocarmos as nossas roupas por biquínis, indo até a praia. Parei um tempo para perguntar a ela como estava a Maddie, a Dallas e a Dianna.



  -Elas estão bem, graças a Deus- Ela me contou que a Dallas (que era atriz) estava fazendo um filme de terror, que a Maddie tinha pintado os seus cabelos de todo tipo de cor possível e que até tinha um namorado (talvez) e que a Dianna estava com o casamente firme ainda com o Patrick.



  Só se irritou ao descrever o seu ex-namorado que a estava infernizando.



  -Que sem noção- Foi a única coisa que eu disse.



  -Eu sei- Completou ela jogando as mãos para cima.



  Desabamos na areia, perto do local onde eu havia conversado com a Kim. Eu e a Demi olhamos para os surfistas e o meu coração disparou ao reconhecer um em particular.



  -Aquele é o Taylor?- Demi me perguntou, quebrando a minha concentração.


  -Sim, como você sabe?


  -Você não tira os olhos dele- Ela deu risada- Ele é muito bonito.



  Assenti.



  Baixei o meu olhar para a areia.



  -Eu sei que tem algo errado Taylor, pois te conheço e sugiro que você realmente disfarce o olhar se não quiser que ele perceba- Sussurrou para mim- Pois ele está vindo para cá.



  Olhei para cima em pânico e tentei disfarçar quando vi o Taylor vindo em minha direção com um sorriso largo.



  Ele me disse oi e  me beijou, eu acabei revidando, mas ele me olhou de forma estranha quase notando o muro que eu estava prestes a construir sobre nós.



  -Oi- Cumprimentei de volta e apontei para a Demi que sorria um pouco afetada ao meu redor- Essa é a minha melhor amiga, Demi! Ela chegou hoje.



  Ela podia sentir a profunda tristeza que me rodeava, eu sabia disso. Podia sentir ela me olhar de lado, com um olhar quase materno de preocupação e o Taylor que era um dos meus melhores amigos também havia notado. Mas a sua educação o impedia de pular as apresentações e perguntar diretamente para mim o que havia de errado.



  -Prazer em conhece-la Demi.



  -Também é um prazer finalmente conhecer o namorado da Demi. Ela me falou muiiitooo de você- Demi demorou no muito sorrindo para mim.



  -Digo o mesmo- Taylor sorriu- Espero que goste da cidade.



  Daqui a dois dias eu não veria mais esse sorriso. E eu não tinha certeza se depois que eu falasse com ele, se ele iria querer me ver. Talvez ele fizesse o que devia ter feito antes (o que eu achei que ele tinha feito) e nunca mais olhasse na minha cara, começasse a namorar outra garota (Que não fosse loira) e que me esquecesse.



  Isso doía. Mas iria ser bom para ele.



  -Acho que irei gostar- A Demi analisava um grupo de garotos que jogavam vôlei na areia da praia. Reparei que um dos garotos era o Joe.



  Dei risada e a Demi me acompanhou. O Taylor olhou para nós duas franzindo uma sobrancelha.



  -Vai ter um festa na cada do Joe hoje e achei que como você já vai para a faculdade essa semana, gostaria de ir. 



  Assenti com a cabeça; Eu teria que terminar com ele, poderia ser depois da festa. Pois uma parte egoísta em mim, não queria deixa-lo ir tão cedo, queria tê-lo por mais algumas horas.



  -Você quer ir Demi?- Perguntei para ela que ainda olhava para os garotos.



  -Com certeza- Respondeu passando a língua nos lábios, os umedecendo. 



  -Então vamos- Tentei soar animada, mas a minha voz se quebrou.



  Droga, eu iria perde-lo de novo. Perder a melhor coisa que eu já tive na vida.



  -Que horas é a festa?- Perguntei, tentando abafar a dor que eu sentia em meu peito.



  -As nove, eu passo em sua casa para te buscar. A festa é naquela casa do Joe, aqui mesmo na praia.



  -Ok- Assenti.



  Então ele se inclinou para me beijar e eu o puxei mais para perto, querendo obter mais dele por um bom tempo. Por fim o soltei e o deixei ir.



