Love me- Capitulo 7.

terça-feira, 2 de julho de 2019

DEMI

Nick parecia ter o super poder de me fazer rir a qualquer momento.

Era incrível que meu nível de chateação foi a nula desde que havíamos saído. E as pizzas estavam ótimas, o que contribuiu no meu bom humor.

-É um milagre a Taylor não ter te mandando uma mensagem, ou algo assim- Disse Nick enquanto comia uma fatia de sua pizza.

-Ela está em uma espécie de encontro, disse que ia fazer um trabalho com Jake em nosso dormitório, mas na verdade, todos conseguem ver a tensão entre aqueles dois.

Quando fomos pagar pelas pizzas, a atendente deu em cima do Nick na cara dura. Bufei irritada diante da cena. Tudo bem que éramos apenas amigos, mas ela não sabia disso. Não já não estava sendo profissional dando em cima de um cliente, e isso só teria sido pior se estivesse dando em cima de um cliente que estava acompanhado da namorada, que olha só também era uma cliente, na frente dela

Minha irritação se esvaiu assim que percebi que Nick estava alheio ao flerte, ignorando a mulher completamente, focado na missão de pagar a conta. Não consegui evitar a risada que se proveu disto.

-O que foi?- Perguntou curioso, olhando ao redor.

-Nada- Abafei a risada, enquanto levantava da cadeira.

Mordi o meu lábio enquanto caminhávamos até o seu carro, um presente de dezesseis anos de sua mãe. Me fazia sentir saudades do meu que havia ficado na Inglaterra por conta dos custos. Agora ou pegava carona com ele ou andava de ônibus.

Estudei o seu rosto, isso era algo que eu amava fazer e Nick sempre ficava envergonhado quando me pegava olhando.

-Demi?- Sua voz me fez sair do transe.

-O quê?- Perguntei de forma inocente e ele sorriu.

-Você pode parar de me encarar? Não é justo quando eu estou dirigindo e não posso te olhar de volta- Ele corou, parecendo ter se dado conta de que admitiu querer me observar. Minha gargalhada irrompeu o ambiente e Nick riu também.

Ele era adorável.

Quando chegamos ao campus, Nick desligou o automóvel e saiu do carro. Virei-me para ele e o abracei forte.

-Obrigada- Agradeci, sentindo o seu cheiro. Coloquei o meu rosto contra o seu pescoço e seus braços circularam a minha cintura.

-Não precisa me agradecer. Sabe que você é minha kriptonita e eu faria tudo por você- Eu sabia que ele estava sorrindo enquanto falava.

-Eu sei. Eu te amo por isso- Quebrei o abraço e lhe dei um beijo na bochecha. Antes de sorrir feito uma maníaca para ele. -Você é o único que eu nunca posso assustar para longe de mim.

-Nunca mesmo- Afirmou.

Caminhamos pelo campus, na escuridão iluminada pelas lâmpadas dos postes. As árvores e suas sombras davam ao local um tipo de visão assustadora e macabra. O campus estava deserto, todos pareciam já estar dormindo. Já era tarde, umas nove horas da noite e amanhã tinha aulas.

-Demetria!- Uma voz rouca e masculina que por muitas vezes tinha me assombrado disse na escuridão.

Nick e eu pulamos, olhando ao redor a procura do dono da voz.

Em minha mente, automaticamente comecei a rezar para que fosse um delírio de minha mente cansada.

Um homem magro e de aparência cansada apareceu em nossa frente.

Nick assumiu uma postura alerta diante de minha reação. Não sabia bem se ele percebeu que se tratava de meu pai biológico, pois nunca o havia visto pessoalmente.

Um tremor passou pelo meu corpo.

-O que você está fazendo aqui?- Acusei, odiando que soei como se estivesse ferida.

-Vim te ver, minha filha- Sua voz era calma, parecia respirar com dificuldade.

Raiva era tudo o que consegui sentir. –Você não tem o direito de vir até aqui, de me procurar.

Deu dois passos para trás, e teve a audácia de parecer ferido.

-Demi, eu sou seu pai e...

Eu coloquei a minha palma para cima, fazendo-o se calar. Um sinal universal para que se calasse.

-Você nunca foi meu pai. O meu pai se chama Scott Swift, ele me levava para tomar sorvete todo final de semana, planejava minhas festas de aniversário com a minha mãe, foi ele quem dançou comigo em meu baile de debutante e era quem estava sentado com o restante de minha família na formatura quando me formei do colegial.

-E-eu... – Respirou fortemente, inalando devagar. –Sinto muito, mas preciso falar com você.

-Você pode precisar falar, mas isso não significa que eu preciso ouvir. Por favor, só suma como fez a minha vida inteira.

Não esperei que ele fosse embora, então arranquei o band-aid eu mesma. Passei por ele o mais longe possível que pude em direção ao meu dormitório. Esperei que ele não tentasse mais nenhum contato, como me impedir de ir. Nick seguiu ao meu lado e notei que ele deve ter dado a este homem estranho uma razão para não fazer tentativas.

Nick não hesitaria em machucá-lo caso ele estivesse me machucando.

Preste a entrar no prédio, Nick segurou meu braço. –Demi, por favor, espere que eu entre pelas portas dos fundos. Não vou te deixar sozinha agora.

-Eu não quero mais ficar aqui- Tentei dizer com a voz rouca. Parecia que havia algo entalado em minha garganta.  –Como posso ficar sabendo que ele pode aparecer novamente?

-Então que assim seja.

-Como assim?

-Você vai ficar na minha casa, você e Taylor. Podem morar lá, já havia te dito isso milhares de vezes.

Era verdade, Nick sempre quis que morássemos em sua casa até mesmo antes de fato nos mudássemos. Mas como Taylor e eu queríamos independência total nessa experiência, o dormitório tinha sido a melhor opção em nossas opiniões. Apesar disso, ele nunca parou de dizer a nós duas como podíamos nos mudar para lá o momento que quisesse. A casa era de seus pais e extremamente imensa, que agora só era ocupada pelos dois irmãos.

-Você tem certeza disso? Podemos ser bem barulhentas- Funguei.

-Eu melhor do que ninguém sei disso.

Não chorei naquela noite, era como se estivesse anestesiada. Não era como se não sentisse, porque sabia que o que estava sentindo era tristeza. Ela queimava em meu estômago. Mas não consegui expressar ela.

Peguei algumas coisas e coloquei em uma mochila, indo com Nick até sua casa. No carro, ele falou com alguém pelo telefone e eu podia apostar que era com minha irmã, mas não parei pra ouvir.

Mesmo com os quartos de hospedes, Nick me guiou até seu quarto e fiquei extremamente grata. Não queria ficar sozinha. Quando ele fez menção de sair do quarto, ergui meus braços para ele. Era meu modo de pedir que ficasse comigo.

Ele foi direto para meus braços, me abraçando firmemente. –Eu estou aqui com você, não vou te deixar ir. Você pode se permitir sentir agora, Demi.

E com essas palavras, o nó em minha garganta se intensificou.

Grandes lágrimas escorreram do meu rosto, encharcando a pequena garotinha que se sentia pequena pelo abandono.


E assim como ele disse, Nick não me soltou. 

Continua.
Sou muito apaixonada SIM pelo Nick e admito! Espero muito que gostem ♥

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