Olá amores! Sim, não recomendo lerem esta one-shot, eu a postei e a mantive durante todos esses anos aqui no blog pelo simples fato de ser uma lembrança para mim. Esta escrita veio a mim de um trabalho que fiz enquanto ainda estava no fundamental (nono ano, para ser exata) e nesta tarefa tínhamos que escrever um conto e em seguida filma-lo. Como podem perceber, fui a psicopata e foi muito divertido gravar esse besteirol todo na época. Todos os nomes são de pessoas que estudaram comigo, e que mesmo não sendo mais próximos de modo algum, gosto de recordar como foi. Não consigo nem mesmo editar essa one-shot, então a deixarei com seus erros do jeito que sempre foi. Se escolher ler, boa sorte e não desista de mim por isso!
O mal sempre existiu, assim como todas as forças boas e puras. Essa parcela obscura e ruim existe em cada um de nós, como um instinto que nos inclina para fazer o que não devemos. Os demônios internos existem, mas não como pintados em quadros horrendos ou em blibia com declarações sobre o inferno, todos esses seres ruins estavam dentro de nós. As vezes, alguém carrega tanto rancor e ódio que não consegue pensar em coisas boas. Ela se
esconde em sua própria escuridão que nem percebe que ela é a escuridão.
O inferno começou em um dia de escola.
Sete alunos do nono ano estavam fazendo um
trabalho de vídeo, e vamos dizer que estava tudo calmo entrelinhas.
-Então vai ser um filme de terror?-
perguntou Wellington a câmera do trabalho, ele segurava uma câmera pequena e
apontava a maldita luz contra os olhos
de Laiane.
-É eu já te disse- disse Laiane calmamente
mexendo em seus cabelos pelo que parecia a décima vez em apenas cinco minutos.
-Então qual vai ser o roteiro?- perguntou
Clivia, se olhando no espelho. -E onde vamos filmar?
-Acho que deveria ser clichê como um
assassino a solto na escola- disse Danrley o roteirista da história.
-O que você acha Gabriella?- perguntou
Tainara olhando para Gabriella que estava sentada no chão do banheiro com as
mãos envoltas em seus joelhos.
-Eu acho que a filmagem deveria ser no
banheiro de baixo, sabe, lá tem pouca luz, daria um efeito assustador- ela
sorriu e levantou-se do chão.
-Ficaria interessante- disse Nayuke.
Todos
pareceram concordar como se presos em um feitiço estivessem. Riram de forma
boba enquanto caminhávamos para o banheiro.
Mal eles sabiam o que estava por vir...
Todos desceram até o banheiro de baixo que
tinha o efeito corredor da morte pela péssima iluminação
Eles estavam lá embaixo discutindo sobre
o trabalho depois de minutos quando as luzes começaram a apagar e acender
sucessivamente. Todos ficaram assustados e se levantaram.
-O que é isso?-Perguntou Laiane.
-Isso não é de Deus!- disse Danrley se
preparando para ir embora
-Com certeza- Gritou Tainara
-Deve ter sido um problema de luz besta-
Gabriella falou como se tudo estivesse bem
-Um probleminha de luz besta?- disse Laiane
incrédula. -Isso é o que sempre dizem nos filmes de terror e todos sempre acabam morrendo.
-Fala sério!- Gabriella respondeu
calmamente. -Estão com medo assim tão fácil?
As luzes se apagaram de vez e todos
gritaram e no meio a euforia, e quando se acendeu de novo Clivia e Gabriella
tinham desaparecido.
-Cadê Clivia? E Gabriella?- perguntaram
autônomos.
-Temos que procura-las- disse Wellington
com a câmera ainda ligada e registrando tudo o que estava acontecendo. -Tem
algo muito sinistro acontecendo aqui.
-Eu vou dar o fora daqui- Disse Danrley
-Covarde!- Disse Tainara
-Vamos separadamente, assim podemos acha-las
mais rapidamente afinal temos que terminar o trabalho!-Disse Laiane como se
fosse à voz da razão.
Eles foram procurar as duas
recém-desaparecidas.
Eles
foram até o corredor e as luzes começaram a se apagar e quando nem piscaram
direito e Danrley tinha sumido. Wellington deu um grito de pavor ao perceber o
sumiço do amigo.
-O que está acontecendo aqui?- perguntou.
-Temos
que descobrir o que é!- disse Tainara
-Isso é muito estranho- Nayuke disse indo de um lado para o outro
Eles continuaram procurando até que viram
que o chão do banheiro tinha sangue em quase todos os pisos.
-Oh, meu Deus!- Laiane gritou e correu até a
porta do banheiro da escola.
-De quem será que é o sangue?- perguntou
Tainara pondo as suas mãos em sua cabeça
-Estamos trancados- disse Laiane
desesperada.
-No fim do corredor também!- disse Nayuke
voltando do corredor. -E parece que todas as portas das salas dos menores.
-Somente o laboratório está aberto, mas não
fui verificar- prosseguiu Nayuke.
-Gabriella falou que todos da escola
estariam aqui, temos que gritar- disse Laiane.
Eles começaram a gritar, porém ninguém respondeu.
-Merda, que droga. Nós vamos morrer aqui- Wellington falou baixinho.
-Impressão minha ou tem uma luz vindo do
corredor?- Tainara perguntou.
Eles
foram até lá e viram a sala de biologia com a porta escancarada e a luz ligada.
O corpo de Clivia estava no chão coberto com um pano branco
ensanguentado.
-Ai
meu deus!- disseram Laiane e Tainara chorando.
-Vamos
morrer, vamos morrer- disse Wellington desesperado.
Eles
correram e gritaram, mas ninguém respondia.
As luzes se apagaram novamente e eles ouviram
o grito de Tainara de longe e quando se acendeu as luzes, Tainara havia sumido
do corredor.
-Tainara!-
Laiane gritou também desesperada.
-Temos
que ir!- Disse Nayuke correndo.
Novamente
as luzes se apagaram e Nayuke desapareceu assim que as luzes se acenderam.
-Não!-
Alguém berrou.
Eles
passaram pelo banheiro e acharam o corpo de Tainara, Nayuke e Danrley, seus
corpos estavam iguais ao de Clivia, lenços brancos e muito sangue.
As
luzes se apagaram e Laiane sumiu e Wellington estava sozinho. Ele começou a
correr e correu só que as luzes apagam e quando acenderam Gabriella estava na
sua frente com uma tesoura e ela riu insanamente.
-Por
favor, não me mata!- ele gritou com medo implorando.
-Tarde
demais, seu tempo se esgotou, mas é bonitinho quando imploram- ela disse
friamente rindo.
A
câmera escorregou de seus dedos e as últimas cenas gravadas foram a de
Wellington sendo assassinado e uma mão com unhas pintadas de preto segurando
uma tesoura contra seu pescoço.
Um ano depois.
Gabriella
estava sentada em uma cadeira com as mãos detidas atrás da cadeira.
Alguém
lhe perguntou:
-Por
que você fez isso com os outros alunos?
-Porque
era engraçado, foi somente um jogo- Gabriella riu.
Seu
diagnostico foi de psicopatia, e passou o resto da sua vida pagando pelo crime
em um hospício. Todos os corpos dos alunos foram encontrados dentro da escola.
O crime comoveu milhares de pessoas em todo o mundo, as famílias sofreram com
as perdas.
A
frieza da assassina, colega de classe das vítimas, e as imagens na câmera
esclareceram o crime. As imagens do seu documentário fizeram revoltas de
pessoas que queriam ela na cadeia e não em um hospício.
FIM
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