  Esse nosso beijo tinha jeito de último. Ele sentiu isso e olhou para mim de um jeito que me fez querer chorar. Eu iria quebrar o coração dele, assim como o meu já estava quebrado.



  -Seu namorado é bonito- Demi comentou- E tudo o que você passaram...



  -Eu sei.


  -Eu queria ter tido essa sorte- Ela suspirou, sem qualquer sinal de inveja, somente constatando algo- De ter um melhor amigo incrível, que eu me apaixonasse por ele e ele por mim, que começássemos a namorar. Eu vejo que ele te ama, vejo o amor dele em seus gestos, em suas palavras e em seus olhos. E olha que eu fiquei perto dele durante alguns segundos.


  -É, ele é incrível- Murmurei. Eu mesma conseguia ouvir o fascino em minha voz.



  -Não sei qual é o problema que você provavelmente já está criando sobre você e e ele, consigo ver a aura negra que te segue e sei que está triste, mas pense antes de fazer algo, pense muito- Demi me aconselhou.



  -Eu já te disse que você é a melhor amiga do mundo?- Falei abrindo um sorriso e lançando os meus braços sobre ela a abraçando.



  -Já- Ela riu- Mas é sempre bom ouvir de novo e saber que é amada.



  Dei língua para ela e arremessei um pouquinho de terra nela. Ela gritou e se embolou contra a areia e eu dei risada. Sua revanche foi jogar o dobro de areia que eu havia jogado nela em mim.



  Durante alguns minutos esqueci-me de todo o meu drama e me divertir.



  O Taylor ainda estava surfando quando fomos embora, mas ao invés de irmos para casa, fomos para o Red. A iniciativa era levar a Demi nos locais divertidos (E de manhã permanecer nesse cronograma), já que amanhã era a festa de Verão de noite e passaríamos o dia nos arrumando.



  Uma festa comemoritiva que eu já previa ir só. 



  A Abigail (que trabalhava no Red) adorou finalmente conhecer a Demi pessoalmente (Já que só se falavam pela internet). Pronto, minhas duas melhores amigas estavam reunidas sentadas em volta de um mesa, rindo comigo sobre alguma coisa idiota, mas divertida. Eu amei.



  Depois de algumas horas fomos para casa nos arrumar para a festa (Que a Abigail não quis ir). Eu quase pulei de emoção quando vi as roupas que a Demi havia trazido com ela. 



  Um vestido azul curto com detalhes azuis que realçavam os meus olhos. E que combinava com um sapato de salto de tiras. Eu amava esse vestido. Eu sabia que talvez não combinasse com a festa, mas eu o queria usar.



  Deixei o meu cabelo solto, e passei maquiagem. Coloquei uma pulseira e um colar.



  Demi saiu mais tarde do banheiro usando um vestido preto com estampas florais, um sapato de salto alto preto. Seu cabelo ruivo grande caiu sobre as suas costas em camadas.



  -Amiga, estamos gatas!- Demi falou quando me viu.



  -Com certeza- Afirmei.



  Depois de darmos uma bela olhada no espelho, descemos as escadas e saímos de casa. O Taylor estava na porta da minha casa conversando algo com a minha mãe, ele parecia a vontade, mas eu sabia que algo o deixava envergonhado ao ponto de querer rir.



  Não fui curiosa o bastante para querer saber o que era.



  -Você está linda!- O Taylor sorriu quando me viu e se locomoveu, enlaçando a minha cintura com os seus braços e me beijando.



  -Ei! Eu estou aqui- A minha mãe disse- A sua mãe... Aquela trocava as suas fraldas- Eu franzia a minha testa, me afastando do Taylor.



  Demi riu.



  Não pude evitar rir também.



  -Ok, mamãe. Estamos indo, daqui a pouco eu estou de volta.



  Com o coração destroçado.


  -Eu com uma boa mãe deveria ter dar algum horário?- Perguntou parecendo confusa.


  -Não se preocupe, não preciso mais de horários- Falei suavemente.



  -Eu cuido dela- Demi disse e eu gargalhei.



