Meus doces 17 anos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

  Meus "doces" 16 anos estão indo embora hoje, esta noite eu completo 17 anos. Pode parecer tão pouco e jovem para muitos, mas eu consigo perceber a minha adolescência se esvaindo e rápido demais.  Quando criança, eu sonhava em fazer 15 e 16, achava uma idade mágica em que as meninas eram maduras, bonitas e tinha namorados fofos, divertidos e maduros. Bem, não foi assim para mim. Mas eu posso afirmar que realmente ainda há uma certa inocência fofa nos 16 anos que eu não consigo definir. Só gostaria de agradecer a Deus, por ter me dado a chance maravilhosa de poder completar 17 anos, pelas experiências que me proporcionada e por tudo mais. 

  Se eu pudesse, permaneceria com 16 para sempre. Tendo sempre essa mesma inocência, forma de pensar e continuar sendo ignorante sobre coisas que os adultos não são. Muitas adolescentes pensam "Tenho 16/17 anos e sou adulta, posso mandar em meu próprio nariz e ninguém pode contrariar, pois a vida é minha" eu não penso assim, me considero um bebê super manhoso e chorão (e a quem diga que fofo). Por que ao meu ver, é tão bom não ser adulta, não ter responsabilidades muito grandes, ser protegida do mundo real e chorar por "besteira" ao invés de chorar pelas coisas que realmente machucaram futuramente, e claro, é ótimo não trabalhar ou fazer faculdade. 

  Meu ensino médio se conclui ano que vem e só posso dizer o quanto o concluir dessa fase da minha vida me assusta. Ainda mais pelo fato de eu fazer 18 anos ano que vem. Se de maior assusta cada célula de meu corpo. É aquele friozinho na barriga que parece aquele de quando ia ao médico quando criança e via uma agulha, ou quando se perdia no supermercado e não conseguia achar os seus pais. Eu tenho medo de crescer e ter que amadurecer. Só de pensar por ter que responder por mim própria e não ter os meus pais o tempo todo, já me bate esse friozinho. Podem me chamar de filhinha da mamãe, pois eu realmente sou e amo isso :p

  Talvez os meus 16 anos não tenham sido exatamente doces e que não tenham tidos namorados bonitos (ou um só pelo menos). Mas nessa idade, conheci ótimas pessoas (amigos), dei muitas risadas, passei ótimos momentos, li milhares de livros novos, fiz descobertas intrigantes, conheci grupos/músicas novas, aderi novos vícios, tive novas experiências, descobri mais sobre mim mesma, tive magoas necessárias, chorei tanto quanto sorri e sinceramente, 16 foi marcante.

  Por incrível que pareça, os meus 15 foram completamente diferente dos 16 e eu obviamente amadurecei de lá para cá. Laços de amizades que eu achava ser duradora foram desfeitos com essa virada (amém) e outros foram refeitos, pessoas destrutíveis foram embora me dando espaço para amadurecer e criar novos laços. Meus 16 foram a minha virada, a minha descoberta de que a coisas mais importantes do que um coração partido e que a vida não acaba só porque algo terminou, não mesmo.

  Eu só quero ver (e eu espero conseguir ver) os meus 17 e eu espero, que seja tão surpreendente e cheio de amor, risadas e lágrimas quanto eu tenho certeza de que será. Ainda dá tempo de eu virar uma daquelas personagens de 16/17 anos que descobrem uma coisa surpreendente sobre elas e acaba descolando algum carinha gato (só falando u.u) 

  Enfim... Feliz aniversário a mim mesma


R.I.P Drica ♥

quinta-feira, 16 de outubro de 2014



  Você sempre tentava morder as visitas na hora da saída, e roubava as comidas que deixávamos em cima da mesa -principalmente os sacos de pães. Era costume te ter sempre tentando me morder, e você nunca me deixava dormir porque latia a noite inteira, dentro ou fora de casa. Além de que, derramava as vasilhas de água e fazia uma meleira (o que deixava a casa inteira suja), e  você sempre fazia xixi ou o número dois dentro de casa, mesmo quando a porta estava aberta. Não consigo esquecer que roubava a comida/ração dos seus filhos e isso acarretava em muitas brigas. 
 Apesar de todos os seus defeitos, você tinha milhares de qualidades que os esmagavam, e me arrependo das vezes que disse que você era uma cadela má ou coisas do tipo. Você sempre foi uma ótima cadela. Sempre nos protegia e era carinhosa. Muito obrigada por ter estado em nossas vidas.
  Lembro do dia em que te adotamos, eu ainda era uma criancinha muito pequenininha, de apenas três anos. Eu ficava abraçada a você sempre que podia. Naquele tempo eu já sabia que não podíamos ter tido uma opção melhor que você.
 Sinta falta dos seus latidos de madrugada, da sua carência incrivelmente doce, e de como encostava o seu focinho em minha perna para me fazer afagar a sua cabeça. Sinto falta de quando fazia pequenos barulhos para chamar a atenção, e de como ficava feliz quando brincávamos com você. Você era parte da família, um membro insubstituível. Eu sinto tanto que você tenha sofrido com o tumor e com suas outras doenças, todos nós sofremos com a decisão de te sacrificar -eu odeio tanto essa palavra, para que você não sentisse mais dor quando sabíamos que já era o seu estagio final (principalmente meu pai, que era o mais apegado a você). Faz apenas oito dias que você se foi e acredite, parece um longo tempo. 
   O céu dos cachorros deve ser um lugar incrivel! Espero que tenha muito comida e coisas mastigáveis por ai, e que você esteja com suas outras filhas.  Sentimos a sua falta e estamos cuidando dos seus filhotes (que não são mais filhotes). Sei que ai você não sente dor e que também é amada. Desejo do fundo do meu coração que em sua outra vida, você tenha donos maravilhosos, e que eles te amem como te amamos e que você ainda tenha essa sua alma de uma verdadeira guerreira que luta pelo que quer. Você não será esquecida. Eu te amo, Drica. Sentimos a sua falta todos os dias.

Nota de 2017 adicionada: É mais difícil sentir a sua falta em uma época de São João, quando os fogos me assustam e eu lembro que como você também tinha medo, e eu te abraçava o tempo inteiro enquanto ambas nos acalmávamos juntas. Não acredito ainda que se passou tanto tempo desde que se foi...