  Fomos para a festa a pé, eu observava toda a extensão da praia. A lua estava bonita e o céu cheia de estrelas, mas era um céu nublado, que dava impressão de que iria chover. Assim como eu.



  Taylor manteve a sua mão em minha cintura, falava com Demi facilmente e basicamente eles falavam sobre algo do passado (do meu), da faculdade e entre outras coisas. Eles discutiram sobre motos (Uma coisa que a Demi entendia muito bem). Eu falava ás vezes, mas me perdi em meus pensamentos na metade do tempo.



  -Você está muito calada hoje- Ele sussurrou para mim.



  -Acho que você se esqueceu o quanto eu sou tímida- Tentei desviar.



  -Você nunca foi tímida- Ele parecia um pouquinho sério. A Demi percebeu e se afastou da gente e andou perto da água da praia, fingindo falar no celular.



  Agradeci e amaldiçoei ela ao mesmo tempo.



  -Eu sei- Eu suspirei.



  Ele se virou para mim.



  -Eu não sei o que a de errado e não quero ser evasivo, mas está me deixando louco! Seria ótimo se me contasse.



  Eu peguei a sua mão e a entrelacei na minha.



  -Não se preocupe- Minha voz soou vazia, como se eu estivesse chorando- Vou irá saber, irei falar com você mais tarde.



  Ele ficou quieto, mas não estava contente. Eu podia perceber pela forma como franzia a testa e passava a mão livre pelo cabelo.



  Demi apareceu flutuando ao nosso redor com o seu celular na mão, antes de guarda-lo em sua bolsa.



  Lancei-lhe um olhar furioso de "Saiu logo agora? Obrigada!". Ela deu de ombros.



  Perto da casa do Joe, a música alta já se era notável. Assim como a aglomeração de pessoas.



  Já se haviam pessoas bêbadas na areia da praia, e outras pessoas perdidas no enlace um do outro com beijos.



  -Que legal- Demi sussurrou- Quem diria que uma cidade tão pequena tivesse uma festa tão legal?



  Eu sabia que na festa eu não precisava me preocupar com a Demi, ela não bebia nada que tivesse álcool. Desde de seus dezessete anos, que ela não bebia, graças ao dia em que teve que ir para o hospital por beber demais e passar o seu aniversário vomitando.



  E eu, além de estar com o Taylor, não bebia. Tipo: Nunca.



  -Vamos lá- Falei.



  -Eba!- Demi falou animada- Festa!



  -Esse é o espirito!- Taylor respondeu rindo.



  Ele havia adorado a Demi, eu podia ver. Todo mundo gostava da Demi, ela é uma pessoa fácil de se amar.



  Joe apareceu na porta justo quando entravamos.



  -Hey Dude- Disse mais animado que a Demi, provavelmente por causa do copo vermelho que segurava.


  -E aí?- Taylor falou sorrindo.


  -Veja se não é a loirinha- Joe sorriu para mim, mostrando todos os seus dentes para mim. Quando seus olhos pousaram sobre Demi, ele pareceu ficar perdido- E você? Quem é?



  -Oi- Demi falou sorrindo largamente, isso pareceu atordoar ainda mais o Joe- Eu sou a Demi.



  -Prazer te conhecer- Joe falou docemente. Cadê o garoto brincalhão?



  Eu quase dei risada, mas me segurei.



  Meia hora depois, eu estava esparramada contra a parede com Taylor ao meu lado sorrindo, enquanto conversava comigo.



  Demi dançava com o Joe, e parecia feliz.



  Peguei a mão do Taylor sorrindo e o levei para dançar.



  Ele chiou um pouco sobre não saber dançar, mas eu venci.



  Ele me beijou por entre a dança. Eu correspondi.



  Olhei ao meu redor e vi a Kim encostada na parede que eu estava a alguns minutos e suas palavras vieram como farpas para mim:



  "Sim, porque você vai embora. Você sabe disso e ele também. Mas ele fingi que não sabe disso, agora ele vai ficar infeliz de novo quando perceber que ele vai perder isso de novo."



 "Ele acha não vive sem você, você precisa dizer a ele que ele pode."



  Então eu o soltei como se estivesse em chamas, me virei e corri até a porta, saindo da casa.



  Ouvi os passos quando o Taylor me seguiu.



  Eu já estava na praia e bem longe da casa do Joe, em um parte que não havia ninguém quando o Taylor conseguiu me alcançar.



  Ele segurou o meu braço suavemente e me fez parar.



  -O que foi? O que há de errado?- Perguntou-me, com seu rosto distorcido em confusão.



  -Eu não posso...- Tentei dizer gaguejando- Não consigo- Solucei.



  -Taylor!- Ele já estava em agonia- Me diga qual é o problema.



  -Eu sou muito egoísta- Falei mais para mim do que para ele- Eu quero fazer a coisa certa, mas não consigo. Nós não devíamos...



  Dessa vez ele não perguntou, só me olhou com os olhos negros assombrados.



  -Você se arrependeu sobre nós.



  -Não- Eu respondi e ele soltou o meu braço.



  -Você se arrependeu de termos voltado a ser um casal. Me diga o que eu fiz.



  -Você não fez nada, mas estamos fingindo Taylor- Murmurei- Estamos fingindo que tudo isso vai explodir quando eu for para a faculdade novamente e tudo vai voltar a merda que era.



  -Eu te disse que não havia problema...- Ele tentou, mas eu o cortei.



  -Terminamos antes por causa disso e você ousa me dizer isso agora?- Gritei, corando com raiva do destino.



  -Porque agora é diferente, nós estamos diferentes.



  -Taylor... Eu sinto muito, eu sempre vou gostar de você...



  -Não, não diga isso!- Se afastou de mim gritando em agonia- Não faça isso comigo, droga!



  Eu comecei a chorar. Mas ele também chorava.



  -Não podemos ficar juntos- Solucei, falando em voz baixa e trêmula.



  -Não faça como antes, não me deixe dessa forma- Sua voz era quase dolorosa de ser ouvir.



  -Eu sinto muito- Me virei e comecei a andar para longe.



  Dessa vez foi diferente da outra, ele não me seguiu. Quando cheguei em casa, estava chorando tanto que minha mãe acordou, mas não disse nada quando passei por ela e fui para o meu quarto.



  Lá sozinha, gritei e chorei de dor por sentir novamente o meu coração se despedaçando.



 Continua.
Hey Guys :)
Espero que tenham gostado, o próximo é o penúltimo capitulo.
E bem vinda Marianna Scala, espero que goste do que lê aqui *-*

Beijos ♥

Short Fic- Nightingale.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013



  • I can't breath withou you, but I have to. 
 Rachaduras na parede me incomodam, ficar encarando-os é um desafio e quase uma dor física. É como se todas as falhas sorrissem para você e dissessem "Tente me concertar, mas sabe que não tem jeito" O único jeito de deixar a parede perfeita é tirar todos os pisos, não só o quebrado e colocar novos.

  Era assim que o meu coração se encontrava, como um piso quebrado. Só que eu não podia tirar o meu coração, joga-lo fora e comprar outro. 

  -Taylor- Alguém me chama pelo que parece ser a sétima vez.

  -Hey- Falei distraída. Eu sabia que as minhas duas melhores amigas a Nina e a Demi estava tentando me animar.

  Estavam me levando ao cinema, para a pizzaria, para parques de diversão e comprando sorvete. Eu sabia que isso era uma distração. Uma distração para a dor.

  A minha dor era um luto.

  -Você não vai tomar o seu sorvete?- Nina perguntou timidamente.

  Olhei para baixo, para a poça do que era um sorvete antes de derreter em um copo sem animação.

  -Sinceramente- Suspirei- Não sei. 

  Ouvi o suspiro das duas também, quando concordaram mentalmente que nada podia me animar. Não que elas já não soubessem disso. Fazia dois meses, mas eu ainda lembrava de cada detalhe. Havia um sorriso em minha mente, gravado em meu coração como uma tatuagem que eu nunca esqueceria, mas que eu nunca mais veria. 

  "Você tem que tentar" Foi um conselho que deveria ser motivador que eu ouvi do orientador da escola ao ver as minhas notas.

  Eu só queria dizer "Meta-se na sua vida. Uma pessoa que eu amava morreu, as notas não me preocupam".

  Para uma aluna com notas 9, tirar um 2 era decepcionante eu sei. Mas eu não sabia o que fazer para fazer isso parar.

  A noite, eu deitava em minha cama, pensava demais e acabava chorando. Porém as lembranças que me faziam chorar, eram as que eu rezava para não esquecer. Eu amava cada imagem, cada aperto de mão, cada risada, cada momento, cada sorriso e cada beijo das memórias.

  Eram memórias de um filme antigo. 

  Eu me sentia um grande buraco fundo e vazia. Eu queria apenas evaporar. Eu não sabia o que queria exatamente. Na verdade eu sabia.

  Eu o queria de volta.

  Ligar para o seu celular milhares de vezes para ouvir a sua voz piorava tudo. A lembrava era um rasgo em meu peito. Então eu olhava o seu antigo Facebook um milhão de vezes por dia.

  E tinha coisas como "Sentimos a sua falta" "Nós te amamos" e essas coisas, eu nem olhava pois havia gente ali que não conversava com ele direito e se sentia no direito de postar fotos com luto e dizer que o amava, essa atitude me deixava doente. Visualizava as nossas conversas e pequenas e maravilhosas coisas como "Eu te amo" "Para sempre".

  "Para Sempre"

  Minhas amigas me deixaram em casa e eu tentei sorrir agradecendo.

  Assim que o carro se foi, me afastei de casa. Eu não quis entrar, eu sabia que iria chorar e os meus pais estavam preocupados com o meu estado. Eu não queria mais ver o olhar de pena deles e nem de ninguém

  Peguei a minha bicicleta e comecei a pedalar estrada a baixo.

  Eu não sabia para onde estava indo, eu só queria... Fugir por um minuto.

  Só que não se pode fugir da realidade.

  Lembrei de como havia sido o acidente, no carro de seu primo. Eu estava em casa.

  Lembro que ele me ligou, estava voltando de uma festa (que eu não quis ir) e seu primo Paul estava dirigindo o carro. Lembro de dizer eu te amo antes de desligar e ele dizer o mesmo. Lembro de ter ido dormir sorrindo.

  Horas depois, acordei com um telefona de seu irmão que chorava muito e pronto, o meu mundo desabou. Ele havia morrido. Seu primo tentou desviar de um cachorro e bateu o carro contra um poste em alta velocidade e o Drew estava sem o cinto de segurança. Entrei em estado de choque.

  E chorei até ficar com a vista embaralhada, sentindo o rasgo em meu peito. O dano que eu estava certa que sentiria para sempre.

  Fechei os meus olhos sentindo novamente a dor, o dano. E finalmente cheguei ao destino que o meu coração queria me levar.

  Olhei para o local, iluminado pela luz da madrugada. E uma plaquinha "Cemitério de Nashville".

  Era um local bonito para um cemitério. Tinha uma grama verde e flores, que mesmo assim não superava o cheiro de morte e as camadas de tristeza.

  Andei pelo caminho e pelos túmulos e parando em um especial que tinha milhares de flores, inclusive uma minha. E tinha escrito ali:

  "Drew Sheeran, amado e querido por todos. 1995 á 2013"  18 anos. Viveu tão pouco.

  Meu Drew, o meu melhor amigo e o meu namorado estava ali. Estando ali eu podia quase senti-lo.

  Eu podia senti-lo em todo lugar, porque o que nós tínhamos nem a morte separava. Eu andava pelo escola como um fantasma, olhando os seus memoriais e sentindo ele do meu lado, com a mão em meu ombro. Eu ia até a minha casa e sentia ele me observando e sorrindo e dizendo "Está tudo bem, você irá ficar bem".

  Mas não estava, nunca mais iria estar.

  Sentei na grama, ajeitando o meu vestido preto.

  -Você sabe que você ficou com o meu coração, não é?- Perguntei para ninguém em especial.

  O vento fez a grama se agitar ao meu redor. Eu sorri com o vento que bagunçava o meu cabelo, era um sorriso genuíno.

  Um sorriso que vinha antes das lágrimas.

  -Porque não importa quanto tempo passe, não importa o quanto a minha vida mude e o quanto eu cresça, você vai ser a minha única certeza solida. 

  Então eu comecei a chorar e a soluçar. A sensação era de que nada podia tirar o vazio. E ninguém me entendia a não ser os pais do Drew. Por que somente eu e eles havíamos perdido algo valioso demais para nós, algo insubstituível. 

  Com um tempo, eu me apoiei no chão (sem me importar) perto do tumulo e dormi chorando ali mesmo.  E tive o meu primeiro sonho com o Drew desde que ele tinha morrido.

  No meu sonho eu estava em um corredor. E correndo por um feixe de luz.

  No final do corredor, havia um menino: Drew. Reconheci o seu cabelo castanho escuros, os olhos azuis e a pele branca, mas sem ser pálida, e o seu sorriso brincalhão.

  Corri diretamente para o seus braços abertos, colocando a minha cabeça em seu ombro, aspirando o seu choro.

  Lágrimas caíram do meu rosto, mas eu sorria de forma triste.

  -Eu sinto a sua falta- Falei para ele.

  Ele suspendeu o meu queixo com a mão e limpou as minhas lágrimas.

  -Por favor, Taylor, não chore- Drew também parecia triste e feliz ao mesmo tempo- Eu sinto a sua falta também.

  -Você não me entende- Sacudi a minha cabeça, bagunçando o meu cabelo furiosamente- Doí tanto sentir a sua falta. Eu acho que eu não consigo...

  -Você consegue Taylor, você é muito mais forte do que pensa. Eu admiro isso em você, sempre admirei. Taylor, você é incrível. E sempre que você se sentir só, eu vou estar ali, por você. Só se lembre que eu te amo.

  Então ele me deu um beijo casto. Eu suspirei, minha cabeça dando voltas.

  -Você tem razão, mas é que é horrível não poder estar mais com você- Lágrimas vieram novamente aos meus olhos.

  -Eu sei, eu também sinto tanto a sua falta que doí. Mas é doloroso mais ainda ver você morrer junto comigo. Você tem uma vida Taylor, uma vida cheia de pessoas que te amam, assim como eu. Todos estão preocupados.

  -Eu não consigo respirar sem você...- Gaguejei. Ele me silenciou, me olhando com os seus olhos azuis olhando os meus.

  -Sim, você consegue! E deve- Afirmou firmemente- Não estou pedindo para me esquecer, mas deve se lembrar de que mesmo não me vendo, eu vejo você. Eu quero que siga a sua vida, que se forme, vá para uma faculdade, que tenha uma vida feliz e plena.

  A ideia de ter um futuro que não o incluía me assustava.

  -Eu nunca vou te esquecer Drew, você sempre vai ser o meu melhor amigo- Falei para ele.

  -Eu também não Taylor. Você vai ser sempre a garota loira linda e teimosa que eu amo- Ele disse.

  -Eu também te amo... Para sempre- O beijei.

  -Para sempre- Ele afirmou.

  Então ele começou a desaparecer sobre as minhas vistas.

  Não. Eu queria mais tempo, queria memorizar mais o seu rosto  que eu já havia decorado de cor.

  Então eu acordei, ainda deitada no tumulo. Esfreguei os meus olhos sonolentos e me levantei.

  O sonho havia sido tão real, eu sentia que havia sido real. 

  Eu senti uma presença familiar do Drew ao meu redor e sorri largamente.

  "E sempre que você se sentir só, eu vou estar ali, por você. Só se lembre que eu te amo."

  -Eu vou tentar Drew- Sussurrei contra o vento- Por você, por mim e por todos. Porque eu te amo. E vou te amar para sempre.

  Quase podia sentir o seu sorriso. Sim, eu sentia. E sempre continuaria sentindo o seu amor.

 Em quanto o Drew estivesse em meu coração, em minhas lembranças, eu o amaria. Por que o nosso amor é um laço que nada pode cortar. Amor não se substitui ou esquece. O meu amor por ele seria eterno. Sempre.

  Memórias nunca morrem, muito menos o amor. 


FIM